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09 setembro 2014

Curso de Contabilidade Básica: Câmbio

O Brasil é uma das economias do mundo com menor contato com o exterior. O volume das exportações e importações corresponde somente uma pequena parcela da nossa economia. Mas existem algumas empresas onde as transações com o exterior é bastante expressiva. Neste tipo de empresa, o comportamento da taxa de câmbio é um elemento crucial. Como a variação do câmbio é, até certo ponto, imprevisível, o usuário das demonstrações contábeis deve ter o cuidado de levar isto em consideração. Quando ocorrer uma grande movimentação no câmbio, estas empresas poderão ter grandes perdas ou ganhos. É bem verdade que algumas empresas tomam cuidado para evitar este tipo de risco, fazendo operações financeiras de proteção.

Vamos olhar o caso da Fibria, a maior empresa de produção de celulose do mundo. A empresa possui ativos em moeda estrangeira, principalmente disponíveis e contas a receber dos clientes. No passivo, os valores em moeda estrangeira está centrado principalmente em empréstimos e financiamentos. Na demonstração do segundo trimestre de 2014 a empresa possuía 1,3 bilhão de ativo e 6,3 bilhões em passivos. Se o real sofrer uma desvalorização em relação a outras moedas, a empresa terá aumento com seus ativos e um aumento também nos seus passivos, em reais. Em outras palavras, a desvalorização será boa para o ativo e ruim para o passivo. Se o valor do passivo for maior que o ativo em moeda estrangeira, o efeito líquido será ruim.


No caso da Fibria, se ocorrer uma desvalorização do real, a empresa terá um efeito ruim, já que a “exposição passiva” é negativa, ou seja, o passivo é maior que o ativo. Mas aqui um cuidado: a exposição do ativo poderá ser diferente daquela do passivo, se as moedas usadas forem diferentes.


Um comentário:

  1. Faça artigos sobre hedge para proteger o exposto cambial e também a regra de contabilidade de hedge que a Petrobrás utiliza.

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