“Nada tão permanente como um programa temporário de governo”, dizia Milton Friedman. Duas piadas de mau gosto são repetidas há anos quando o assunto é cotas raciais: que se trata de uma medida temporária para combater injustiças históricas, e que se limitarão à ajuda básica para nivelar as oportunidades.
Qual governante vai ter a coragem de retirar um privilégio concedido a um grupo organizado? Nenhum. A medida será permanente, segregando o país entre “negros” e “brancos” para sempre. E quem disse que as cotas ficarão restritas ao apoio básico para igualar oportunidades? Nada disso. O governo vai arrombar cada vez mais espaços para estender tais privilégios, pois quando se dá a mão, logo se pede o braço todo.
Primeiro, cotas para universidades, pois o ensino básico é ruim. Não resolvem nada? Os universitários cotistas saem sem condições de igualdade para participar de concursos? Então cotas para concursos públicos! De quanto? 20%. Por quanto tempo? 10 anos. As piadas sem graça…
O Frei David Santos, da ONG Educafro, um dos grandes defensores das cotas para concursos públicos, a ponto de ter sido convidado pela presidente Dilma para a assinatura da medida, agora já começa a criticar a regra. Os 20% são muito pouco, diz ele. Tem que ser 35%! E quem vai julgar?
Pode haver abuso. É preciso, portanto, criar um “tribunal racial” para verificar quem é negro mesmo: Se não tivermos uma fiscalização no critério da autodeclaração, haverá uma enxurrada de processos. Essa lei precisa ser emendada logo. Em um mundo ideal, onde todos agissem de boa-fé, não precisaria haver comissão. Não é o caso.
Fiscalizadores da raça! Eis o que essa gente vai instaurar no Brasil, e que remete aos tempos nazistas. Teremos um tribunal cobrando provas dos ancestrais? Teremos burocratas comparando fenótipos e determinando quem pode ser visto como negro, em um país miscigenado em que 40% se declara pardo?
Seria o caso de perguntar, como quem não quer nada: por acaso o próprio Frei David Santos passaria por esse critério subjetivo? Não esqueço de um Fórum da Liberdade em Porto Alegre, em que ele defendia as cotas para negros, enquanto o outro palestrante, Franklin Cudjoe, africano de Gana e realmente negro, com pele bem mais escura do que o frei mulato, atacava com veemência a medida que segrega a única raça existente, a humana, em dois grupos distintos. O contraste era digno de uma propaganda da Benetton…
Rodrigo Constantino
Cara Izabel, lamento como você ocupa um espaço para se dedicar a atacar as cotas. Não entendo porque você sente-se tão ofendida? Você deve ser daquelas que ficam incomodadas - tal qual a racista australiana, em sua Brasília - quando dividem o mesmo espaço com os negros. Fico a imaginar a sua repulsa, revolta e indignacão caso tivesse tido um professor negro no progrma de pós-graduação da UnB e pior, se em sua banca de defesa, estivesse um professor negro. No entanto, o debate é livre, mas, seria interessante se você publicasse algo de sua autoria e não ocupar o espaço "reproduzindo" textos de pessoas contrárias. Publique, se você não tem tempo ou outra coisa para produzir seu próprio texto, os dois lados da história. Que tal?
ResponderExcluirPor que determinadas pessoas não se identificam quando manifestam suas opiniões?
ResponderExcluirMinhas opiniões: http://ideiascontabeis.blogspot.com.br/2014/06/lei-de-cotas-no-servico-publico.html
ResponderExcluirParabéns professora Claudia. Com a sua postagem vi que a situação é pior do que eu imaginava. Não estou seguindo os debates sobre cotas em concursos públicos e o Anônimo também não. Baderneiro de internet, quer intimidar as pessoas e fazer apontamentos infantis, provocativos e exaltados. Nada podemos ganhar com um isso. Isabel, você acrescenta muito ao blog. Continue demonstrando suas indignações. Todos vocês são excelentes, incluindo a profa Claudia. Eu não leria blogs de pessoas conformadas com o Brasil atual.
ResponderExcluirO anonimato... ah o anonimato... o comum refúgio dos covardes, daqueles que se valem do esconderijo para atacar àqueles que estão expostos.
ResponderExcluirO que dizer então daqueles que confrontam os posicionamentos de outros em tom de deboche, cinismo, em alguns casos até de velada ameaça acobertados pela ausência de assinatura?!
Como pode um sujeito supostamente adulto, na mais básica e legítima manifestação de qualquer democracia, simplesmente se ocultar ao exprimir um pensamento que em sua própria opinião (e em de tantas outras pessoas) é tão válida?! Como medir a credibilidade de alguém com essa conduta?!
Aí, meu amigo anônimo, seu ponto de vista pode até ser o mais correto possível (e que fique muito claro que não significa que seja), mas perde a força quando resolve atuar sob o véu da covardia.
Quem não assina o que escreve não endossa o que pensa.
Parabéns ao blog por ter coragem de publicar a opinião desse sábio homem chamado Rodrigo Constantino. Chega dessa turma "progressista" e suas idéias corroídas pelo ódio......
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