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03 janeiro 2014

Desemprego e crescimento da economia

Enquanto a economia brasileira apresenta taxas de crescimento reduzidas, o nível de desemprego é cada vez menor. Esta aparente contradição tem uma explicação: a forma de mensurar o desemprego usada no Brasil:

A população desocupada em novembro passado somou 1,1 milhão de pessoas nas regiões metropolitanas pesquisadas, enquanto a ocupada atingiu 23,3 milhões de pessoas. No setor privado, o número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 11,8 milhões, sem mostrar variação em relação a outubro. A redução da desocupação, que mostra uma queda em relação à taxa de 5,2% de outubro último é função do aumento da inatividade. Assim, não houve melhora no mercado do trabalho, mas decorrente do grande número de pessoas que deixaram de procurar emprego: 148 mil pessoas.

Quando feita a comparação entre novembro de 2012 e o mesmo mês de 2013, constata-se um total de 801 mil pessoas a mais—estão sem trabalhar ou desinteressadas em buscar uma vaga. É oportuno ressaltar que esse desinteresse pode ser explicado, em parte, pelo crescimento da renda, que em novembro se encontrava em R$1.965,20, o que pode estar contribuindo para que os jovens, idosos e mulheres desistam de demandar o mercado de trabalho por uma vaga, para complementar os rendimentos da família. (Desemprego no Brasil real - José Matias-Pereira)


Uma possível explicação são os programas sociais do governo, que incentivam as pessoas a não procurar emprego. Gonzagão já dizia: "pois doutor uma esmola/a um homem que é são/ou lhe mata de vergonha/ou vicia o cidadão". (fonte do cartoon, aqui)

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