O conceito de capital é crucial no setor bancário. Johnson faz uma discussão interessante sobre o conceito e as confusões geradas pelo mesmo.
Capital, nesse contexto, é simplesmente sinônimo de "equity" (patrimônio líquido), e fica do lado do passivo no balanço de um banco (ou de uma pessoa). Diz respeito a como um banco (ou outra empresa) financia suas atividades, não a como ele usa os recursos de que dispõe.
A exigência de mais capital significa, em essência, maior aporte de recursos pelos acionistas e - portanto, sob qualquer definição sensata - relativamente menos endividamento para um determinado tamanho de balanço. Essa é uma política atraente e sensata, porque os bancos de presença mundial têm, atualmente, margens de patrimônio líquido relativamente pequeníssimas embasando suas operações.
As melhores mensurações de capital bancário comparáveis são as encontradas no Global Capital Index produzido por Thomas Hoenig, vice-presidente da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC). Hoenig examina o montante de patrimônio líquido dos bancos em termos de sua medida mais simples e mais transparente (também conhecida como alavancagem). Seis anos após a maior crise financeira mundial, o patrimônio líquido de nossos megabancos é não superior a 5% de seus balanços. (Na realidade, alguns bancos não têm muito mais do que 3% de capital próprio.) Isso significa que 95% de suas operações são financiadas por endividamento - e, portanto, que bastaria um pequeno choque negativo para levá-los à insolvência.
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