Uma notícia importante:
A decisão da Petrobras de adiar o balanço patrimonial do quarto trimestre de 2013 foi "técnica", disse nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Para Mantega, as especulações do mercado sobre o assunto são "um absurdo". "[A decisão] é só para que possamos ter mais tempo para ter os dados que serão apresentados na próxima reunião", disse o ministro, que é presidente do Conselho de Administração da estatal.
Em geral decisões de adiamento querem dizer "problemas". A decisão da empresa Gol no passado mostrou isto. Como divulgar um balanço é uma atividade periódica de uma empresa, não existe razão para adiar para "ter mais tempo".
Mantega deu as declarações ao deixar reunião no Senado Federal para discutir o indexador da dívida dos estados. Os números deveriam ser disponibilizados no dia 14, mas agora serão divulgados somente no dia 25. A decisão assustou o mercado e as ações da Petrobras tiveram forte queda no pregão desta quarta-feira da Bovespa.
Como o desempenho da empresa é ruim nos últimos anos, uma decisão como esta geralmente é interpretada, pelo mercado, como uma preparação para mais notícias ruins. Em alguns dias poderemos ter uma ideia se realmente foi um adiamento para "ter mais tempo para ter os dados que serão apresentados".
Ao mesmo tempo...
A presidente da Petrobras, Graça Foster, foi eleita pela revista norte-americana de negócios Fortune a quarta mulher mais poderosa do mundo. A primeira colocada no ranking de 50 mulheres é a CEO da General Motors, Mary Barra.
É importante destacar que "poder" não significa "desempenho". Dirigir uma grande empresa estatal responsável pelo abastecimento da frota de um país com 200 milhões de habitantes confere poder a Foster. O desempenho é difícil mensurar, já que Foster dirige uma empresa sob intervenção do governo, para fazer política social, a exemplo da PDVSA na Venezuela. O fato de continuar na presidência, aceitando este papel, diz muito sobre seu desempenho.
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