Sem o plano de demissão voluntária (PDV) de servidores, proposto neste mês para resolver a crise orçamentária da Universidade de São Paulo (USP), a reitoria prevê esgotar as reservas financeiras até 2018, o que levaria a instituição ao colapso. A universidade consome 105% de suas receitas com a folha de pagamento. E por isso recorre à poupança para pagar salários de docentes e funcionários. Em abril, as reservas estavam em R$ 2,3 bilhões. Críticos do programa, como os sindicatos das categorias, dizem que a reitoria faz “terrorismo” e a medida vai sucatear a USP.
Os dados constam em documento distribuído nos últimos dias pela reitoria aos integrantes do Conselho Universitário, órgão máximo da instituição. Esse será um dos principais argumentos do reitor Marco Antonio Zago para convencer os conselheiros a aprovarem, na próxima semana, o PDV, que prevê antecipar a aposentadoria de 2,8 mil funcionários, que tenham entre 55 e 67 anos e ao menos 20 anos de USP. Com a medida, a redução esperada na folha de salários é de 6,5%.
O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) aponta prejuízos às atividades internas e sobrecarga dos funcionários que restarem. Se tiver adesão total, a aposentadoria em massa reduzirá em cerca de 16% o total de funcionários.
A USP diz que trocará funcionários entre as unidades, se necessário. “Em vez de ‘brigar’ com o governo do Estado, o reitor ‘briga’ com a gente”, reclama Magno de Carvalho, do Sintusp. Para ele, o reitor deve pedir mais verbas para o governo estadual.
Fonte: Aqui
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