O jornal New York Times (via aqui) faz uma narrativa sobre a escola de futebol Aspire Football Dreams. O programa escolheu entre 3,5 milhões de garotos em diferentes países da África. Os melhores foram mandados para viver e morar em duas academias: uma em Doha, Catar, e outra no Senegal. Os garotos recebem educação e tem seus gastos custeados; sua família também recebe um dinheiro. Os centros são assessorados por profissionais com experiências em clubes europeus de futebol. Parece bom demais para ser verdade.
Aspire é bancado pelo governo do Catar. Qual a razão do governo deste país fazer isto? O Catar irá sediar a Copa de 2022 e seu time é muito fraco. (É bem verdade que isto não é uma boa razão, já que o Brasil sediou a Copa de 2014) Mas a naturalização maciça de jogadores pode gerar desconfiança e foi descartada pelos dirigentes da Aspire. Segundo eles, a academia poderá contar com alguns garotos do Catar, que aprenderiam futebol com os melhores futuros jogadores do mundo. (Nada impede da Aspire naturalizar um ou dois grandes craques; isto não despertaria suspeita)
Outra possibilidade é que Aspire pode estar vinculada a corrupção. A votação que escolheu Catar como sede do mundial de 2022 foi questionável pela compra de votos. Segundo o jornal, das 24 nações que compõe o comitê executivo da FIFA, cinco são países que Aspire está operando.
Interessante. Esperança de que não haja corrupção e que os garotos recebam educação esporte, como acontece em outros países.
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