No texto "Visão integrada" tenta apresentar as vantagens da adoção das IFRS. Nada contra o debate, mas o jornal Valor Econômico poderia ser um pouco mais imparcial. Vejamos algumas frases do texto:
Vantagens
Redução do custo de capital, valorização da profissão e da área de contabilidade, mais transparência e maior integração entre diferentes áreas da empresa são os maiores benefícios colhidos pelas companhias
Empresas maiores, mesmo as que não possuem capital aberto, saíram beneficiadas, principalmente as multinacionais, porque agora conseguem escriturar na mesma linguagem da matriz
Para o investidor, ficou mais fácil entender como ele vai escriturar suas operações no país e como vai poder retirar seus dividendos.
Do ponto de vista prático, a consequência mais palpável é que a contabilidade não fica mais restrita ao setor de contabilidade
O contador, que vivia isolado, pegando as normas e fazendo débito e crédito, agora tem que conversar com vários setores da empresa.
mostra que o salário médio de um contador aumentou 18% em cinco anos, no Brasil [a inflação foi maior]
O nível técnico dos profissionais de contabilidade melhorou
A qualidade das informações também melhorou, mesmo entre as empresas que não são obrigadas a publicar balanços
a adoção da norma IFRS combate uma antiga cultura da contabilidade brasileira de que tudo era feito para atender ao Fisco.
O resultado é mais transparência.
permite um conhecimento maior sobre a situação da companhia, o que acaba proporcionando também esse controle
Uma série de estudos, sobretudo sobre a adoção do IFRS na Europa (em 2005) mostra a redução do custo de capital em proporções que variam entre 6 e 21 pontos-base.
Na prática, a IFRS representa um upgrade para a contabilidade porque promove um alinhamento mundial do Brasil e deixa de representar o antigo alinhamento entre a área societária e a fiscal que havia na época da velha contabilidade
O texto não fala em desvantagens, mas "desafios":
a falta de preparo entre os contadores ainda é grande
Outro problema são as empresas de menor porte que não se relacionam com investidores externos e têm dificuldade em compreender as mudanças
as exigências da nova norma o levaram a ampliar o quadro de pessoal em 15% - elevando os custos em 15% a 20%.
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