Outros temas tratados
na Estrutura Conceitual
O Iasb afirma que não discute especificamente sobre a
demonstração do resultado e o resultado abrangente. Entretanto, reserva 30
páginas, a seção 8, para discutir o assunto. A justificativa é que uma pesquisa
identificou que a demonstração do resultado deveria ser considerada pela
entidade. Assim, na seção 8 a proposta de alteração da estrutura conceitual
discute a finalidade da demonstração do resultado e como a estrutura deve lidar
com a questão do lucro abrangente.
A última seção da estrutura conceitual abrange cinco assuntos. O
primeiro, o efeito sobre a estrutura já aprovada (características da informação
financeira). Apesar de afirmar que não pretende repensar o conteúdo dos
capítulos, isto não seria descartado se isto for necessário com a atual
discussão. Isto inclui uma breve discussão sobre a polêmica da prudência, que
algumas autoridades europeias gostariam que fizesse parte, novamente, da
estrutura conceitual.
O segundo assunto debatido é o modelo de negócio. Isto inclui
uma discussão sobre o conceito, as vantagens e desvantagens de usá-lo e outros
conceitos similares. O terceiro tópico é sobre o nível de agregação da
informação contábil. O quarto ponto é a discussão sobre a continuidade. Apesar
da proposta não discutir sobre este tema, a continuidade estaria relacionado
com a mensuração de ativos e passivos. Finalmente, o Iasb admite que poderá
reconsiderar a questão da manutenção de capital na discussão futura sobre
contabilidade em ambientes inflacionários.
Além das nove seções, a proposta ainda traz anexos, alguns deles
desnecessários (o primeiro anexo é o texto já aprovado da estrutura
conceitual), outros deveriam ser objetos de normas específicas (distinção entre
passivo e patrimônio líquido, por exemplo).
Resumo
A proposta de alteração conceitual representa, em alguns casos,
uma evolução e uma melhoria a situação existente. A alteração da definição de
ativo talvez seja a mudança mais interessante.
Entretanto, em muitos trechos a proposta é prolixa, redundante e
confusa. As mais de 200 páginas precisam ser condensadas nos termos mais diretos.
(Com este texto encerramos a série sobre a proposta de alteração conceitual)
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