O curso superior em contabilidade surgiu no Brasil na década de 20, pelo Instituto Brasileiro de Contabilidade (1). Entretanto, somente com as reformas educacionais ocorridas na década de 40 é que o curso superior foi institucionalizado. Durante as pesquisas que realizei, não consegui encontrar muitas notícias sobre o que ocorreu com o curso pioneiro do Instituto Brasileiro após a realização das primeiras turmas. Mas durante os anos trinta outros “cursos superiores” apareceram. Em Porto Alegre, na década de 30, o Colégio Narciso Berlese promoveu um curso superior na área (2).
Na década de 1940 o governo decide fazer uma reforma no ensino de contabilidade do Brasil. Para isto, inicialmente transforma o antigo curso de guarda-livros num curso técnico de contabilidade e retira do segundo ciclo comercial os cursos de contador e atuário (3).
Fonte: Estado de S. Paulo, 23 de janeiro de 1949, ed. 22603, p.5
A reforma permite a abertura de curso superior pelo país. Não existe uma sistematização do progresso dos novos cursos, mas sabe-se que na década seguinte já era comum a contratação de profissionais com nível superior (4). Assim como em 1947, logo após a aprovação da legislação, já estavam sendo formados contadores no Paraná (5)
Fonte: O Malho, ed. 49, 1944, p. 49.
(1) Vide, por exemplo, O Paíz, ed. 14795, 23 de abril de 1925, p. 5. Este assunto já foi tratado anteriormente aqui.
(2) A Federação, ed. 55, 6 de março de 1936, p. 2.
(3) conforme Diário de Notícias, ed. 7029, 21 de setembro de 1945, p. 6. Trata-se do Decreto 7938.
(4) Em 1958 uma empresa de “âmbito internacional” contratava pessoas com curso superior de contabilidade. Vide Correio da Manhã, ed. 19911, 23 de fevereiro de 1958, p. 17.
(5) Diário do Paraná, ed. 642, 10 de dez de 1947, p. 2.
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