Um texto publicado no Estadão:
O UniCredit, maior banco da Itália em ativos, divulgou ontem um surpreendente prejuízo de 14 bilhões em 2013, após enormes baixas contábeis relativas a fusões e empréstimos podres, refletindo medidas para limpar o balanço antes de uma verificação da solidez do setor por reguladores europeus.
Este tema já foi objeto de postagem neste blog recentemente.
O UniCredit informou ontem que as provisões para devedores duvidosos no ano totalizaram 13,7 bilhões, sendo 9,3 bilhões provisionados apenas no quarto trimestre. Os resultados do UniCredit mostraram a limpeza mais dramática de um balanço contábil até agora na zona do euro antes dos testes de saúde bancária que será feito pelo Banco Central Europeu (leia mais ao lado).
Então somente a provisão não justifica todo o prejuízo. Mas observe o leitor que o texto fala em provisão.
"Esta foi uma limpeza chocante", disse um analista do setor bancário, que não quis ser identificado. "A companhia está assumindo 9,3 bilhões de euros com empréstimos. Tínhamos previsto 4,5 bilhões e ainda achávamos que era uma estimativa alta".
Uma confusão entre despesa com devedores, provisão e empréstimos. Agora é o empréstimo. Para continuar...
Baixas. A baixa contábil referente a ágio feita pelo UniCredit ficou em 9 bilhões, conforme o banco realizou expressivas baixas no valor de suas aquisições desde 2005.
Agora a baixa é decorrente de ágio...
O enorme prejuízo líquido registrado no ano passado leva em consideração um ganho líquido de capital de 1,2 bilhão oriundo da reavaliação da participação do UniCredit no Banco Central da Itália, cuja contabilidade ainda está sendo discutida.
O resultado se compara a uma estimativa média entre analistas de um lucro de 916,5 milhões em 2013, segundo uma pesquisa feita pela Thomson Reuters
Pergunta: Afinal, qual foi a principal razão do prejuízo? (Foto: Maluco Beleza, Raul Seixas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário