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15 setembro 2013

Dinheiro e Felicidade

O livro Happy Money tem uma ideia interessante: como ser feliz lidando com o dinheiro. Elizabeth Dunn, da University of British Columbia, e Michael Norton, da Harvard Business, escreveram este livro usando pesquisas que foram realizadas sobre como as pessoas podem gastar seus recursos de maneira esperta. Os autores dividem seus conselhos em cincos capítulos. Em cada capítulo, Dunn e Norton usam conceitos científicos para ajudar o leitor a conviver com o dinheiro. No primeiro capítulo, por exemplo, eles defendem a ideia que devemos comprar experiência. Assim, em lugar de comprar uma casa muito cara, as pessoas deveriam usar o dinheiro para fazer uma viagem maravilhosa para as ilhas Malvinas. Coisas materiais produzem menos felicidade que compra de experiências, como uma viagem, um concerto ou uma refeição especial. Esta experiência será lembrada por muitos anos.

O livro lembra que o dinheiro pode ajudar a indicar as prioridades. Felicidade estaria associada a fazer aquilo que é prazeroso. Por isto os autores insistem que as pessoas comprem tempo. Ou seja, tomem decisões financeiras que permitem ganhar tempo para fazer aquilo que as fazem mais felizes. Se uma pessoa não gosta de fazer limpeza, compre uma máquina de lavar pratos. Isto irá economizar tempo para se dedicar a assistir a um bom seriado na televisão.

Entre as surpresas do livro, o quarto conselho é: pague agora e consuma mais tarde. Isto, de certa forma, é contra o senso comum e os nossos hábitos. Quando usamos o cartão de crédito fazemos exatamente o oposto: consumimos agora e pagamos mais tarde. Dunn e Norton exemplificam com uma pessoa que comprou um pacote turístico e passa muito tempo olhando fotografias do local que irá viajar, pesquisando sobre o destino e sonhando com seu projeto.

Um ponto positivo da obra é o fato de ser um livro pequeno (cerca de 150 páginas). Além disto, a linguagem é bem acessível. Entretanto, considero que alguns exemplos eram inadequados. Sem dúvida nenhuma, é um texto para aqueles que desejam conciliar felicidade com dinheiro. Para Dunn e Norton,
o dinheiro não compra a felicidade, mas o seu uso sábio pode ajudar.  

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