Talvez a medida de desempenho mais importante da contabilidade seja o lucro, em especial o líquido. Mas como o lucro contábil depende das regras originárias da doutrina e das normas, muitas empresas parecem que ficam descontentes com esta medida. Argumentando que alguns itens não deveriam ser incluídos e que outros deveriam constar do resultado, criam-se medidas de desempenho alternativas. Nas empresas de capital aberto não é surpreendente que estas exclusões e inclusões geralmente levem a um lucro maior. Anteriormente já comentamos sobre este assunto.
A Linx é uma destas empresas que parecem não gostar do lucro líquido. Empresa que vende software para o varejo, a empresa destaca na apresentação dos seus resultados de um conceito realmente intrigante: o “lucro caixa”. Eis o que diz a empresa sobre esta medida de desempenho:
A empresa justifica que usar o lucro caixa apresenta, de forma melhor, o seu desempenho já que desconsidera os itens que passam pela DRE e não afetam o caixa. (Na realidade os itens listados transitam/transitaram pelo caixa; veja o caso da amortização de intangível: o valor decorre de itens pagos e que já afetaram o caixa da empresa). Advinha o resultado do uso do lucro caixa? Maior ou menor que o lucro líquido? Veja a seguir:
Em todas as colunas apresentadas o lucro caixa foi maior que o lucro líquido. Mas faz sentido usar isto? A empresa já não apura o fluxo de caixa das atividades operacionais? Veja um comparativo entre o lucro líquido e o fluxo de caixa:
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