Primeiro, a notícia que outra empresa do grupo X poderá também solicitar recuperação judicial:
A OSX Brasil informou nesta quinta-feira, 31, que poderá vir a exercer o direito legal à recuperação judicial, "caso a sua administração verifique ser esta a medida mais adequada para a preservação da continuidade de seus negócios e a proteção dos interesses da OSX e dos interesses de seus stakeholders". O comunicado da companhia de construção naval foi divulgado um dia após outra empresa do Grupo EBX, a petroleira OGX, ter entrado com pedido de recuperação judicial, diante de dificuldades financeiras.
O BNDES, que financiou a expansão das empresas, decide não cobrar a dívida:
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, crê numa "solução" para a OSX, empresa de construção naval de Eike Batista, e sinalizou com a possibilidade de uma nova prorrogação de um empréstimo à empresa. O banco estatal já havia prorrogado para novembro um débito de R$ 548 milhões. Indagado sobre um novo adiamento, Coutinho disse: "Quando há uma perspectiva de solução [para evitar a inadimplência da empresa], nós precisamos estar atentos para que essas soluções possam acontecer." Para o presidente do banco estatal, a OSX possui "muito ativos valiosos", que superam o valor de suas dívidas. Desse modo, avalia, "dar tempo para que as soluções [venda da companhia, por exemplo] possam acontecer é uma estratégia sensata".
E as agências de ratings somente agora perceberam que o papel da OGX não vale muita coisa:
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings da dívida da OGX, de Eike Batista, em moeda estrangeira e em moeda local de "C" para "D", último nível, refletindo o pedido de recuperação judicial feito pela companhia nesta quarta-feira (30). A Fitch informou ainda que manteve o rating da notas de US$ 2,6 bilhões e US$ 1,1 bilhão da OGX em "C/RR5", o que indica que é muito provável que a OGX perca alguma da suas concessões de exploração após o pedido de recuperação judicial. Segundo a Fitch, o futuro do rating da OGX vai depender da habilidade da empresa de manter ativos e cumprir com obrigações da dívida
E os investidores serão os mais prejudicados:
Investidores da OGX devem ser os maiores prejudicados em função da profunda crise pela qual passa a petroleira controlada por Eike Batista. Mesmo que a recuperação judicial não seja aprovada, os acionistas automaticamente irão para a última linha de pagamento. Supostamente vão receber o saldo somente após o pagamento da longa lista de credores, que viria na sequência do acerto com funcionários e a prévia quitação de impostos. Vale lembrar que, mesmo hoje, antes de um possível processo de recuperação, os ativos já estão extremamente desvalorizados. E é justamente da liquidação dos ativos que viria o dinheiro para a quitação da dívida. Ao pequeno investidor, que não tinha participação nas decisões da OGX e tampouco o patrimônio semelhante ao de Eike, resta apenas esperar, porém sem criar grandes expectativas, é preciso dizer.
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