No longo prazo, uma empresa deve fazer investimentos
pressupondo a continuidade dos negócios. Isto significa, entre outras coisas,
que os aportes de recursos em ativos de longo prazo devem ser em quantidade
suficiente para cobrir a redução na sua capacidade de gerar benefícios
econômicos. Esta regra é difícil de ser acompanhada pelo usuário, mas existem
dois atalhos interessantes.
O primeiro é verificar a vida útil estimada dos ativos. Se
esta vida útil está diminuindo ao longo do tempo, a empresa deverá fazer um
grande volume de investimento num futuro próximo. O segundo é fazer uma
comparação entre o total de depreciação anual e os investimentos realizados no
ano. Se a depreciação for consistentemente superior ao investimento é um sinal
de que será necessário fluxo de caixa futuro com as atividades de
investimentos.
Veja
o caso da Cristal Pigmentos. Em 2013 o valor da depreciação e amortização foi
de 30 milhões de reais, aproximadamente o mesmo valor de 2012. Como o
imobilizado líquido era de 127 milhões, isto significa dizer que em 4 anos o
imobilizado da empresa estaria todo depreciado (neste valor deveria ser
retirado o montante de Terrenos e Obras em Andamento, mas isto teria pouco
impacto). Em 2012 este valor era de 4,7 anos. Antes disto, era de 5,7 anos em
2011 e 6,1 anos em 2010.
Ou seja, claramente a empresa não está fazendo investimentos
em máquinas, edifícios, instalações e outros itens do seu permanente.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
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