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18 agosto 2014

Endividamento

O diretor de política econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, afirmou nesta sexta-feira que o endividamento das empresas brasileiras é baixo na comparação internacional e que elas não têm exposição cambial relevante (1). “O comprometimento da receita das empresas com o serviço da dívida está abaixo da crise de 2008 e está se mantendo estável”, disse na abertura do IX Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária. “A exposição ao risco de taxa de juros diminuiu, houve ampliação de prazo e redução de encargos.”

Hamilton acrescentou que o endividamento externo das empresas brasileiras “permanece pequeno”. “Apenas um número pequeno se endivida em moeda estrangeira, apenas grandes corporações exportadoras ou com operações em outros países. Logo, o acompanhamento do BC mostra que não há exposição cambial relevante das empresas brasileiras”, disse.

Expansão do crédito

Para Hamilton, o ritmo de expansão do crédito no Brasil "moderou" no período recente, tanto para pessoa física como para as empresas, e o cenário hoje difere "substancialmente" do de 2010 ou mesmo do pré-crise de 2008. "Em algumas linhas, a expansão do crédito pessoa física está abaixo do crescimento da renda", disse o diretor na abertura do IX Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária. "E o perfil de demanda pelo crédito mudou, com aumento da demanda por financiamento habitacional."

Segundo Hamilton, a comparação internacional mostra que ainda há "bastante" espaço para crescimento do financiamento imobiliário no Brasil. Ele citou que, no país, o crédito imobiliário não chega a 10% do PIB. Lembrou também que, como o financiamento é de longo prazo, não afeta o comprometimento da renda (2).

Hamilton afirmou que, depois que o BC adotou medidas macroprudenciais em 2010, conseguiu mitigar riscos sobre o sistema creditício brasileiro. Prova disso é a redução da inadimplência para níveis históricos de baixa.


Fonte: Aqui

(1) Isto também é decorrente da baixa abertura da economia brasileira.
(2) É isto mesmo? Não depende somente do prazo, mas também do montante e da taxa de juros.

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