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29 agosto 2014

Curso de Contabilidade Básica: O lado direito

Quando a contabilidade prepara as demonstrações contábeis, o usuário pode fazer destas informações “o que bem entender”. Ou seja, o usuário pode, por exemplo, mudar as contas de lugar. Vamos mostrar como isto ocorre com o capital de terceiros. Parte deste passivo é proveniente das operações da empresa. É o caso dos fornecedores, de salários a pagar, de impostos a pagar, entre outras contas. E existem os empréstimos e financiamentos, que irão gerar despesas financeiras, e dizem respeito a decisão de captação de recursos. Assim, alguns analistas consideram adequado considerar no lado direito do “seu” balanço somente os empréstimos e financiamentos. E o que é feito das outras contas do passivo? Estes analistas “reclassificam” como se fosse uma subtração do ativo.

Veja o balanço patrimonial da Marcopolo, uma empresa que atua na área de transportes. Destacamos na figura os empréstimos e financiamentos, de curto e de longo prazo.  Os demais valores seriam “transferidos” para o ativo com o sinal negativo.

Com isto, o lado direito ficaria da seguinte forma:

Empréstimos e Financiamentos de Curto Prazo = 382.831
Empréstimos e Financiamentos de Longo Prazo = 1.490.414
Patrimônio Líquido = 1.481.624
Participação dos não controladores = 18.408
Total = 3.373.277


Ou seja, reduziu o lado direito em 680.803. O valor do ativo seria subtraído também neste valor. Observe que esta alteração no balanço para fins de análise modifica uma série de índices, como o endividamento. Mas ideia aqui é considerar no passivo somente aquilo que gera despesa financeira.  Pode parecer estranho, mas quanto mais usamos um instrumento, maior a chance de querermos customizá-lo. 

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