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23 janeiro 2014
Custos Ambientais como Despesas das Empresas
O ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Robert Rubin, defendeu, numa conferência sobre mudança do clima, que as empresas deveriam incluir os custos ambientais que elas impõe ao resto da sociedade como despesas. Segundo Rubin, se as regras contábeis exigissem esta mudança, as pessoas iriam reagir. Para Rubin:
Não é uma questão de preço do carbono, é uma questão de contabilidade: "Eu tenho um negócio. Eu emito. Eu não pago o preço para as emissões. Eu produzo um produto. Eu vendo. Eu não me importo com as emissões, porque não é o meu custo. É o custo da sociedade.
A proposta de Rubin pode parecer interessante para os sonhadores, mas possui sérios problemas. Primeiro, a dificuldade de mensurar estes efeitos. Apesar de toda evolução da área contábil, a mensuração desta externalidade ainda é subjetiva e sujeita a erros.
Segundo lugar, como reconhece a Bloomberg News, isto exigiria uma mudança nas normas, já que os custos ambientais a rigor não são despesas. É bem verdade que isto pode ser resolvido com a alteração da estrutura conceitual.
Terceiro, e ainda conforme a Bloomberg, isto é incoerente com o pensamento de Rubin. Quando estava no Citigroup Rubin apontou a necessidade de retirar algumas despesas da demonstração do resultado da sua entidade. Agora deseja acrescentar.
Quarto, é difícil imaginar que as empresas aceitarão incluir estes custos na DRE.
Contabilidade ambiental ganhando espaço!
ResponderExcluirCamila Barreto via Facebook