O Valor Econômico traz um texto (Banco Santos opõe credor e administrador novamente) que mostra como os benefícios ao administrador da massa falida impedem que o processo seja mais ágil. A lei permite que o gestor possa usufruir da massa falida. Isto já foi objeto de postagem anterior neste blog (vide, por exemplo, aqui). Eis alguns trechos:
"A massa falida possui apenas seis funcionários (um deles em jornada reduzida), entretanto, é proposta a compra de 17 licenças e 17 memórias (de computador), ou seja, é evidente que quem se beneficiará com a atualização não será unicamente a massa falida do Banco Santos ou seus credores", diz parte do documento de contestação do comitê de credores.
O documento questiona uma série de aspectos da petição do administrador, incluindo a forma de rateio de custos apresentada. Dos R$ 40,7 mil necessários para a realização do serviço de renovação de servidores e aquisição de licenças, R$ 35,8 mil seriam arcados pela massa falida do Banco Santos.
Os credores julgam injusta essa divisão, já que outras empresas em regime especial e companhias terceirizadas contratadas pelo administrador se utilizam da sede da massa falida. Aguiar tem uma empresa especializada em administração judicial que atende outros casos.
(...) Os credores se preocupam com a deterioração dos ativos e com os gastos que têm com o processo - soma que já alcançou R$ 60 milhões, segundo uma fonte. A proposta do Credit Suisse para assumir os ativos do Banco Santos e dar fim ao processo de falência na Justiça pode ser uma resposta para a arrastada discussão.
O processo é lento, segundo o administrador, porque há devedores que não têm condições de pagar as dívidas. Mas uma parte dos credores reclama que Aguiar não faria grandes esforços para solucionar o caso.
Para Aguiar, como os principais ativos do Banco Santos são créditos em cobrança, o processo é mais complexo. " Você só encerra a falência quando termina de cobrar o último crédito. E isso significa entre 20 e 30 anos", explica Aguiar.
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