O Corinthians e a Odebrecht têm enfrentado rejeição do mercado para comprar os CIDs (Certificado de Incentivo ao Desenvolvimento) do Itaquerão, o que abre um rombo de R$ 405 milhões na conta do estádio. Assim, o clube e a construtora pediram à prefeitura de São Paulo que dê garantia de cobrir o valor caso os títulos não sejam vendidos. Só que o prefeito Fernando Haddad rejeitou a requisição e houve um racha entre corintianos e o município.
Foi a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab que se decidiu pela emissão dos CIDs para complementar o custo da arena corintiana, sede da abertura da Copa-2014. Seu preço final foi R$ 1,150 bilhão. E o clube venderia os títulos ao final da construção para devedores de ISS (Imposto Sobre Serviços), provavelmente bancos, que poderiam descontar o valor de seus débitos.
(...) O problema é que empresas e bancos têm recusado a compra dos títulos porque não confiam na sua validade, o que é confirmado até por pessoa envolvida no projeto da arena. Um dos motivos é um questionamento judicial do Ministério Público Estadual em processo que alega ilegalidade dos CIDs por serem transferência de recurso público a entidade privada. (...)
Resultado: o Corinthians e a Odebrecht foram pedir ajuda a prefeitura. Querem um documento da prefeitura de garantia que se responsabilize pelo valor dos CIDs independentemente do que ocorrer no futuro. Outra possibilidade seria um novo projeto de lei que permitisse a prefeitura recomprar os títulos caso estes fossem rejeitados pelo mercado. Desta forma, o dinheiro sairia do caixa do município, não de incentivo fiscal.
A prefeitura rejeitou a demanda corintiana, considerada ilegal. (...)
Fonte: Aqui
23 novembro 2014
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