(...) Quando informou em 30 de outubro que a diretoria havia apresentado uma proposta ao conselho, a Petrobras dizia textualmente: “a metodologia contempla reajuste automático do preço do diesel e da gasolina, em periodicidade a ser definida”. Embora houvesse uma ressalva de que a fórmula teria um mecanismo para impedir o repasse da volatilidade dos preços internacionais para o mercado interno, o termo “reajuste automático” estava lá, e apenas o período estava em discussão.
Quase um mês depois, quando anunciou a decisão sobre a aprovação da nova política de preços (que não parece tão nova), a estatal disse que deu início à implementação da política, dizendo que os parâmetros da metodologia seriam sigilosos.
Não mencionou que foi abandonada a ideia de reajuste automático, mas como ele não foi mencionado e o reajuste que deu início à política foi tímido, o mercado supôs que ele estava descartado.
Agora, após intervenção do órgão regulador do mercado de capitais, a Petrobras apresentou um esclarecimento para dizer que “a metodologia de precificação aplicada a partir de 23 de novembro contém parâmetros baseados em variáveis como preço de referência dos derivados no mercado internacional, taxa de câmbio e ponderação associada à origem do derivado vendido, se no Brasil ou importado”.
(...) Embora não tenha ressaltado que a decisão contrariou a proposta apresentada inicialmente, a Petrobras disse hoje que os reajustes “não serão automáticos”, havendo uma banda de reajuste e cabendo à diretoria executiva, discricionariamente, aplicá-los “à luz da dinâmica dos mercados doméstico e internacional” (seja lá o que isso queira dizer). (...)
Petrobras tem aula de comunicação com controlador - Valor Econômico. Imagem: aqui
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