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10 abril 2014

I don't speak no english: A falha do Ciência Sem Fronteiras

A gente já leu no blog que muita verba foi remanejada para o Ciência Sem Fronteiras, aí vamos ler o jornal e nos deparamos com uma falha épica: os alunos são devolvidos ao Brasil por não saerem inglês. Eu sabia que eles não sabiam, você sabia que eles não sabiam, a Capes sabia que eles não sabiam. Alguém me explica a lógica de tudo isso?

Foi publicado no Globo (grifo nosso):
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação (MEC), está convocando pelo menos 110 bolsistas do Ciência sem Fronteiras (CsF) a voltarem ao Brasil sem realizarem estágio. São 84 estudantes fazendo intercâmbio em universidades no Canadá e 26 em instituições da Austrália, que não atingiram proficiência em inglês, desde que viajaram, há seis meses.
Segundo o comunicado enviado pela Capes aos alunos, eles devem regressar ao Brasil ao fim do curso de inglês em abril para retormar as atividades em universidades brasileiras, já que não alcançaram “nível de conhecimento linguístico ou rendimento necessários para ingresso no semestre acadêmico”.
Os universitários em questão não foram aprovados originalmente para universidades canadenses e australianas. Eles haviam sido selecionados para estudar em Portugal, em um edital de 2012. No entanto, em abril de 2013, o MEC cancelou o convênio com instituições portuguesas pelo CsF para estimular o aprendizado de uma segunda língua.
Na época, a Capes divulgou que os estudantes inscritos para bolsas de estudos em Portugal poderiam transferir as inscrições para Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália ou Irlanda. Ainda segundo a Capes, 9.691 candidatos que apresentaram pontuação acima de 600 pontos no Enem tinham qualificação condizente com os critérios do programa e não era “viável alocar esse elevado número de estudantes nas instituições portuguesas”.
Para os estudantes que transferiram suas inscrições em universidades portuguesas para outros países não foi exigido o nível de proficiência em idiomas pedido nos editais específicos para os demais programas.

Os alunos foram aprovados para cursos em Portugal, a Capes os enviou para outro país para incentivar o aprendizado do inglês, eles não atingiram o nível desejado... De quem é a culpa?

A minha reação natural?


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