Está finalizando hoje as Olimpíadas de Xadrez (você pode acompanhar aqui, com direito a vídeo, a partir das nove horas da manhã). Dos maiores jogadores da atualidade, somente a ausência do ex-campeão e desafiante ao título, o indiano Anand. Este ano as Olimpíadas ocorrem na cidade de Tromso, Noruega, com o patrocínio da KPMG.
Cada país joga em quatro tabuleiros, sendo dois de brancas e dois de pretas. Assim, cada equipe possui quatro jogadores, além de um reserva. O melhor jogador de um país irá jogar com o melhor jogador de outro. Ao final de cada rodada, com os resultados em mãos, é realizado um sorteio dirigido; com o passar do torneio, as equipes começam a jogar entre si conforme seu desempenho. Assim, se a equipe do Brasil vence seu adversário na rodada, deverá enfrentar um adversário mais difícil na próxima rodada.
Existem dois torneios acontecendo ao mesmo tempo: o Open e o das Mulheres. Judith Polgar, a maior jogadora de todos os tempos, joga no Open; Yifan, a jovem promessa chinesa, joga no torneio das mulheres. Neste torneio, a China dominou a tabela até o encontro com a Rússia, na sétima rodada, quando Yifan perdeu para Lagno e a Rússia venceu a China por 3 a 1 (cada vitória vale um ponto e empate meio). Na última rodada a Rússia pega a Bulgária e a China a fortíssima Ucrânia. A Rússia deverá vencer o feminino.
No masculino, a surpresa é a liderança da China, que enfrenta a Polônia na última rodada, sendo seguida pela Hungria, que pega a Ucrânia. Tudo leva a crer que a China irá, de maneira surpreendente, vencer o masculino. Os holofotes tem sido Carlsen, que joga em casa. Em oito jogos, venceu 4 (inclusive Caruana, o terceiro do mundo), empatou duas e perdeu duas. Ou seja, seu desempenho está abaixo do esperado.
O Brasil está em 21º. Lugar no masculino e em 57º. Lugar no feminino. Uma participação dentro do esperado. Na última rodada deverá enfrentar a Romênia e a Moldávia, no masculino e feminino, nesta ordem.
Fora do tabuleiro, o destaque foi o jogo entre Topalov e Kramnik. Os dois possuem uma rixa antiga e não apertaram as mãos no início do jogo, como é praxe. Kramnik venceu.
Finalmente, a maior jogadora de xadrez de todos os tempos, Judit Polgar (foto), anunciou sua retirada do xadrez. Durante 25 anos, Judit foi número 1 do xadrez feminino, embora nunca tenha disputado o título mundial. O seu nível era tão forte, que Judit não jogava entre as mulheres - tradicionalmente possuem um jogo mais fraco que os homens. E bateu Kasparov, Spassky e Carlsen.
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