(...) Mas o fato de esses bilhões irem para lá e para cá com base na movimentação de uma pessoa é mais bem explicado pelo marketing e pela simples autoilusão.
A lógica operacional que está por trás de boa parte disso parece se assemelhar à velha teoria da história do Grande Homem, que atribui a determinados indivíduos excepcionais capacidades fora do comum de moldar os acontecimentos. Trata-se de uma visão de mundo sedutora, que nos reveste da falsa convicção de que nós também podemos nos proteger dos acontecimentos se escolhermos o líder certo, ou, nesse caso, o gestor de fundos de bônus certo.
(...) Depender de um único cara não é o caminho para poupar para o futuro, e diz coisas perturbadoras sobre a maneira pela qual alocamos capital. Ser um Grande Homem é, no entanto, uma grande proeza, para quem consegue realizá-la.
James Saft, O caso Bill Gross e a teoria de investimentos do Grande Homem, Reuters, via Valor Econômico
Isto não é exclusivo da área financeira. Também se aplica a esportes, artes, etc.
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