Em geral a contabilidade associa a cada conta um código numérico. Isto facilita o processo de produção da informação. Imagine que a contabilidade precise fazer um lançamento contábil. Digitar o nome de cada conta pode ser trabalhoso; mas a digitação do código é muito mais rápida.
A determinação do código numérico de cada conta dependerá de cada empresa. Para mostrar como isto funciona, vamos usar a padronização adotada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para as companhias abertas.
A CVM adota um código numérico com até nove dígitos. O primeiro dígito mostra a classificação mais abrangente: ativo (representado pelo dígito um), passivo (dígito dois), contas de resultado (3), resultado abrangente (4), DMPL (5), fluxos de caixa (6) e valor adicionado (7). Os dois números seguintes são os subgrupos. Assim, o código “1.01” refere-se ao Ativo, mais especificamente ao Ativo Circulante.
Na figura acima o leitor poderá notar o item “1.01.03.01” de clientes. O primeiro dígito refere-se ao ativo; o segundo grupo, de dois dígitos, ao ativo circulante; os próximos três dígitos (03 do exemplo) referem-se a Contas a Receber e finalmente os dígitos “01” que finaliza o código refere-se aos Clientes.
Toda empresa que divulgar suas informações segundo a padronização da CVM terá que considerar o item “1.01.03.02.02” como sendo “Valores a Receber e Despesas Antecipadas”.
Pelo critério adotado pela CVM uma mesma informação poderá ter o mesmo código. Veja o seguinte exemplo (os valores são da Itautec):
O lucro líquido consolidado do período é classificado como “3.11” na demonstração do resultado e como “4.01” na Demonstração do Resultado Abrangente.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
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