A literatura bem humorada de negócios sempre teve nos incompetentes um grande filão. É bem verdade que as obras não vendem tanto quanto os livros pretensamente sérios, como “O Monge e o Executivo”. Mas o Princípio de Peter foi um grande sucesso na década de sessenta e até hoje é lembrado. Segundo este princípio, todo funcionário será promovido até alcançar seu nível de incompetência.
Mais recentemente surgiu o Princípio de Dilbert , teoria proposta por Scott Adams para seu personagem de quadrinhos. Neste caso, as empresas tendem a promover os funcionários incompetentes para a gestão intermediária para limitar a quantidade de problemas que eles possam provocar.
Ambos os princípios são claros e facilmente entendíveis. Fáceis até demais. Um pesquisador da Austrália decidiu fazer uma análise econômica dos dois princípios para demonstrar que ambos podem efetivamente ocorrer numa empresa que maximiza lucro. Neste tipo de empresa, a racionalidade do comportamento das pessoas seria o mais razoável. O pesquisador mostra que o princípio de Peter ocorre quando os gestores escolhem seus empregados na sua fronteira de competência; já o Princípio de Dilbert os empregados estão abaixo da fronteira de competência. Segundo o modelo, a introdução de novas tecnologias é uma forma de evitar o Princípio de Dilbert.
Leia Mais em FARIA, João Ricardo. An Economic Analysis of the Peter and Dilbert Principles. Working Paper, 2000.
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