Sobre a questão financeira dos clubes de futebol do Brasil:
Em reunião na tarde desta quinta-feira em São Paulo, representantes do Bom Senso FC, dos clubes e da CBF chegaram a um acordo para a criação de um órgão fiscalizador da gestão dos clubes de futebol no Brasil.
A implantação de uma entidade com esses fins era uma das bandeiras do movimento de jogadores. Agora, a CBF, os clubes e o Bom Senso vão tentar incluir esse órgão na Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, cuja votação deve ocorrer após as eleições de outubro.
A esse órgão caberá acompanhar se os clubes estão cumprindo os acordos para o pagamento de dívidas fiscais e trabalhistas - se não estão gastando mais do que arrecadando e outros pontos previstos na LRFE, assim como aplicar punições.
- A ideia é a criação de um órgão que seja independente, autônomo, mas que funcione dentro do guarda-chuva da CBF. Portanto, a própria CBF vai custear. Segundo o primeiro modelo que elaboramos, o custo seria de R$ 3,5 milhões por ano, com uma equipe de 15 profissionais e mais um conselho de voluntários que teria suas despesas pagas pela CBF - afirmou Ricardo Borges Martins, diretor-executivo do Bom Senso FC.
Participaram da reunião em São Paulo José Carlos Brunoro, diretor-executivo do Palmeiras, Raul Correa da Silva, diretor financeiro do Corinthians, e Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba, que chefia uma comissão de clubes criada para tratar do assunto.
- Eu trago aqui também a palavra da CBF, que sempre esteve junto nesse processo com os clubes e o Bom Senso. Sobre orçamento (do órgão a ser criado) é prematuro falar, porque é preciso definir como será a operação. Mas o custo será muito baixo diante do benefício para o futebol brasileiro - disse o dirigente do clube paranaense.
Os representantes dos clubes, da CBF e do Bom Senso voltam a se reunir nas próximas semanas. A LRFE poderia ter sido votada na semana passada, mas acabou adiada por pressão do movimento dos jogadores e também por indefinições no projeto.
Nesta semana este blog apresentou uma situação onde a auditoria de um clube muito endividado não conseguiu fazer a circularização
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