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14 agosto 2014

Curso de Contabilidade Básica: Endividamento

Uma das consequências do elevado endividamento numa entidade é a dificuldade de pagar as contas. Isto poderá provocar a descontinuidade, já que os credores tentarão cobrar, por meios judiciais, o passivo devido. O endividamento excessivo pode ser solucionado com a geração de resultados positivos.
Veja o caso de uma entidade que possui atualmente um elevado endividamento:


 O primeiro gráfico mostra três grandes grupos: o passivo circulante (linha azul), o não circulante (vermelha) e o ativo (verde). É possível perceber que a dívida de longo prazo da entidade está aumentando com o passar do tempo, tendo inclusive ultrapassado o ativo nos últimos três exercícios. Já o passivo de curto prazo reduziu no último exercício, mas seu valor corresponde a quase 60% do ativo.

O segundo gráfico mostra dois índices de endividamento. O endividamento total compara o passivo (curto e longo prazo) com o ativo. Em todos os exercícios o valor deste índice é superior a 100%, indicando que a empresa possui um patrimônio líquido negativo. Além disto, o endividamento total, em termos relativos, aumentou ao longo do tempo (2010 foi uma pequena exceção). O segundo índice é a dívida de curto prazo em relação a dívida total. O valor chegou a quase 50%, mas caiu para 27% no último exercício. Isto indica que a entidade está usando mais dívida de longo prazo.

Finalmente o terceiro gráfico compara somente os empréstimos (linha vermelha) com as receitas (azul). Apesar de a receita ter aumentado nos últimos anos, os empréstimos também aumentou, numa proporção um pouco maior que estas receitas. Isto também é preocupante.

Será que a entidade tem condições de resolver esta situação? O próximo conjunto de gráficos dá uma pista.
O gráfico 4 mostra a evolução da margem líquida. Este índice é calculado relacionando o lucro líquido com a receita. Os valores não são promissores, já que em todo o período a margem foi negativa.

O último gráfico mostra a evolução do resultado líquido (azul) e do fluxo de caixa das atividades operacionais. Ocorreu uma grande divergência entre estes dois valores em 2012, mas em geral a entidade não está conseguindo gerar nem resultado líquido nem caixa com as operações.


Diante desta situação, você acreditaria na sobrevivência da entidade? Eu particularmente acredito, mas minha resposta não tem relação com os números aqui apresentados. 

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