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31 dezembro 2013
Fatos do ano
Eis um resumo dos principais fatos do ano. Escolhemos o fato mais importante de cada mês.
Janeiro - Contabilidade Criativa do governo
Fevereiro - Justiça Brasileira e os escândalos financeiros
Março - Perdemos Lino Martins
Abril- Indicação de Golden para presidir o IASB
Maio - Produção de normas: Leasing, Controle Interno, Receita e Provisão.
Junho - Condenação da Deloitte
Julho- Derrota do Rodízio
Agosto- Efeitos Práticos do CPC 38
Setembro -Instrução Normativa 1397
Outubro - Leilão de Libra
Novembro - Uso do Bitcoin
Dezembro - Corrupção
Fato do ano: EIKE
Janeiro - Contabilidade Criativa do governo
Fevereiro - Justiça Brasileira e os escândalos financeiros
Março - Perdemos Lino Martins
Abril- Indicação de Golden para presidir o IASB
Maio - Produção de normas: Leasing, Controle Interno, Receita e Provisão.
Junho - Condenação da Deloitte
Julho- Derrota do Rodízio
Agosto- Efeitos Práticos do CPC 38
Setembro -Instrução Normativa 1397
Outubro - Leilão de Libra
Novembro - Uso do Bitcoin
Dezembro - Corrupção
Fato do ano: EIKE
A Privatização do Royal Mail
Recentemente o governo do Reino Unido privatizou o serviço de correios, o Royal Mail. Foi uma das maiores ofertas iniciais de ações (ou IPO no jargão do mercado) dos últimos anos na Europa. Assim que as ações chegaram no mercado, ocorreu uma alta de 40% no preço, de 3,2 libras por ação para 4,6 (gráfico).
Isto, naturalmente, trouxe questionamentos sobre o processo de privatização. E retomou uma discussão antiga nas finanças: o preço das IPO é subestimado. Esta discussão já tinha ocorrido anteriormente quando do lançamento das ações do LinkeIn e o preço ofertado estava muito abaixo do valor transacionado alguns minutos depois da ação ter chegado no mercado.
O New York Times lembra pesquisas acadêmicas que comprovaram que as IPOs, nos Estados Unidos, estavam subestimadas nos últimos anos. A diferença entre o valor fixado na oferta inicial e o valor de mercado, nos últimos vinte anos, foi de 125 bilhões de dólares nos Estados Unidos.
Uma possível explicação para o que ocorreu no Royal Mail e nas outras ofertas iniciais é a existência de assimetria da informação. Uma das explicações é que investidores desinformados compram as ações nos primeiros dias, pagando um preço acima do que deveria, numa situação próxima a “teoria do abacaxi”, numa tradução menos literal, de Akerlof. (Talvez o leitor já tenha recebido oferta do gerente do seu banco recomendando a compra de uma ação que será lançada)
Outra explicação possível é que os bancos de investimentos determinam um preço subestimado para seu benefício próprio. Outros participantes também podem exercer influencia sobre o preço inicial, em razão dos seus interesses próprios. Alguns administradores irão beneficiar da venda de ações recebidas como forma de remuneração e possuem interesse em aumentar estes preços. O litígio que podem existir após o lançamento também ajuda a explicar a diferença de preço: a desvalorização poderia conduzir a um litígio em razão da potencial omissão de informação. Finalmente, o comportamento pode ser resultante da irracionalidade dos investidores.
Isto, naturalmente, trouxe questionamentos sobre o processo de privatização. E retomou uma discussão antiga nas finanças: o preço das IPO é subestimado. Esta discussão já tinha ocorrido anteriormente quando do lançamento das ações do LinkeIn e o preço ofertado estava muito abaixo do valor transacionado alguns minutos depois da ação ter chegado no mercado.
O New York Times lembra pesquisas acadêmicas que comprovaram que as IPOs, nos Estados Unidos, estavam subestimadas nos últimos anos. A diferença entre o valor fixado na oferta inicial e o valor de mercado, nos últimos vinte anos, foi de 125 bilhões de dólares nos Estados Unidos.
Uma possível explicação para o que ocorreu no Royal Mail e nas outras ofertas iniciais é a existência de assimetria da informação. Uma das explicações é que investidores desinformados compram as ações nos primeiros dias, pagando um preço acima do que deveria, numa situação próxima a “teoria do abacaxi”, numa tradução menos literal, de Akerlof. (Talvez o leitor já tenha recebido oferta do gerente do seu banco recomendando a compra de uma ação que será lançada)
Outra explicação possível é que os bancos de investimentos determinam um preço subestimado para seu benefício próprio. Outros participantes também podem exercer influencia sobre o preço inicial, em razão dos seus interesses próprios. Alguns administradores irão beneficiar da venda de ações recebidas como forma de remuneração e possuem interesse em aumentar estes preços. O litígio que podem existir após o lançamento também ajuda a explicar a diferença de preço: a desvalorização poderia conduzir a um litígio em razão da potencial omissão de informação. Finalmente, o comportamento pode ser resultante da irracionalidade dos investidores.
A contabilidade da Al-Qaida
O Washington Post revela a contabilidade da Al-Qaida, a organização islâmica. Os documentos foram obtidos num prédio ocupado no norte da África, em Timbuktu, Mali.
Muitas anotações eram para despesas triviais, como gastos diário de mercearia ou conserto de carro e manutenção de ar condicionado. Mas nas anotações existem desembolsos para compor o estado islâmico, incluindo um tribunal. Num dos trechos tem a seguinte anotação:
Muitas anotações eram para despesas triviais, como gastos diário de mercearia ou conserto de carro e manutenção de ar condicionado. Mas nas anotações existem desembolsos para compor o estado islâmico, incluindo um tribunal. Num dos trechos tem a seguinte anotação:
Em nome de Alá, o mais clemente, eu dei a Omar Mohamed Abou Khalid, o emir de Tashara Zarho, 460 mil FCFA (US$920) para suas despesas mensais de 21 de setembro de 2012 a 21 de outubro de 2012, para 34 soldados.
Listas: O Guia Não Oficial da Goldman Sachs para Resoluções de Fim de Ano
Se exercite mais. Beba menos. Viaje. Poupe.
Essas são as usuais e
regurgitadas resoluções de ano novo. e elas estão ficando bem cansativas
especialmente quando levamos em consideração que a grande maioria nunca cumpre
nada, escolhendo cambalear na banalidade da própria existência e enrolar tudo
isso novamente no ano seguinte.
Então pare de dizer para
si que irá optar pelas escadas, abrir mão dos seis reais em capuchinos, passar
o mais longe possível que conseguir das guloseimas e siga estes conselhos:
1. Faça um voto de silêncio. Venda a sua televisão. Vire
vegetariano. Faça TRX. Treine para uma maratona. Desintoxique-se em janeiro.
Comece a dieta de Paleo. Escolha um ou todos os itens anteriores mas, por
favor, guarde para si.
"Ninguém correria
uma maratona se tivesse que assinar um acordo de confidencialidade antes".
2. Leia mais. Sim, esse é um item geralmente fixo
na maioria das listas, mas este ano seja mais específico e realista. Faça uma
lista de dez livros a serem lidos, uma mistura saudável de ficação e não ficção.
Coloque aí um clássico que você te envergonhe nunca ter lido na escola. Compre
as edições mais caras e as guarde como pequenos troféus de sua façanha.
"Ler te permite
pegar emprestado o cérebro de outra pessoa e o tornará mais interessante em uma
confraternização".
3. Lave as mãos com mais frequência. Um estudo mostrou que um nova-iorquino
toca de forma indireta uma média de 24 pênis por dia. Para quem trabalha na
altura 1585 da Broadway, a frequência dobra. Não sei qual a frequência no
Brasil, mas lave bem as mãos enquanto pesquisa.
4. Faça um curso online. Porque continuar a falar de forma
leviana sobre autoaperfeiçoamento enquanto as maiores universidades do mundo,
incluindo Duke, Wharton e MIT, estão investindo recursos significantes na
educação de graça? Ironicamente, as estatísticas mostram que os mais educados e
escolados são os que tiram mais vantagem disso. Mas quem entre nós não poderia
se beneficiar em aprender mais sobre contabilidade, marketing, psicologia
infantil, ou mercado imobiliário?
5. Assista "The Sopranos"
do início ao fim. Mesmo se você já assistiu uma vez.
6. Revitalize a linha inicial do seu
vestuário. Saia e compre
dois ternos, 10 camisas sociais, 2 pares de calças jeans, 2 pares de sapatos e
50 pares de meias. Faça isso pelo mesmo motivo que Michael Jordan calçava um
novo par de tênis a cada novo jogo. Sabe inglês? Há aqui
algumas dicas.
7. Evite promessas extremistas e irreais. Coma direito, se exercite de forma
sensata e beba com moderação. Simples.
"Um cara veio até
mim na academia e me perguntou para que evento eu estava me preparando. Para a
vida, babaca".
8. Beba mais chá verde. Acrescente mel e gengibre fresco.
9. Ignore os esquemas dramáticos
para poupar dinheiro. Não se empolgue com metas sem noção sobre como você
irá poupar em 2014. Mantenha a simplicidade: gaste menos do que ganha, poupe
antes de comprar aqueles intens mais caros que você deseja. Nao há necessidade
para planos de poupança extremos então seja sensato... mas não se esqueça de
aproveitar o montante que puder gastar.
"Não
há sentido em um funeral de $50 milhões ou em um divórcio de $25 milhões".
10. Escreva as suas metas. A maioria das pessoas nunca cumpre
suas resoluções, mas as pessoas que as escrevem têm uma comprovada taxa maior
de sucesso. Tome um passo a mais e faça uma lista do que você quer conquistar a
cada dia, semana, mês. Escreva-as e vá riscando o que for cumprido, na moda
antiga. E diga ao Senhor Existe-Um-Aplicaivo-Para-Isso para ir ver se você está
na esquina.
11. Faça um exame check up médico
completo. Peça a seu
parceiro que faça o mesmo.
12. Ao jantar, deixe seu telefone de
lado.
"Verificar o seu telefone após alguém
verificar o dele é o mais ridículo da nossa geração".
13. Ria mais. Isso significa: socialize mais,
tenha longos e preguiçosos encontros, organize noite de jogos, prepare festas.
Seja espontâneo. Dê um upgrade nos seus amigos se necessário.
"A maioria das pessoas não seria
nem o personagem principal em um filme sobre a sua própria vida"
14. Não confie apenas na academia. Lembre-se daquele sentimento que
você tinha ao participar de esportes competitivos quando criança. Estar no
campo e não pensar em mais nada além daquilo. A maioria de nós se esqueceu como
é isso. Então junte-se a um time, jogue pelada no fim de semana, encontre
alguém para jogar tênis.
15. Massageie seu pé regularmente. Um quarto escuro. Nenhuma
televisão. Inexistência de vozes em altos tons. Serão os minutos mais
produtivos que você terá. A sensação energiza e recarrega o seu corpo, é
prazerosa, pode ser feita em um estabelecimento comercial (nos shoppings
existem aos montes), com o seu parceiro ou até sozinho. O importante é relaxar
e se desconectar do mundo.
16. Fique em casa no Réveillon. É uma noite de amadores e raramente
condiz com as expectativas. Se embelezar, bebidas caras, comidas chiques...
isso se parece mais com uma quinta a noite. Este ano fique em casa e comece o
seu primeiro de janeiro cedo e de forma produtiva.
Adaptado de Business
Insider
O Refis da Vale
Um texto do Valor Econômico discute o Refis da empresa Vale (De quem é a conta do Refis da Vale). A empresa aceitou pagar 14 bilhões de reais de impostos. Segundo o jornal, por culpa da gestão anterior.
A decisão inicial foi a de fazer o planejamento tributário para deixar uma parcela relevante do lucro em diferentes países da Europa para reduzir a alíquota efetiva de Imposto de Renda. Em vez de pagar 34% sobre o lucro no Brasil, a empresa conseguia pagar apenas 17% em países como a Áustria. Uma opção agressiva, ao estilo do presidente anterior, que carregava os riscos que se materializaram depois, com a sequência de autuações.
Esta decisão foi tomada tendo por base, provavelmente, pareceres de especialistas em planejamento tributário. Pelo visto deu errado. Mas não se delega responsabilidade; então, o antigo presidente seria o responsável pelo risco tributário da empresa.
Já a segunda decisão não desce bem até hoje para a atual administração da mineradora. E tem relação com a impetração de um mandado de segurança na Justiça para evitar a cobrança do IR e CSLL sobre o lucro no exterior, mesmo antes de ter sido autuada.
A única vantagem dessa decisão, se diz, seria, em caso de derrota na causa, não precisar pagar multa e juros ao longo do período em que o mandado estivesse valendo.
Mas se a empresa considerava o pagamento do principal indevido, para que se preocupar com multa e juros? Multa e juros sobre zero, daria zero.
Outras grandes empresas tomaram decisão diferente da Vale. Não recolheram o tributo e aguardaram a autuação para debater o assunto no âmbito administrativo, que costuma ser mais amigável para os contribuintes, uma vez que eles têm igualdade de assentos entre os julgadores - embora não o voto de Minerva.
A experiência mostrou que outras empresas foram mais felizes.
Sorte da mineradora que o governo decidiu abrir o Refis, ou que tenha sido forçado a negociá-lo, por necessidade de alcançar o superávit primário deste ano. Caso contrário, a Vale corria o risco não desprezível de ter que pagar uma conta de R$ 45 bilhões, ou mais de um quarto de seu patrimônio líquido.
A decisão inicial foi a de fazer o planejamento tributário para deixar uma parcela relevante do lucro em diferentes países da Europa para reduzir a alíquota efetiva de Imposto de Renda. Em vez de pagar 34% sobre o lucro no Brasil, a empresa conseguia pagar apenas 17% em países como a Áustria. Uma opção agressiva, ao estilo do presidente anterior, que carregava os riscos que se materializaram depois, com a sequência de autuações.
Esta decisão foi tomada tendo por base, provavelmente, pareceres de especialistas em planejamento tributário. Pelo visto deu errado. Mas não se delega responsabilidade; então, o antigo presidente seria o responsável pelo risco tributário da empresa.
Já a segunda decisão não desce bem até hoje para a atual administração da mineradora. E tem relação com a impetração de um mandado de segurança na Justiça para evitar a cobrança do IR e CSLL sobre o lucro no exterior, mesmo antes de ter sido autuada.
A única vantagem dessa decisão, se diz, seria, em caso de derrota na causa, não precisar pagar multa e juros ao longo do período em que o mandado estivesse valendo.
Mas se a empresa considerava o pagamento do principal indevido, para que se preocupar com multa e juros? Multa e juros sobre zero, daria zero.
Outras grandes empresas tomaram decisão diferente da Vale. Não recolheram o tributo e aguardaram a autuação para debater o assunto no âmbito administrativo, que costuma ser mais amigável para os contribuintes, uma vez que eles têm igualdade de assentos entre os julgadores - embora não o voto de Minerva.
A experiência mostrou que outras empresas foram mais felizes.
Sorte da mineradora que o governo decidiu abrir o Refis, ou que tenha sido forçado a negociá-lo, por necessidade de alcançar o superávit primário deste ano. Caso contrário, a Vale corria o risco não desprezível de ter que pagar uma conta de R$ 45 bilhões, ou mais de um quarto de seu patrimônio líquido.
30 dezembro 2013
História da Contabilidade O final da década de 60
Após assumir o poder, em 1964, os militares promoveram uma
série de reformas no país, sendo que algumas delas influenciaram a
contabilidade do período. Algumas delas já estavam em discussão, sendo que o
papel do novo governo foi menos ativo, como é o caso da Lei 4.320, que alterou
a contabilidade pública; outras normas surgiram após a mudança do governo.
Regulamento do
imposto de renda
Em 1965 o novo governo publicou uma nova legislação do
imposto de renda. Com muitos artigos, a nova norma provocou uma reclamação por
parte dos profissionais, que argumentavam que estavam trabalhando
principalmente para o fisco (não parece ser diferente dos dias de hoje).
Escrituração nos
bancos
Em novembro de 1965 o presidente da Republica aprova uma lei
que modifica a escrituração nos estabelecimentos bancários. A norma determinava
que os lançamentos contábeis devessem “ser redigidos á mão, utilizando-se tinta
permanente ou lapis-tinta” (1).
Reforma
Administrativa
Mesmo após a aprovação da lei 6.430, de 1964, tornou-se necessário
uma reforma administrativa. Esta discussão começou já em 1966, quando uma
proposta tratava da contabilidade na administração federal (2). Nesta proposta,
no seu artigo 65, indicava que era necessário apurar os custos dos serviços.
Congressos
Entre os congressos que ocorreram na época, destacaria o
Encontro Nacional de Professores de Contabilidade (3). Este encontro ocorreu em
Rio Claro, no estado de São Paulo, e contou com a presença de professores do
Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Sergipe e Pernambuco. É
importante destacar que este primeiro encontrou foi apoiado pela Diretoria do
Ensino Comercial e não pelo CFC.
Padronização da
contabilidade bancária
Uma das reformas promovida pelo novo governo foi a criação
do Banco Central. Em 1967 foi aprovada a Circular 93, da Inspetoria de Bancos,
que substituiu as normas da extinta Sumoc e promoveu a padronização da
contabilidade. A medida visava a “mais eficiente fiscalização por parte das
autoridades monetárias” (4).
Cruzeiro novo
Em razão da elevada inflação observada nos anos anteriores,
em 1967, era necessários duas mil unidades de cruzeiros, a moeda da época, para
cada dólar (5). Uma série de medidas foi tomada para reduzir a inflação. Entre
elas, implantou-se o cruzeiro novo, cortando os zeros da moeda de então. Este
tipo de medida tornaria comum na década de oitenta.
A contabilidade das empresas deveria fazer a adaptação em
alguns dias após o anúncio da medida, sendo que a partir de 1º. De abril de
1967 todos os documentos contábeis teriam que circular para cruzeiro novo (6).
Ensino contábil
Neste período três fatos a serem destacados. Primeiro, o
início do intercambio entre a Universidade de São Paulo e a Universidade de
Illinois, dos Estados Unidos. Professores da universidade estrangeira ajudaram
na reformulação do ensino de contabilidade, incluindo na pós-graduação (7).Segundo,
a criação da disciplina de Prática de Escritório nos cursos de contabilidade (8).
Terceiro, continuava a discussão sobre o papel do curso técnico. Por um lado,
alguns políticos tentaram impor legislação igualando a função do técnico com a
do contador. Por outro lado, discutia-se, firmemente a extinção dos cursos
técnicos (9).
(1) O Estado de S Paulo, 20 de novembro de 1965, ed 27789,
p. 17. Grafia da época.
(2) Vide O Estado de S Paulo, 23 de setembro de 1966, ed
28048, p. 7.
(3) O Estado de S Paulo, 4 de outubro de 1966, ed 28057, p
16.
(4) O Estado de S Paulo, 19 de julho de 1967, ed. 28301, p.
20.
(5) O Estado de S Paulo, 11 de fevereiro de 1967, ed 28167,
p. 1.
(6) Idem.
(7) O Estado de S Paulo, 18 de janeiro de 1969, ed 28766, p.
9. Os professores eram V. K. Zimmerman e De Maris.
(8) Surgiu a partir da experiência do professor Waldemiro
Standerck, que lecionava na Escola Técnica de Comércio José de Anchieta, no
Colégio Excelsior e Colégio Tuiuti. Vide O Estado de S Paulo, 16 de janeiro de
1969, ed 28764, p. 19.
(9) Este assunto continuou a ser debatido nos anos
seguintes. O Estado de S Paulo, 31 de agosto de 1969, ed 28956, p. 16.
Propaganda
Duas propagandas de um escritório de contabilidade da década de 1966.
A visão da contabilidade como um fator negativo (preocupação ou o custo da contabilidade). Publicado no Estado de S Paulo, 29 de março de 1966, ed 27896 e 9 de agosto de 1966, ed 28009.
A visão da contabilidade como um fator negativo (preocupação ou o custo da contabilidade). Publicado no Estado de S Paulo, 29 de março de 1966, ed 27896 e 9 de agosto de 1966, ed 28009.
Domínio das contadoras
A força de trabalho feminina representa quase metade dos profissionais de contabilidade: 41,22% das 492,6 mil vagas no setor são ocupadas por elas. A expectativa é de que em cinco anos a divisão possa ser igualitária. Segundo dados de 2013 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), nos últimos 10 anos, mais de 85 mil mulheres ingressaram na carreira. Na graduação, elas já superaram os homens. O número de matrículas no curso de ciências contábeis é de 181 mil, em comparação a 132 mil alunos do sexo masculino, de acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2012.
Quando comparados aos números de 2003, os dados atuais deixam bem claro o avanço das mulheres no setor: de um total de 358 mil trabalhadores, apenas 34,07% eram do sexo feminino. Especialistas afirmam que o crescimento da atuação feminina no ramo de contabilidade se deve a uma série de fatores, como o acesso à educação e também às possibilidades que a carreira pode oferecer aos graduados na área, com vagas tanto no serviço público quanto no setor privado.
De acordo com a conselheira do CFC Celina Coutinho, o setor de contabilidade já possuía um número expressivo de funcionárias atuantes, mas alocadas em trabalhos de escritório. A necessidade de ajudar no orçamento familiar, entre outros fatores, impulsionou a procura por postos de liderança. “Elas resolveram encarar a possibilidade de assumir cargos mais importantes e maior responsabilidade na carreira”, diz.
Além de terem que enfrentar um mercado predominantemente masculino, as contadoras encaram o mesmo problema que a maioria das mulheres no mundo corporativo: as diferenças salariais com relação aos homens. Segundo levantamento feito pelo SalárioBR — site de serviço de pesquisa de cargos e salários — um analista de contabilidade homem com quatro a seis anos de experiência no setor ganha R$ 4.067,47 — 5,63% a mais do que um do sexo feminino. Já na posição de gerente de contabilidade, os homens recebem R$ 9.853,74, cerca de 1,54% a mais do que uma funcionária mulher no mesmo cargo e com a mesma experiência.
Um dos atrativos para a mão de obra feminina é a variedade de ramos de atuação no mercado. “As empresas precisam desses profissionais, seja para abrir as portas, seja para declarar falência, e há defasagem de bons funcionários. A figura feminina apresenta qualidades como disciplina, concentração e metodologia, que normalmente são fatores positivos na hora de serem avaliadas”, explica o vice-presidente do CFC, Antônio Miguel Fernandes.
Imagem nova
Embora o imaginário coletivo ainda associe a figura do contador à de um homem de idade e com uma caneta atrás da orelha, profissionalmente esse perfil já caiu por terra. “Hoje, já não se trata mais de uma questão de gênero, mas de qualidade de serviço, e há a tendência que a presença feminina seja crescente”, diz o vice-presidente do CFC. Bárbara Figueroa, 23 anos, é exemplo dessa mudança. Mesmo jovem, ela acumula cerca de seis anos de experiência no setor. Bárbara esclarece que nunca sofreu preconceito específico devido ao sexo, mas notou certa desconfiança por causa da idade. “Muitos não veem com bons olhos alguém novo com certas responsabilidades e, acredito eu, ser mulher pode agravar a situação. Mas isso é só no primeiro momento, pois o serviço da pessoa prova muita coisa”, explica a contadora, que já passou por cinco empresas na carreira.
Para José Elias Feres de Almeida, autor do livro Contabilidade de pequenas e médias empresas (Editora Elsevier; 512 páginas; R$ 129), a presença e o crescimento da participação feminina no mercado contábil são benéficos, pois acarretam uma mudança na dinâmica das empresas. “As mulheres possuem capacidades de observação e questionamentos diferentes dos homens. Isso agrega ao bom funcionamento do mercado, pois são novas maneiras de enxergar os problemas vividos”, afirma. A respeito dos próximos desafios a serem enfrentados pelas mulheres no ramo, o especialista é enfático ao dizer que futuras barreiras não são exclusividade apenas quando o assunto é gênero, mas para qualquer profissional dedicado. “É preciso investir na postura diante do trabalho e também na formação, fazer pós-graduação, mestrado e ter domínio de uma segunda língua.”
Salário desigual
Relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial, divulgado em outubro, coloca o Brasil no 62º lugar de um total de 136 países no ranking geral de igualdade de gêneros. Foram analisados quatro critérios: poder político, participação econômica, acesso à educação e à saúde. A pior qualificação foi no item “igualdade salarial entre homens e mulheres”, que ficou com a 117º colocação.
Quando comparados aos números de 2003, os dados atuais deixam bem claro o avanço das mulheres no setor: de um total de 358 mil trabalhadores, apenas 34,07% eram do sexo feminino. Especialistas afirmam que o crescimento da atuação feminina no ramo de contabilidade se deve a uma série de fatores, como o acesso à educação e também às possibilidades que a carreira pode oferecer aos graduados na área, com vagas tanto no serviço público quanto no setor privado.
De acordo com a conselheira do CFC Celina Coutinho, o setor de contabilidade já possuía um número expressivo de funcionárias atuantes, mas alocadas em trabalhos de escritório. A necessidade de ajudar no orçamento familiar, entre outros fatores, impulsionou a procura por postos de liderança. “Elas resolveram encarar a possibilidade de assumir cargos mais importantes e maior responsabilidade na carreira”, diz.
Além de terem que enfrentar um mercado predominantemente masculino, as contadoras encaram o mesmo problema que a maioria das mulheres no mundo corporativo: as diferenças salariais com relação aos homens. Segundo levantamento feito pelo SalárioBR — site de serviço de pesquisa de cargos e salários — um analista de contabilidade homem com quatro a seis anos de experiência no setor ganha R$ 4.067,47 — 5,63% a mais do que um do sexo feminino. Já na posição de gerente de contabilidade, os homens recebem R$ 9.853,74, cerca de 1,54% a mais do que uma funcionária mulher no mesmo cargo e com a mesma experiência.
Um dos atrativos para a mão de obra feminina é a variedade de ramos de atuação no mercado. “As empresas precisam desses profissionais, seja para abrir as portas, seja para declarar falência, e há defasagem de bons funcionários. A figura feminina apresenta qualidades como disciplina, concentração e metodologia, que normalmente são fatores positivos na hora de serem avaliadas”, explica o vice-presidente do CFC, Antônio Miguel Fernandes.
Imagem nova
Embora o imaginário coletivo ainda associe a figura do contador à de um homem de idade e com uma caneta atrás da orelha, profissionalmente esse perfil já caiu por terra. “Hoje, já não se trata mais de uma questão de gênero, mas de qualidade de serviço, e há a tendência que a presença feminina seja crescente”, diz o vice-presidente do CFC. Bárbara Figueroa, 23 anos, é exemplo dessa mudança. Mesmo jovem, ela acumula cerca de seis anos de experiência no setor. Bárbara esclarece que nunca sofreu preconceito específico devido ao sexo, mas notou certa desconfiança por causa da idade. “Muitos não veem com bons olhos alguém novo com certas responsabilidades e, acredito eu, ser mulher pode agravar a situação. Mas isso é só no primeiro momento, pois o serviço da pessoa prova muita coisa”, explica a contadora, que já passou por cinco empresas na carreira.
Para José Elias Feres de Almeida, autor do livro Contabilidade de pequenas e médias empresas (Editora Elsevier; 512 páginas; R$ 129), a presença e o crescimento da participação feminina no mercado contábil são benéficos, pois acarretam uma mudança na dinâmica das empresas. “As mulheres possuem capacidades de observação e questionamentos diferentes dos homens. Isso agrega ao bom funcionamento do mercado, pois são novas maneiras de enxergar os problemas vividos”, afirma. A respeito dos próximos desafios a serem enfrentados pelas mulheres no ramo, o especialista é enfático ao dizer que futuras barreiras não são exclusividade apenas quando o assunto é gênero, mas para qualquer profissional dedicado. “É preciso investir na postura diante do trabalho e também na formação, fazer pós-graduação, mestrado e ter domínio de uma segunda língua.”
Salário desigual
Relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial, divulgado em outubro, coloca o Brasil no 62º lugar de um total de 136 países no ranking geral de igualdade de gêneros. Foram analisados quatro critérios: poder político, participação econômica, acesso à educação e à saúde. A pior qualificação foi no item “igualdade salarial entre homens e mulheres”, que ficou com a 117º colocação.
Rir, um remédio perigoso?
O periódico científico British Medicine Journal criou uma edição especial que traz uma “síntese narrativa” sobre o riso. Trata-se de uma revisão dos trabalhos científicos que foram publicados sobre o assunto desde 1946 até junho deste ano.
No levantamento bruto, haviam 4.961 entradas e, depois de remover duplicatas, estudos sobre animais, relatórios de conferências, trabalhos irrelevantes e acrescentar alguns que não estavam na fonte original, chegaram a 785 estudos.
Entre os resultados, 85 estudos relatavam benefícios do riso à saúde, 114 estudaram prejuízos à saúde causados pelo riso, e 586 analisaram condições patológicas que causavam risadas.
Entre os benefícios, o riso pode reduzir a raiva, ansiedade, depressão e estresse, reduzir a tensão tanto psicológica quanto cardiovascular, aumentar a tolerância à dor, reduzir o risco de infarto do miocárdio, melhorar as funções pulmonares, aumentar o uso de energia, e reduzir a concentração de glucose no sangue.
Mas existe também o reverso da medalha: entre os perigos do riso estão incluídos a síncope, ruptura cardíaca e esofágica, protrusão de hérnias abdominais, ataques de asma, enfisema interlobular, cataplexia, dores de cabeça, deslocamento da mandíbula, e incontinência resultante de estresse.
E isso não é tudo – o riso infeccioso pode se espalhar como uma infecção real, que pode ser prevenida rindo na sua manga. Como se não bastasse, o riso também tem causas patológicas, ou seja, gente que ri de doente, como risadas causadas por epilepsia (convulsões gelásticas), tumores cerebrais, síndrome de Angelman, ataques, esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica ou doença neuro-motora.
A equipe concluiu que o riso não apresenta apenas benefícios, e os danos que pode causar são imediatos e relacionados a intensidade, com os maiores riscos para quem tem risadas homéricas. Mesmo assim, o balanço entre benefício e prejuízo parece ser positivo. Só não ficou esclarecido se piadas doentias fazem as pessoas passar mal, se humor seco causa desidratação, ou se piadas de mau gosto causam disgeusia.
Fontes: LiveScience, MedicalXpress, PopSci, BMJ, Hyperscience
Fontes: LiveScience, MedicalXpress, PopSci, BMJ, Hyperscience
Listas: Os programas mais pirateados
O ranking dos programas mais pirateados. Dois deles acabaram em 2013 (Breaking Bad e Dexter). Game of Thrones teve mais downloads ilegais que usuários na televisão dos Estados Unidos. O mesmo ocorreu com Dexter e Homeland. Vikings e Arrow são aventuras que foram lançadas recentemente (Arrow está na segunda temporada). How I Met Your Mother tem o término previsto para 2014, depois de muitos anos no ar.
Para que serve o orgasmo feminino?
Devem haver poucas questões da sexualidade humana mais rancorosas do que aquelas a respeito do orgasmo feminino. Os cientistas concordam que as mulheres provavelmente começaram a ter orgasmos como um subproduto de os homens os terem, semelhante à forma como os homens têm mamilos porque as mulheres têm.
Como Elisabeth Lloyd, uma filósofa da ciência e bióloga teórica da Universidade de Indiana (EUA), coloca em seu livro de 2005, “The Case of the Female Orgasm: Bias in the Science of Evolution” (“O Caso do Orgasmo Feminino: Um Viés na Ciência da Evolução”, em tradução livre): “As fêmeas têm o tecido [clitórico] erétil e nervoso necessário para o orgasmo em virtude da forte pressão seletiva em curso dos homens pelo sistema de entrega de esperma do orgasmo masculino e ejaculação”.
No entanto, por que as mulheres têm orgasmos ainda é muito debatido.
Os orgasmos masculinos existem, acredita-se amplamente, para incentivar os homens a espalharem suas sementes. Em valor nominal, seria fácil dizer que as mulheres têm orgasmos pela mesma razão: para incentivá-las a ter relações sexuais e fazer bebês. Entretanto, na prática, em comparação com o orgasmo masculino, o orgasmo feminino é muito difícil de conseguir. Mesmo dentro de cada mulher existem muitas variações e 10% delas não chegaram a alcançá-los, nem ao menos uma vez. E, ao contrário do orgasmo masculino, o orgasmo feminino não é um pré-requisito para a gravidez.
Então, por qual motivo as mulheres têm orgasmos? Existem dois campos que se opõem firmemente nesta questão. O primeiro grupo propõe que ele tem uma função adaptativa em uma das três categorias: ligação do casal, seleção de parceiros e fertilidade melhorada. Vamos analisá-los separadamente.
A teoria da ligação do casal sugere que os orgasmos femininos unem os parceiros, garantindo dois pais para a prole. Por outro lado, a seleção de parceiros propõe que as mulheres usam o orgasmo como uma espécie de prova de fogo para avaliar a “qualidade” dos parceiros. A teoria da fertilidade melhorada, entretanto, propõe que as contrações uterinas durante o orgasmo feminino ajudam a “sugar” o esperma para o útero.
Outro campo, todavia, afirma que o orgasmo feminino é até hoje um subproduto incidental do orgasmo masculino, e não uma adaptação evolutiva. “Não há nenhuma ligação documentada entre as mulheres que têm orgasmos, ou que os têm mais rápido, como tendo mais ou melhor prole”, defende Lloyd.
A dissidência entre os dois campos se aprofundou há cerca de dois anos, com a publicação de um novo estudo de gêmeos na revista “Animal Behavior” que parece descartar a teoria do subproduto do orgasmo feminino. Os pesquisadores Brendan Zietsch, da Universidade de Queensland, na Austrália, e Pekka Santtila, da Universidade Abo Akedemi, na Finlândia, perguntaram a 10 mil gêmeos e gêmeas finlandesas e seus irmãos para informarem sobre a sua “orgasmabilidade” (termo usado no estudo).
Eles procuraram semelhanças na função do orgasmo entre gêmeos femininos e masculinos. Se a teoria do subproduto do orgasmo feminino fosse verdade, dizem eles, essa semelhança deveria existir. Devido às diferenças inerentes ao orgasmo entre as mulheres e os homens, foi solicitado que as mulheres relatassem quantas vezes elas tinham orgasmos durante o sexo e o quão difícil era atingi-los, enquanto os homens foram questionados quanto tempo levavam para atingir o orgasmo durante o ato sexual e quantas vezes eles sentiram que ejacularam muito rapidamente ou muito lentamente.
Zietsch e Santtila descobriram fortes correlações de orgasmabilidade entre gêmeos idênticos do mesmo sexo, e mais fracas, mas ainda significativas, semelhanças entre gêmeos não idênticos do mesmo sexo e seus irmãos. No entanto, eles não encontraram correlação alguma na função do orgasmo entre gêmeos do sexo oposto. “Nós mostramos que, enquanto a função do orgasmo masculino e feminino são influenciadas por genes, não existe uma correlação cruzada de gênero na função do orgasmo – a orgasmabilidade das mulheres não se correlaciona com orgasmabilidade de seu gêmeo”, explica Zietsch. “Como tal, não existe um caminho pelo qual a seleção do orgasmo masculino possa ser transferida para o orgasmo feminino, caso em que a teoria do subproduto não pode funcionar”.
Zietsch diz que ele não tem uma teoria favorita sobre a função evolutiva do orgasmo feminino, mas se forçado a escolher, diria que ele fornece às mulheres uma recompensa extra para se engajar em relações sexuais, aumentando assim a frequência destas relações e, por sua vez, a fertilidade. (Ainda não existe prova alguma, porém, como Lloyd aponta.) Zietsch continua: “Eu mostrei em outro artigo, no entanto, que há apenas uma associação muito fraca entre a taxa de orgasmo das mulheres e sua libido, então a pressão da seleção sobre o orgasmo feminino é provavelmente fraca – isso pode explicar por que muitas mulheres raramente ou nunca têm orgasmos durante o sexo”.
Lloyd e outros proponentes da teoria do subproduto concordam que a pressão de seleção fraca poderiam estar atuando sobre o orgasmo feminino, contudo não acham que seria o suficiente para mantê-lo ao longo das eras da evolução humana. Pelo contrário, se o orgasmo feminino confere quaisquer benefícios reprodutivos para a raça humana, seria por um acaso feliz. Sem surpresa, Lloyd enxerga vários problemas no estudo dos dois pesquisadores. “Comparar diferentes traços do orgasmo em mulheres e homens é querer forçar uma relação entre duas coisas fundamentalmente diferentes”, afirma ela.
Kim Wallen, um neuroendocrinologista comportamental da Universidade Emory e colaborador frequente de Lloyd, explica a questão desta forma: “Imagine que eu queria comparar altura em homens e mulheres. Nas mulheres, eu usei uma medida a partir do topo da cabeça até a sola do pé. Nos homens, usei a rapidez com que eles conseguem ficar de pé. Será que eu ficaria surpreso que cada medida foi correlacionada em gêmeos idênticos dentro de sexos, mas não correlacionada em gêmeos de sexos diferentes? Tal resultado seria o que foi previsto e nem um pouco surpreendente. Zietsch e Santtila fizeram o equivalente a esta experiência usando o orgasmo em vez da altura”.
Wallen também aponta que estudos anteriores mostraram que os traços sob forte pressão seletiva mostram pouca variabilidade, enquanto que aqueles sob pressão fraca tendem a mostrar maior variabilidade. “Pênis e o tamanho da vagina – ambos necessários para a reprodução – mostram pouca variabilidade, sugerindo que eles estão sob forte pressão seletiva”, acrescenta Lloyd. “Enquanto o comprimento do clitóris é altamente variável”. Wallen afirma que Zietsch e Santtila “optaram por comparar maçãs com laranjas, porque a evidência é muito forte que os orgasmos femininos e masculinos estão sob diferentes graus de pressão seletiva, exatamente o argumento que eles estavam tentando refutar”.
Para seu crédito, Zietsch e Santilla reconheceram as limitações do seu estudo, tanto no artigo, como em entrevista. Obviamente, ainda há muito trabalho pela frente. “Descobrir a função do orgasmo feminino, se houver, provavelmente vai exigir amostras geneticamente informativas muito grandes, dados de fertilidade, e informações detalhadas sobre o comportamento sexual, taxa de orgasmo, e as condições e os parceiros envolvidos”, defende-se Zietsch. “Eu tenho planos, mas o debate provavelmente não será resolvido nos próximos anos”.
Você pode estar se perguntando o que nós sabemos, de fato, sobre o orgasmo feminino. Bem, estamos mais perto de saber por que eles são tão poucos e distantes entre si durante o sexo. Em um artigo publicado online em janeiro de 2011 no portal da revista “Hormones and Behavior”, Lloyd e Wallen descobriram que quanto mais longe o clitóris é da abertura urinária, menos provável é que a mulher vá conseguir atingir o orgasmo regularmente com a relação sexual. Se o elo se mantiver em experimentos futuros, diz Lloyd, estabeleceria que a capacidade de uma mulher de ter um orgasmo durante o sexo repousa sobre uma característica anatômica que provavelmente varia de acordo com a exposição aos hormônios sexuais masculinos no útero. “Tal característica poderia estar sob seleção”, complementa a estudiosa. “Porém, isso teria que ser investigado. Até agora, nenhuma força seletiva parece surgir”.
Fontes: Aqui, aqui e aqui.
29 dezembro 2013
Fractais
Com o advento da computação gráfica, a geometria fractal escapou do campo da matemática pura e ganhou ares de concepção artística e vedete da tecnologia de ponta.
Hoje é aplicada nas mais diversas áreas do conhecimento humano.
Só para citar alguns poucos exemplos, na Química do estado sólido, observamos avanços significativos na microcristalografia, cujos modelos fractalizados desempenham um papel preponderante no desenvolvimento de microchips cada vez mais sofisticados, lembrando que o microchip é o coração de nossos sistemas computadorizados e também da eletrônica como um todo.
Também é digno de nota que os modelos fractais têm favorecido a descoberta de novos estados e processos de cristalização utilizados na purificação de ativos na indústria farmacêutica.
Na prática isso representa medicamentos mais efetivos e com menor custo de produção.
Além destas duas fantásticas contribuições na ciência e na tecnologia, a geometria fractal é capaz de proporcionar belíssimas imagens em programas de concepção artística e oferece um novo e fecundo campo de pesquisas na topologia, na climatologia, na microbiologia, nas ciências da computação, e por aí vai, e claro, não se esquecendo, obviamente, dos grandes desafios oferecidos no próprio campo de seu desenvolvimento primordial — a matemática.
Mas afinal o que são fractais?
Uma resposta categórica iria requerer um pacote de equações matemáticas bem robustas, que deixariam até nosso leitor mais geek de cabelo em pé.
Para evitar esse calafrio na espinha, vamos partir de um conceito um pouco mais simplificado, para termos pelo menos uma ideia do que é um fractal:
“Fractal é uma figura geométrica não-euclidiana dotada de autossimilaridade, recursividade, holismo e amplificação”.
Do começo:
Uma figura geométrica não-euclidiana é aquela que não é prevista pela geometria desenvolvia pelo célebre matemático da antiguidade clássica Euclides de Alexandria, que preconiza a existência de figuras de acordo com as dimensões espaciais percebidas pelo ser humano e caracterizadas por números naturais.
Um paralelepípedo, por exemplo, apresenta três dimensões espaciais, seu comprimento (b) , altura(c) e largura (a).
Já um retângulo apresenta duas dimensões espaciais, seu comprimento (a) e sua largura (b).
E uma reta apresenta apenas uma dimensão espacial, seu comprimento e ponto não apresenta dimensão espacial mensurável, ou, mais especificamente, podemos afirmar que a dimensão topológica do ponto é nula ou igual a zero.
Assim, por extensão de conceito, ao afirmarmos que um fractal é uma figura geométrica não-euclidiana, estamos afirmando que seria uma figura cuja dimensão topológica não poderá assumir os valores, zero, um, dois ou três.
Em síntese um fractal teria dimensão intermediária a esses números naturais (1, 2 ou 3) ou em outras palavras, apresentaria uma dimensão fracionária — um valor de dimensões topológicas intermediárias entre 0 e 1, ou 1 e 2, ou 2 e 3, etc.
Por exemplo:
Um dos fractais T (ou fractal régua T) pode ser concebido pela repetição do padrão T (padrão esse facilmente construído por dois segmentos de reta perpendiculares entre si, obviamente formando a letra T).
Imagine que a partir das extremidades do segmento de reta horizontal, escrevemos novas letras T sucessivamente, fazendo com que o número de repetições desse padrão tenda ao infinito.
Para efeitos práticos, usando computadores, estabelecemos um número de repetições na ordem de trilhões, e dessa feita, já podemos arranhar uma topologia intermediária à da reta (dimensão topológica 1) e a do plano (dimensão topológica 2).
Nesse exemplo singelo (os matemáticos que, por favor, me perdoem a simplificação) podemos perceber as outras características do fractal:
Autossimilaridade (também denominada egossimilaridade): existe um padrão que se repete tanto na parte quanto no todo. Nesse caso o padrão é a letra T.
Recursividade ou iteratividade: é a própria repetição do padrão em si.
Holismo (ou sinergia): o todo é superior à soma das partes. A partir de figuras de uma dimensão (duas retas) se constrói uma figura (quase) bidimensional. É evidente que quanto maior o número de repetições do padrão (iteração) mais próximo de 2 chegará o valor do número de dimensões topológicas dessa figura.
Amplificação: uma figura fractal poderá sempre ser “ampliada” ou “amplificada” se aumentarmos o número de repetições (iterações) — daí a necessidade da utilização da computação para a construção de modelos mais aproximados dos fractais.
Abrindo um parênteses:
O holismo de acordo com a Teoria da Complexidade é típica dos sistemas não-determinísticos, ou seja, sistemas não-lineares, aqueles que não podem ser determinados pela resolução de sistemas de equações matemáticas. Por exemplo, a previsão do clima, da formação de cristais, das dinâmicas de reações químicas, etc.
É importante frisar que o termo “holismo”, assim como o termo “quântico” tem sido usado de forma indiscriminada pelas mais diversas correntes de pensamento em todo o mundo, seja para propalar seus conceitos e ideias originais valendo-se de uma terminologia mais rigorosa, seja para vestir com o manto criterioso da ciência conceitos notadamente não-científicos.
É importante evitar a confusão!
Fechando o parênteses.
Muitos fenômenos naturais são fractais aproximados ou pseudo-fractais.
Por exemplo:
O desenvolvimento geométrico de estruturas vegetativas de algumas plantas como a samambaia, couve-flor, romanesco, etc.
Esses padrões podem ser gerados por computador e proporcionam uma jornada interativa interessante, com concepções e criações plásticas belíssimas.
Um dos programas gratuitos mais utilizados é o XaoS da Fractal Foundation, que possibilita geral belíssimos fractais e navegar numa imersão virtual pelo “universo fractal”, além de poder alterar alguns de seus elementos geradores e obter “criações próprias”.
O estudo dos fractais aparece como “ponta do iceberg” de um tema muito mais abrangente, que tenta ser abarcado pela célebre “Teoria da Complexidade”.
Fonte: Aqui
Hoje é aplicada nas mais diversas áreas do conhecimento humano.
Só para citar alguns poucos exemplos, na Química do estado sólido, observamos avanços significativos na microcristalografia, cujos modelos fractalizados desempenham um papel preponderante no desenvolvimento de microchips cada vez mais sofisticados, lembrando que o microchip é o coração de nossos sistemas computadorizados e também da eletrônica como um todo.
Também é digno de nota que os modelos fractais têm favorecido a descoberta de novos estados e processos de cristalização utilizados na purificação de ativos na indústria farmacêutica.
Na prática isso representa medicamentos mais efetivos e com menor custo de produção.
Além destas duas fantásticas contribuições na ciência e na tecnologia, a geometria fractal é capaz de proporcionar belíssimas imagens em programas de concepção artística e oferece um novo e fecundo campo de pesquisas na topologia, na climatologia, na microbiologia, nas ciências da computação, e por aí vai, e claro, não se esquecendo, obviamente, dos grandes desafios oferecidos no próprio campo de seu desenvolvimento primordial — a matemática.
Mas afinal o que são fractais?
Uma resposta categórica iria requerer um pacote de equações matemáticas bem robustas, que deixariam até nosso leitor mais geek de cabelo em pé.
Para evitar esse calafrio na espinha, vamos partir de um conceito um pouco mais simplificado, para termos pelo menos uma ideia do que é um fractal:
“Fractal é uma figura geométrica não-euclidiana dotada de autossimilaridade, recursividade, holismo e amplificação”.
Do começo:
Uma figura geométrica não-euclidiana é aquela que não é prevista pela geometria desenvolvia pelo célebre matemático da antiguidade clássica Euclides de Alexandria, que preconiza a existência de figuras de acordo com as dimensões espaciais percebidas pelo ser humano e caracterizadas por números naturais.
Um paralelepípedo, por exemplo, apresenta três dimensões espaciais, seu comprimento (b) , altura(c) e largura (a).
Já um retângulo apresenta duas dimensões espaciais, seu comprimento (a) e sua largura (b).
E uma reta apresenta apenas uma dimensão espacial, seu comprimento e ponto não apresenta dimensão espacial mensurável, ou, mais especificamente, podemos afirmar que a dimensão topológica do ponto é nula ou igual a zero.
Assim, por extensão de conceito, ao afirmarmos que um fractal é uma figura geométrica não-euclidiana, estamos afirmando que seria uma figura cuja dimensão topológica não poderá assumir os valores, zero, um, dois ou três.
Em síntese um fractal teria dimensão intermediária a esses números naturais (1, 2 ou 3) ou em outras palavras, apresentaria uma dimensão fracionária — um valor de dimensões topológicas intermediárias entre 0 e 1, ou 1 e 2, ou 2 e 3, etc.
Por exemplo:
Um dos fractais T (ou fractal régua T) pode ser concebido pela repetição do padrão T (padrão esse facilmente construído por dois segmentos de reta perpendiculares entre si, obviamente formando a letra T).
Imagine que a partir das extremidades do segmento de reta horizontal, escrevemos novas letras T sucessivamente, fazendo com que o número de repetições desse padrão tenda ao infinito.
Para efeitos práticos, usando computadores, estabelecemos um número de repetições na ordem de trilhões, e dessa feita, já podemos arranhar uma topologia intermediária à da reta (dimensão topológica 1) e a do plano (dimensão topológica 2).
Nesse exemplo singelo (os matemáticos que, por favor, me perdoem a simplificação) podemos perceber as outras características do fractal:
Autossimilaridade (também denominada egossimilaridade): existe um padrão que se repete tanto na parte quanto no todo. Nesse caso o padrão é a letra T.
Recursividade ou iteratividade: é a própria repetição do padrão em si.
Holismo (ou sinergia): o todo é superior à soma das partes. A partir de figuras de uma dimensão (duas retas) se constrói uma figura (quase) bidimensional. É evidente que quanto maior o número de repetições do padrão (iteração) mais próximo de 2 chegará o valor do número de dimensões topológicas dessa figura.
Amplificação: uma figura fractal poderá sempre ser “ampliada” ou “amplificada” se aumentarmos o número de repetições (iterações) — daí a necessidade da utilização da computação para a construção de modelos mais aproximados dos fractais.
Abrindo um parênteses:
O holismo de acordo com a Teoria da Complexidade é típica dos sistemas não-determinísticos, ou seja, sistemas não-lineares, aqueles que não podem ser determinados pela resolução de sistemas de equações matemáticas. Por exemplo, a previsão do clima, da formação de cristais, das dinâmicas de reações químicas, etc.
É importante frisar que o termo “holismo”, assim como o termo “quântico” tem sido usado de forma indiscriminada pelas mais diversas correntes de pensamento em todo o mundo, seja para propalar seus conceitos e ideias originais valendo-se de uma terminologia mais rigorosa, seja para vestir com o manto criterioso da ciência conceitos notadamente não-científicos.
É importante evitar a confusão!
Fechando o parênteses.
Muitos fenômenos naturais são fractais aproximados ou pseudo-fractais.
Por exemplo:
O desenvolvimento geométrico de estruturas vegetativas de algumas plantas como a samambaia, couve-flor, romanesco, etc.
- A formação de cristais de muitas substâncias como é o caso da formação do gelo.
- A topologia das bacias hidrográficas, do sistema circulatório, do perfil de montanhas.
Um dos programas gratuitos mais utilizados é o XaoS da Fractal Foundation, que possibilita geral belíssimos fractais e navegar numa imersão virtual pelo “universo fractal”, além de poder alterar alguns de seus elementos geradores e obter “criações próprias”.
O estudo dos fractais aparece como “ponta do iceberg” de um tema muito mais abrangente, que tenta ser abarcado pela célebre “Teoria da Complexidade”.
Fonte: Aqui
Quanto tempo deve durar um cochilo?
Você já deve ter ouvido falar dos benefícios de tirar uma soneca. Esse tempo breve de sono tem um efeito semelhante ao de reiniciar seu cérebro, te dando mais ânimo para prosseguir com as atividades do dia. Mas um cochilo pode ser tanto uma arte quanto uma ciência. O jornal “The Wall Street Journal” oferece recomendações para o planejamento de sua soneca perfeita, incluindo por quanto tempo de tirar um cochilo e quando.
Os especialistas em sono entrevistados para o artigo dizem que um cochilo de energia de 10 a 20 minutos lhe dará a melhor performance para o trabalho. Porém, dependendo do que você quer que o cochilo faça por você, outras durações podem ser o ideal.
Para um rápido impulso de alerta, os especialistas dizem que um cochilo de 10 a 20 minutos é suficiente para voltar a trabalhar em um instante. Essa duração normalmente lhe limita a estágios mais leves do sono de movimento não rápido dos olhos (NREM, do inglês “non-rapid eye movement”), tornando mais fácil levantar-se imediatamente depois de acordar.
Para o processamento de memória cognitiva, no entanto, uma soneca de 60 minutos pode ser melhor, explicou a médica Sara Mednick, especialista em problemas do sono e autora do livro “Take a Nap!” (“Tire um cochilo!”, em tradução livre). Incluir o sono de ondas lentas, o tipo mais profundo, ajuda a lembrar de fatos, lugares e rostos. A desvantagem: alguma sonolência ao acordar.
Finalmente, o cochilo de 90 minutos provavelmente envolverá um ciclo completo de sono, o que ajuda a criatividade e a memória emocional e processual, tais como aprender a andar de bicicleta. Acordar após o sono REM (sigla do inglês para “rapid eye movement”; em português, “movimento rápido dos olhos”) geralmente significa uma quantidade mínima de inércia do sono, garante a médica.
Além dessas recomendações, uma sugestão surpreendente é tirar a sua soneca em uma posição que fique sentado, com a coluna ligeiramente ereta. Isto irá ajudar a evitar um sono profundo. Cochilos com duração de 30 minutos também devem ser evitados, já que o deixariam “no meio do caminho”, com uma sensação de embriaguez e desnorteamento que pode chegar a durar outros 30 minutos depois de acordar até que os efeitos restauradores do descanso sejam sentidos. E se você se encontrar sonhando durante seus cochilos de energia, pode ser um sinal de que você está privado de sono.
Agora que já sabemos quanto tempo nossos cochilos devem durar, resta saber o melhor momento do dia para apelar para esse relaxamento. Sara desenvolveu uma roda interativa que nos permite descobrir o horário ideal para o nosso cochilo, de acordo com os nossos hábitos diários. Clicando neste link, você pode interagir com a Nap Wheel (em inglês).
Para saber qual é a hora da sua soneca, arraste o ponteiro central, da “hora de despertar”, até o horário em que você normalmente acorda. Ao abrir o site, o ponteiro estará indicando 7h da manhã. Em seguida, é só seguir as horas no sentido horário até chegar ao ponto do dia em que as esferas do sono REM (azul) e a do sono de ondas lentas (amarelas) se cruzam. No caso dos que acordam às 7h, este momento é às 2h da tarde.
Segundo Sara, esta é uma estado perfeitamente equilibrado em que o REM e sono de ondas lentas são igualmente proporcionados e no qual “A Melhor Soneca de Todas” ocorre. Cochilos ocorridos antes deste ponto de passagem terão mais REM, e cochilos que ocorrem após terão mais ondas lentas.
Fontes: Aqui e aqui
Os especialistas em sono entrevistados para o artigo dizem que um cochilo de energia de 10 a 20 minutos lhe dará a melhor performance para o trabalho. Porém, dependendo do que você quer que o cochilo faça por você, outras durações podem ser o ideal.
Para um rápido impulso de alerta, os especialistas dizem que um cochilo de 10 a 20 minutos é suficiente para voltar a trabalhar em um instante. Essa duração normalmente lhe limita a estágios mais leves do sono de movimento não rápido dos olhos (NREM, do inglês “non-rapid eye movement”), tornando mais fácil levantar-se imediatamente depois de acordar.
Para o processamento de memória cognitiva, no entanto, uma soneca de 60 minutos pode ser melhor, explicou a médica Sara Mednick, especialista em problemas do sono e autora do livro “Take a Nap!” (“Tire um cochilo!”, em tradução livre). Incluir o sono de ondas lentas, o tipo mais profundo, ajuda a lembrar de fatos, lugares e rostos. A desvantagem: alguma sonolência ao acordar.
Finalmente, o cochilo de 90 minutos provavelmente envolverá um ciclo completo de sono, o que ajuda a criatividade e a memória emocional e processual, tais como aprender a andar de bicicleta. Acordar após o sono REM (sigla do inglês para “rapid eye movement”; em português, “movimento rápido dos olhos”) geralmente significa uma quantidade mínima de inércia do sono, garante a médica.
Além dessas recomendações, uma sugestão surpreendente é tirar a sua soneca em uma posição que fique sentado, com a coluna ligeiramente ereta. Isto irá ajudar a evitar um sono profundo. Cochilos com duração de 30 minutos também devem ser evitados, já que o deixariam “no meio do caminho”, com uma sensação de embriaguez e desnorteamento que pode chegar a durar outros 30 minutos depois de acordar até que os efeitos restauradores do descanso sejam sentidos. E se você se encontrar sonhando durante seus cochilos de energia, pode ser um sinal de que você está privado de sono.
Agora que já sabemos quanto tempo nossos cochilos devem durar, resta saber o melhor momento do dia para apelar para esse relaxamento. Sara desenvolveu uma roda interativa que nos permite descobrir o horário ideal para o nosso cochilo, de acordo com os nossos hábitos diários. Clicando neste link, você pode interagir com a Nap Wheel (em inglês).
Para saber qual é a hora da sua soneca, arraste o ponteiro central, da “hora de despertar”, até o horário em que você normalmente acorda. Ao abrir o site, o ponteiro estará indicando 7h da manhã. Em seguida, é só seguir as horas no sentido horário até chegar ao ponto do dia em que as esferas do sono REM (azul) e a do sono de ondas lentas (amarelas) se cruzam. No caso dos que acordam às 7h, este momento é às 2h da tarde.
Segundo Sara, esta é uma estado perfeitamente equilibrado em que o REM e sono de ondas lentas são igualmente proporcionados e no qual “A Melhor Soneca de Todas” ocorre. Cochilos ocorridos antes deste ponto de passagem terão mais REM, e cochilos que ocorrem após terão mais ondas lentas.
Fontes: Aqui e aqui
28 dezembro 2013
País do ano
A revista The Economist elegeu o país do ano. E o vencedor foi o Uruguai. Para esta revista, o Uruguai está fazendo uma reforma pioneira, que pode ajudar a melhorar o mundo: a liberação da cannabis. A The Economist considera que esta mudança pode ajudar os outros países a repensar a política tradicional de combater os usuários, comerciantes e produtores do produto, permitindo que o governo concentre em crimes mais sérios.
Além disto, lembra que o seu presidente é muito modesto e refere-se a lei como uma "experiência". Mais ainda, mora numa casa humilde, vai ao trabalho no seu automóvel e voa na classe econômica.
Além disto, lembra que o seu presidente é muito modesto e refere-se a lei como uma "experiência". Mais ainda, mora numa casa humilde, vai ao trabalho no seu automóvel e voa na classe econômica.
Chaveiro Caduceu
O vencedor do sorteio relâmpago foi o...
Agradecemos a todos que participaram. Foi uma lista pequena e cativa da qual esperamos reconhecer mais ganhadores no futuro. Não desanimem! O livro vermelho de Capital de Giro (a edição antiga era de outra cor) vai ser seu! *.* Keep your hopes up!
Débitos e Créditos,
Isabel Sales
Agradecemos a todos que participaram. Foi uma lista pequena e cativa da qual esperamos reconhecer mais ganhadores no futuro. Não desanimem! O livro vermelho de Capital de Giro (a edição antiga era de outra cor) vai ser seu! *.* Keep your hopes up!
Débitos e Créditos,
Isabel Sales
Teste do Ano
Vamos relembrar
em forma de teste alguns dos fatos contábeis e financeiros do ano? Não vamos
falar sobre o Eike Batista. Fica a dica!
1. Uma mulher bem
conhecida e respeitada no Brasil e no mundo dos negócios foi nomeada para o
conselho de curadores da Fundação IFRS. Ela é:
Gleisi Hoffmann,
ex ministra-chefe da Casa Civil
Luiza Helena
Trajano, ex ministra da economia
Maria das
Graças Foster, ex presidente da Petrobrás
Maria Helena Fernandes
de Santana, ex presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
2. Na listagem das pessoas mais poderosas na área contábil, a
revista Accounting Today elegeu a seguinte pessoa como a mais poderosa:
Barry
Melancon, do AICPA
Mary
Jo White, da SEC
Michel
Prada, Do IFRS,
Tom
Hood, do MACPA
3. Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Reino Unido são países
com elevada responsabilidade fiscal. Na contabilidade, estes países possuem em
comum:
Contabilidade
criativa
Inexistência
do Senado
Orçamento
participativo
Regime
de competência
4. O papa
Francisco herdou de Bento XVI a difícil tarefa de promover a reforma ética do
Vaticano. Uma das ações tomadas foi a contratação de uma empresa de auditoria.
Você se lembra qual foi?
Deloitte
EY
KPMG
PWC
5. Aprendemos
nas primeiras aulas de contabilidade o princípio da entidade. Isso não é muito
diferente na esfera pública: não se pode usar bens públicos para fins privados.
Mas Sérgio Cabral, o governador do Rio, descaradamente:
comprou uma
casa em Angra com fundos do governo, mas a utiliza nos fins de semana
realizou a
festa de 15 anos de sua filha na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
utiliza nos
fins de semana um helicóptero que custou 15 milhões aos cofres públicos
viajou para as
Olimpíadas de Londres e esticou as férias pela Europa, tendo feito uma
prestação de contas final justificando tudo como despesas de trabalho.
6. Segundo
a presidência do Tribunal Superior Eleitoral, o voto no Brasil custa
R$2,41
R$24,1
R$241
7. Milton
Friedman ironiza que a responsabilidade pela inflação nunca é do governo. ____ chegou a R$ 10 o quilo, relembrando o
auge inflacionário brasileiro.
A abobrinha
O arroz
O escargot
O tomate
8. Esse ator
francês se mudou para a Bélgica para fugir dos impostos que pesam sobre os mais
ricos:
Alain Delon
Gérard Depardieu
Louis Garrel
Vicent Cassel
9. A tentativa do presidente francês de aumentar a carga
tributária enfrentou a oposição acirrada de
atores
e cineastas que levantaram a crise para todo o mundo
empresários
de pequenas e médias empresas, os mais afetados
restaurantes
internacionalmente renomados, impactando o turismo no país
times
de futebol que entraram em greve
10. Uma análise
dos balanços dos clubes de futebol no Brasil mostrou que a equipe que mais
recebeu em patrocínio foi o
Corinthians
Flamengo
Palmeiras
Santos
11. A Petrobrás foi considerada a maior empresa do mundo em
Ativos
Dívidas
Lucros
Receitas
12.
A cidade que possui maior número de grandes empresas é
Londres
São
Paulo
Nova
Iorque
Tóquio
13. A sigla BEPS (Base Erosion and Profit Shifting) está relacionada
à
existência de contas secretas em paraísos fiscais
à
possibilidade de compensar prejuízos entre diferentes países
à reversão de
pagamentos de impostos quando as empresas ajudam a resolver problemas
ambientais
à
tributação internacional das empresas
14. Dolce e Gabbana cogitaram encerrar a grife. A razão seria
uma condenação da justiça italiana por
Esquema
Ponzi
Fraude
contábil
Gerenciamento
dos resultados
Sonegação
fiscal
15.
Sua definição é “uma falcatrua na qual o dinheiro de novos investidores é
utilizado para pagar investidores antigos escondendo o fato de que nenhum
investimento real está sendo realizado”. Trata-se de
Esquema
Ponzi
Fraude
contábil
Gerenciamento
dos resultados
Sonegação
fiscal
16.
“[...] os derivativos são armas financeiras de destruição em massa”. Quem disse
esta frase?
Ben
Bernarke, presidente do FED
Eike
Batista, empresário brasileiro
Mario
Draghi, presidente do Banco Central Europeu
Warren
Buffet, bilionário
17.
Custo de transação e externalidades são termos usados nos dias de hoje. Em
setembro deste ano faleceu o Nobel de Economia responsável pela estruturação
desses termos:
Arrow
Coase
Fama
Samuelson
18.
No início do ano passado lemos muitos
textos sobre a contabilidade criativa do Tesouro Nacional. Uma importante mídia
internacional atacou o governo brasileiro pelas medidas recentemente tomadas:
A rede de notícias Bloomberg
A rede de televisão CNN
A revista inglesa The Economist
O jornal
The Wall Street Journal
19.
O CRAFT (Compliance, Risk, Accounts, Finance and Tax) é um fórum que
discute assuntos de interesse da auditoria. Este fórum funciona em que país
europeu:
França
Grécia
Itália
Reino
Unido
20.
O The Independent descobriu que o CRAFT era apoiado financeiramente
Por
lobistas
Por
opositores à convergência
Por
um dos bancos que foram socorridos na crise financeira
Por
uma das Big Four
R: (1) Santana,
ex CVM; (2) Melancon do AICPA; (3) Regime de competência; (4) EY; (5)
helicóptero de 15 milhões; (6) 2,41; (7) tomate; (8) Depardieu; (9) Futebol; (10)
Corinthians; (11) Dívidas; (12) Tóquio; (13) tributação internacional das
empresas; (14) sonegação; (15) esquema Ponzi; (16) Buffet; (17) Coase; (18) The
Economist; (19) Reino Unido; (20) Uma das Big Four.