A Petrobras contratou (1) duas empresas independentes (2) especializadas em investigação (3) para apurar as denúncias feitas pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. Conforme apurou o Valor (4), tratam-se de dois escritórios de advocacia (5) - o brasileiro Trech, Rossi e Watanabe (6) e o americano Gibson, Dun e Crutcher. O objetivo é "apurar a natureza, extensão e impacto das ações que porventura (7) tenham sido cometidas". (8)
(1) a notícia foi divulgada ontem. Somente ontem, meses após as denúncias, é que a Petrobras fez o contrato.
(2) a independência de uma empresa pode ser questionável diante do porte das empresas contratadas.
(3) não são especializadas em investigação. A página da Gibson na Wikipedia informa que a empresa é especializada em litígio. O que é muito diferente de investigação. Para investigar teriam que contratar empresas como a Kroll ou uma das Big Four. Por sinal, enquanto a Gibson possui uma receita de 1 bilhão, a EY, por exemplo, possui receita de 30 bilhões de dólares. Obviamente que a EY tem muito mais condições de ser "independente" que a Wikipedia.
(4) é uma ironia? Após saber da notícia da contratação, o jornal Valor Econômico foi apurar: afinal quem eram estas empresas? Certamente se fosse a Kroll ou a EY, por exemplo, isto não seria necessário.
(5) você, caro leitor, contrataria um escritório de advocacia para fazer uma investigação?
(6) conforme a Wikipedia, a Gibson possui representação em São Paulo. Então qual o motivo de contratar um escritório brasileiro?
(7) o funcionário diz que enriqueceu ilicitamente, mostrou a conta em banco no exterior e ainda existe dúvida? Quem escreveu este texto foi a Velhinha de Taubaté?
(8) e os mecanismos de controle interno? E a auditoria externa? E os conselhos?
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