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11 junho 2014

Homenagem à nata da malandragem




Analisando minha vida de estudante em colégios públicos durante os longos anos de ditadura militar no Brasil, tento não concluir que os militares decretaram suas quedas quando investiram pesado em educação como forma de promover o cantado milagre brasileiro do “este é um Brasil que vai pra frente”. O que os militares não imaginavam era que educando o povo eles estavam fortalecendo os ideais de liberdade e os movimentos sociais, políticos e estudantis, que foram fundamentais na queda do próprio regime em 1985, com Tancredo Neves eleito presidente do Brasil pelo voto indireto.

Diferentemente dos militares golpistas de 64, os novos ditadores sabem que a ignorância adestra, desmotiva e desmobiliza.

A infeliz realidade é que trocamos as baionetas pelas canetas que manipulam a classe política fomentando e implantando a ditadura da ignorância.
De diferente na área de educação nesses 25 anos, somente a tentativa frustrada do professor Darcy Ribeiro, que 1982 a 1986 no governo Leonel Brizola tentou passar a mensagem de que era necessário investir no ensino público de qualidade, principalmente, na base em fortalecimento da cidadania.
Ao invés de investir no ensino público os novos ditadores acenam ao povo com cotas racistas e centros vocacionais erguidos sobre as estruturas das concorrências fraudulentas, dos superfaturamentos escandalosos e da desvalorização e quase desintegração ou derretimento dos profissionais de educação.

Meus professores no regime militar são considerados hoje baluartes do magistério no Brasil.

Hoje tenho amigos envergonhados de dizer que são professores.

Mas, o que o Chico Buarque tem com este comentário?

Nada, o Chico só está meio perdido, desmobilizado, completamente sem motivos para protestar.
Foi-se a inspiração.

Bye Bye Brasil, a última ficha caiu no Brasil do orelhão.

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