1519 – Publicação da primeira “tradução” do livro de Pacioli em língua portuguesa: Tratado da Prática de Arismética, de Nicolas Gaspar. Entretanto o autor não “traduziu” o capítulo de Pacioli sobre as partidas dobradas.
1624 a 1654 – Invasão holandesa e possibilidade de utilização das partidas dobradas pela primeira vez no Brasil.
1757 –Diccionario do commercio, de Alberto Jacqueri de Sales. É uma adaptação do Dictionnaire universel de commerce, de Jacques Savary des Bruslons (1657-1716). Primeira obra em português sobre as partidas dobradas, mas este fato é altamente controverso.
1758 – Publicação de Mercado Exacto (...) de autoria de João Baptista Bonavie. Neste período, criação das Aulas de Comércio pelo Marquês de Pombal.
Século XVIII – Ricos contratam professores para ensinar contabilidade para seus filhos e filhas.
1808 – Legislação introduz as partidas dobradas na contabilidade pública
1809 – Primeiro classificado procurando um profissional que entenda de contabilidade
1812 – Primeiro balanço publicado no Brasil. Do Theatro de S João
1831 - Lei 4 de Outubro de 1831 – Organizava o tesouro e adotava as partidas dobradas no setor público. Este item não foi implantado na prática.
1835 -Relatório Ministério do Império insistia na necessidade do país ter um código comercial para disciplinar a economia e impulsionar a criação de indústrias
1850 – Código Comercial - Reconhecimento do profissional contábil. Traz a primeira definição de ativo
Meados do século XIX – a contabilidade é ensinada junto com as primeiras noções de álgebra.
1860 – “primeira lei das SA” e diversas normas sobre o assunto. O mais importante era o Decreto 2679, a primeira norma mais detalhada sobre a contabilidade no Brasil.
1876 – Criada a Associação de Guarda-Livros
1891 – Criação do primeiro curso técnico no Brasil, na Academia de Commercio, localizada em Juiz de Fora, Minas Gerais
1892 - Decreto 1166 organizava o ministério da Fazenda
Final do século XIX – a existência de conselho fiscal impulsiona a atividade de auditoria, inicialmente com empresas nacionais e, no ínicio do século XX com internacionais
Inicio dos anos 1900 – chegada das empresas de auditoria estrangeiras
1906 – Adoção das partidas dobradas na contabilidade pública no Paraná. Logo depois foi abandonado. A seguir, o estado de São Paulo também adotaria o método, quase cem anos depois do primeiro decreto imperial.
1911 – Criação da Revista Brasileira de Contabilidade
1914 – Governo federal adotada as partidas dobradas
1915 – primeiro balanço publicado com parecer de auditoria
1916 – Instituto Brasileiro de Contabilidade que irá organizar os congresso de contabilidade no futuro
Final dos anos 1910 e 1920 - Primeiro grande escândalo da história contábil
1920 – começa discussão sobre a regularização da profissão de guarda-livros e contadores
1922 – Código da Contabilidade pública
1922 – Imposto sobre lucro (lei 4.625)
1924 – Primeiro congresso de contabilidade
1925 - instituição do Registro Geral dos Contabilistas Brasileiros
1925 - Instituto Brasileiro de Contabilidade inaugurou o Curso Superior de Contabilidade
1931 – Decreto 20158 ou Lei Francisco Campos que tentava organizar o ensino comercial e regular a profissão. Gerou uma grande reação, que levou ao Decreto 21033.
Anos 30 – Chegada da Hollerich ao Brasil, que representou a automatização de muitas atividades contábeis no Brasil.
1939 – começa o processo de tratamento das demonstrações contábeis à inflação
1946 -O CFC foi criado em 27 de maio pelo decreto-lei 9295
1950 – Lei 1076 ou lei das SA
Década de 50 - A padronização chega ao Brasil, com destaque para a III Conferência Continental de Bolsa de Valores
1954 - III Conferencia Interamericana de Contabilidade. Primeiro evento contábil internacional que ocorreu no Brasil.
1958 – Lei 3470 determina a correção do imobilizado. Diversas normas posteriores tratam do assunto.
1960 - Criação da pós-graduação na Universidade de São Paulo
1962 - Lei de remessa de lucros
1964 - Reforma Administrativa através da aprovação da lei 6.430
1965 - Regulamento do imposto de renda
Final dos anos 60 - início do intercambio entre a Universidade de São Paulo e a Universidade de Illinois, dos Estados Unidos.
1972 – Ano da consolidação da auditoria no Brasil. Normas do Banco Central e do CFC estabelece forma de atuação deste profissional.
1976 – Lei 6404. Os computadores começam a se popularizar.
1980 – O Brasil começa a participar de discussões internacionais sobre contabilidade. Programa de mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo começam a titular os primeiros acadêmicos.
1985 – Criação do Siafi na área pública
1986 – Plano Cruzado de combate a inflação. Ao longo dos anos seguintes, diversos planos econômicos foram elaborados com a finalidade de combater a inflação. E a contabilidade cria instrumentos cada vez mais complexos para dar credibilidade, incluindo a correção integral (Instrução 64/87 da CVM).
1994 – Plano Real consegue reduzir a inflação. No período seguinte, o governo proíbe a correção monetária das demonstrações contábeis. A redução da inflação faz renascer a contabilidade de custos no Brasil.
Inicio dos anos 2000 – expande a pós-graduação no Brasil, inicialmente com a criação de diversos programas de mestrado. Em meados deste século é aprovado o segundo doutorado de contabilidade, que serão acompanhados de diversos outros nos anos seguintes.
2005 – Criação do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) através da Resolução 1055 do CFC.
2007 – Lei 11.638: começa a adoção das normas internacionais de contabilidade. O Brasil começa a participar do processo de convergência no Iasb.
Prezado leitor: Com esta cronologia estamos encerrando a série sobre a história da contabilidade no Brasil. Está faltando alguma data? Ajude-nos na atualização desta cronologia. Sugira temas de investigação.
Fantástico!
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