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20 novembro 2014

Eu não falei? 2

Quando postamos sobre a contratação das empresas Trench, Rossi e Watanabe Advogados e Gibson, Dunn e Crutcher por parte da Petrobras para ajudar na investigação contábil dos números da estatal afirmamos:

não são especializadas em investigação. A página da Gibson na Wikipedia informa que a empresa é especializada em litígio. O que é muito diferente de investigação. Para investigar teriam que contratar empresas como a Kroll ou uma das Big Four. Por sinal, enquanto a Gibson possui uma receita de 1 bilhão, a EY, por exemplo, possui receita de 30 bilhões de dólares. Obviamente que a EY tem muito mais condições de ser "independente" que a Wikipedia. 

Eis a notícia

Os escritórios de advocacia Trench, Rossi e Watanabe Advogados e Gibson, Dunn & Crutcher, contratados pela Petrobras a pedido da PwC, estão procurando outra grande empresa do segmento de auditoria e consultoria para ajudar na investigação contábil dos números da estatal.

(...) Entre as quatro grandes do setor, PwC e KPMG não poderiam fazer o serviço, por terem auditado o balanço da Petrobras nos últimos anos. O Valor apurou que Deloitte e EY não têm nenhum tipo de contrato negociado. Procuradas, as duas firmas disseram que não falam sobre clientes.

O objetivo desse tipo de serviço é verificar controles internos, a coerência entre contratos e faturas, além de buscar informações em servidores, computadores e celulares, entre outras tarefas. Também é possível promover investigações externas para checar, por exemplo, se viagens de executivos foram pagas por fornecedores. Isso poderia confirmar, por exemplo, se Renato Duque e Jorge Zelada tiveram viagens pagas por Julio Faerman, ligado à SBM.

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