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30 setembro 2013

Rir é o melhor remédio



História da Contabilidade: Convenção Nacional dos Contabilistas

Durante os anos 40 diversos congressos ocorreram no Brasil. Em 1940, o Rio de Janeiro recebeu novamente representantes de diversos estados para discutir contabilidade pública. O foco deste encontro foi a padronização do plano de contas do orçamento da união, estados e municípios (1). A base legal foi o decreto 1804, de 24 de novembro de 1939, que tratou das normas de contabilidade e orçamento nos estados e municípios (2)

Nove anos depois ocorre a III Conferência de Contabilidade Pública e Assuntos Fazendarios (3), também no Rio de Janeiro. Em ambos os encontros esteve na presidência Valentim Bouças.

Valentim Bouças. Fonte: Estado de S Paulo, 1940, ed. 21685.

Neste texto gostaria de destacar a I Convenção Nacional dos Contabilistas. Esta convenção realizou-se no Rio de Janeiro, então capital do país, em outubro de 1945. Antes da realização da convenção, o presidente do Sindicato de Contabilistas do Rio de Janeiro encaminhou o seguinte telegrama ao Ministro da Educação:

Exmo. Sr. Dr. Gustavo Capanema, Ministro da Educação – Rio
O Sindicato de Contabilistas do Rio de Janeiro, representando mais de seis mil profissionais do Distrito Federal, vem hipotecar a Vossa Excelência irrestrita solidariedade pela redação de inclusão do curso de ciências contábeis e atuárias na Faculdade de Ciências Econômicas como ensino de grau universitário. Tanto este órgão de classe como congêneres em todos os Estados, aguardam apenas a publicação do Decreto a fim de promoverem a convenção nacional dos contabilistas, nesta capital, a fim de consagrar publicamente essa importante reforma do ensino que virá satisfazer uma velha aspiração dos profissionais de Contabilidade” (4).

Como é possível perceber, a convenção aguardava a aprovação de uma lei para ser realizada. Com efeito, através do Decreto Lei 7988, de 22 de setembro de 1945, o governo cria o curso de ciências contábeis e atuariais (5).

Esta convenção foi iniciativa do sindicato dos Contabilistas do Rio de Janeiro e trataram de diversos assuntos: a data e o local do Quinto Congresso de Contabilidade, o salário mínimo profissional, a articulação do curso de contador na Universidade do Brasil, entre outros assuntos (6). A convenção foi realizada na Associação dos Empregados no Comércio e contou com a participação do Sindicato dos Economistas e da Associação Profissional dos Atuários (7). Na instalação da convenção, o então ministro da educação, Gustavo Capanema (8). Este mesmo Capanema foi presidente de honra da solenidade de encerramento, realizada nos salões do Automóvel Clube (9).

No dia 12 de outubro os congressistas foram recebidos pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio do governo Vargas. O presidente da Comissão Executiva da Convenção, Morais Junior, agradeceu o governo à equiparação do ensino contábil ao ensino universitário (10). E pediu a criação do Conselho Nacional de Contabilidade (10). Morais Junior também destacou a atuação do Ministro. Este, por sua vez, agradeceu a visita e exaltou a convenção e convidou os contabilistas para visitarem a “Galeria Presidente Vargas” (11).

Mas o principal assunto da Convenção, e por este fato tornou-se histórica, refere-se à criação do Conselho Federal de Contabilidade. Na realidade, durante a Convenção, defendeu-se a criação do Conselho Nacional de Contabilidade (12), com o objetivo de fiscalizar o exercício profissional. Neste sentido, é interessante que a convenção “propugnará pela sua decretação imediata, tendo em vista, que já foi aprovado, por todos os Sindicatos da classe, um trabalho nesse sentido, o qual foi encaminhado aos Poderes Públicos, onde o respectivo processo está em andamento” (13).

Posteriormente, a denominação do Conselho Nacional muda para Conselho Federal (14).

(1) Estado de S Paulo, 18 de maio de 1940, p. 2, ed. 21685.
(2) Estado de S. Paulo, 12 de maio de 1940, p. 2, ed. 21680.
(3) Estado de S Paulo, 25 de agosto de 1949, p. 1, ed. 22784.
(4) Gazeta de Notícias, 19 de setembro de 1945, ed 219, p. 5.
(6) Diario de Noticias, 3 de outubro de 1945, ed. 7039, p. 5. Vide também Tribuna Popular, 7 de outubro de 1945, ed. 120, p. 5.
(7) Diário de Notícias, 10 de outubro de 1945, ed 7045, p. 5.
(8) Diário de Notícias, 11 de outubro de 1945, ed 7046, p. 2.
(9) Correio da Manhã, 14 de outubro de 1945, ed 15631, p. 2.
(10) Estado de S Paulo, 13 de outubro de 1945, p. 1 ed. 23329.
(11) Ironia do destino, dias depois Vargas é deposto e encerra o Estado Novo.
(12) Diário de Notícias, 10 de outubro de 1945, ed 7045, p. 5.
(13) Correio da Manhã, 10 de outubro de 1945, ed 1280, p. 6. Texto parecido também foi publicado no Tribuna Popular, 7 de outubro de 1945, ed. 120, p. 5.
(14) Estado de S Paulo, 24 de maio de 1946, ed. 21788, p. 8. Vide também Diário de Notícias, 17 de março de 1946, p. 5 ed 7184.

Fim das Bibliotecas?

Existem centenas de bibliotecas em São Paulo, de instituições públicas e privadas, cujo acesso é livre. Entretanto, muitas delas são praticamente desconhecidas da população - e permanecem quase vazias na maior parte do tempo.

É o caso da que funciona na Assembleia Legislativa, na frente do Parque do Ibirapuera. São 14 mil livros que ficam à disposição tanto dos funcionários e deputados quando da população em geral - o espaço funciona de segunda a sexta, das 9h às 20h. "Mas muito pouca gente vem", comenta a bibliotecária responsável, Patricia Ide.


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Messi e o Fisco Espanhol 2

Conforme divulgamos anteriormente no blog, o jogador de futebol Lionel Messi está envolvido numa disputa com o fisco espanhol. Na sexta ele teve uma audiência com o juiz. O seu advogado falou com a imprensa e afirmou que não havia a intenção de cometer a fraude, existindo uma grande vontade em normalizar a situação com o fisco.

Café

Fotografias de café...





Calote da OGX ?

A empresa OGX Petróleo e Gás do empresário brasileiro Eike Batista está planejando não pagar juros no valor de US$ 44,5 milhões de um bônus que vencerá na próxima terça-feira,1, afirmou uma fonte. O calote dos juros já é amplamente esperado pelo mercado financeiro.

A OGX tem US$ 3,6 bilhões em bônus em circulação, e o calote (default) total da companhia será o maior já feito por uma empresa latino-americana.

O recorde é detido atualmente pelo Banco de Galicia y Buenos Aires S.A., da Argentina, que não pagou uma dívida de US$ 1,9 bilhão em 2012, de acordo com um relatório da Moody's Investors.

Nenhum porta-voz da OGX não foi encontrado para comentar o assunto. A companhia contratou consultores financeiros para reestruturar sua dívida, que inclui US$ 1,06 bilhão em bônus que vencem em 2022, e US$ 2,6 bilhões em bônus com vencimento em 2018.

O pagamento que vence no dia 1 de outubro, terça-feira, é dos juros sobre bônus para 2022, enquanto os bônus para 2018 têm um pagamento de cupom que vence em dezembro.

A companhia planeja pular a data do pagamento dos juros na terça-feira e aproveitar o período de carência para concluir negociações sobre a reestruturação da dívida, afirmou a fonte.

De acordo com as regras estabelecidas no prospecto para o bônus, após o calote do pagamento dos juros, a OGX ainda tem 30 dias para "sanar" o problema antes de sofrer qualquer punição.

Os principais credores da OGX já esperam um calote na terça-feira e desejam continuar as negociações sobre alternativas financeiras para a companhia, disse outra fonte.

A OGX pode também escolher entrar com um pedido de recuperação judicial nas próximas semanas, mas provavelmente perto do fim do período de carência, nos últimos dias de outubro, afirmou a primeira fonte. "Hoje, há 80% de chance de que a OGX buscará uma proteção judicial em breve", acrescentou.

Eike Batista, que já foi o homem mais rico do Brasil, perdeu a maior parte de sua fortuna nos últimos 15 meses em meio a uma profunda crise financeira desencadeada pela perda de confiança em sua capacidade de financiar o enorme conglomerado de infraestrutura que ele criou a partir do zero na última década.

A OGX precisa atualmente de até US$ 500 milhões e não tem acesso a novas linhas de crédito, afirmou uma fonte. A situação foi discutida com consultores financeiros em reuniões realizadas em Nova York, revelaram várias fontes.

A companhia levantou US$ 4,1 bilhões, em 2008, em uma Oferta Pública Inicial de Ações (IPO, na sigla em inglês). Em 2012, a OGX iniciou seu rápido declínio após dizer que não conseguiria cumprir as expectativas extraordinárias de produção que estabeleceu. No início deste ano, a empresa disse finalmente que a maior parte de seus campos de petróleo não eram economicamente viáveis e que tinha decidido paralisar atividades de desenvolvimento.

O valor das ações da empresa recuou mais de 90% até agora no ano. Os bônus da OGX estão sendo negociados atualmente por menos de US$ 0,18, em um reflexo das expectativas de que a companhia não honrará suas dívidas.

A OGX contratou as empresas de consultoria financeira Lazard e Blackstone Group para desenvolver alternativas de reestruturação com os credores, segundo fontes. Os credores da OGX já assinaram acordos de não divulgação, o que permitirá que eles revisem as informações não-públicas da empresa e tomem medidas na direção de um acordo de reestruturação, disse uma outra fonte. Com informações da Dow Jones Newswires. Estado de S Paulo

Escola e realidade

A Forbes perguntou a um professor dos Estados Unidos sobre o ensino de contabilidade. A primeira pergunta é sobre a existência de diferença entre o que as escolas ensinam e o que as empresas precisam. A resposta é sim, como ocorre no Brasil. Para o professor entrevistado, as escolas precisam concentrar mais em contabilidade gerencial, em lugar da societária. E o ensino precisa esquecer as regras e focar nos princípios da contabilidade gerencial. Interessante.

Simon Sinek: Como grandes líderes inspiram ação

Simon Sinek tem um modelo simples mas poderoso para uma liderança inspiradora todas começando com um círculo dourado e a questão "Por quê?". Seus exemplos incluem a Apple, Martin Luther King, e os irmãos Wright -- e de contraponto TiVo, que (até que uma recente vitória judicial triplicou o preço das ações) parecia estar fazendo um grande esforço para se manter.



29 setembro 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Estrutura Conceitual: Ativo - Parte 3

Incerteza
Uma das consequências da nova definição de ativo do Iasb é a mudança de paradigma sobre a questão da incerteza. Assim, a parte “do qual se esperam” não irá permanecer na definição. E mesmo na definição de recurso econômico evita expressões como estas ao usar “capaz de produzir”.

Uma das grandes dificuldades das normas contábeis é lidar com a questão da incerteza. Niyama e Silva (2013, p. 61) informam que existem mais de 30 expressões para descrever probabilidades (inevitável, praticamente certo, altamente realista, substancialmente, etc), mas não existe um roteiro para fazer esta distinção. A probabilidade de um evento acontecer pode variar entre 0% a 100%. Quando a probabilidade aproxima-se dos extremos, a decisão contábil torna-se mais fácil. Mas talvez muitos eventos contábeis tenham probabilidades numa zona intermediária, mais próxima dos 50% de probabilidade do que de um dos extremos. Como a contabilidade deve tratar destas situações? A nova estrutura conceitual resolveu evitar este assunto, deixando para cada norma específica.

Mais do que isto, a estrutura proposta informa que isto deve inclusive ser válido para a questão do reconhecimento. Isto muda o entendimento atual de que a questão da probabilidade é um dos requisitos para o reconhecimento, conforme destaca Niyama e Silva (2013, p. 127).

O Iasb avança nestas questões ao propor a existência de dois tipos de incerteza: a incerteza que um ativo existe e a incerteza se um ativo irá gerar entrada de caixa. A incerteza da existência, como o próprio nome diz, é aquela onde há dúvidas se o ativo existe ou não. Este tipo de incerteza pode surgir dos lítigios, por exemplo.

A incerteza do fluxo surge da dúvida se haverá benefício econômico. O Iasb acredita que este tipo de incerteza seja mais comum. Pode incluir opções, mas também um bilhete de loteria esportiva. Em Niyama e Silva (2013, p. 134) existe uma discussão sobre o caso do bilhete de loteria esportiva. Apesar do Iasb considerar este caso como uma ilustração simples, a sua discussão pode ser relevante por permitir analisar melhor a definição. Na atual estrutura, o bilhete de loteria claramente não poderia ser considerado um ativo. Na proposta, o próprio Iasb define que não existe incerteza da existência, mas sim incerteza de fluxo. Portanto, o bilhete de loteria seria um ativo.


Outras situações onde existe a incerteza do fluxo mostra que realmente este aspecto é relevante para o ativo das entidades. A pesquisa e desenvolvimento de um projeto, contas a receber, estoques, entre outros. 

Referências
NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2013. 

Continua...

Melhore a sua memória: técnicas

Dory (Procurando Nemo) e Leonard (Amnésia)
A memorização não é uma habilidade inata, mas sim aprendida. Então, não entre em pânico caso você se considere a pessoa com a pior memória do mundo: nada está tão ruim que não possa melhorar.

Em resumo, todos podem aprender a memorizar. Para isso, é preciso entender como o cérebro armazena informações primeiro.

O cérebro é um sistema complicado com muitas peças trabalhando em conjunto. Duas dessas peças – os neurônios e as sinapses – são chaves durante o processo de criação da memória. Os neurônios são as partes do cérebro que enviam e recebem sinais elétricos. As sinapses são os caminhos que os conectam.

Quando as memórias são recuperadas, uma série de neurônios envia sinais ao longo do cérebro, criando uma sequência que representa a memória. Quanto mais forte for a sinapse, maior a chance de que a memória pode ser recuperada.

O uso consistente de sinapses cria frequentemente conexões mais fortes. Assim, por exemplo, recordar o seu antigo número de celular é mais fácil do que um número de conta bancária, porque a memória do telefone foi recuperada com mais frequência. Sinais fracos não têm a capacidade de criar a cascata de neurônios essenciais para iniciar uma memória.

E isso explica inclusive um problema muito comum nos dias de hoje – a existência de tantas tecnologias para armazenar e recuperar rapidamente informações acaba fazendo com que os humanos não decorem mais nem mesmo os dados que usam diariamente.

Alguns especialistas até creem que essas tecnologias nos mudaram cognitivamente: tendo pouca necessidade de lembrar das informações, às vezes parece que nós nos esquecemos de como fazer isso (o que certamente atrapalha na hora que realmente precisamos memorizar algo, como para fazer uma prova).

Essa barreira à memorização é antiga: mesmo Sócrates não gostava de escrever porque temia que isso enfraqueceria sua memória.

Se você, pelo contrário, está precisando fortalecer a sua, confira essas três técnicas para melhorar sua memória:

1. O Palácio da Memória [a cara de The Mentalist]
Os antigos gregos e romanos não tinham o luxo de um smartphone ou ferramentas de pesquisa, então recorriam a técnicas mentais para memorizar informações. A técnica comum do tempo era o “Palácio da Memória”, também conhecido como “método de loci” ou “mapeamento mental”.

Funciona assim:
Visualize um espaço familiar em sua vida, ou seja, sua casa ou seu local de trabalho.

Encolha cinco salas ou áreas neste espaço, e cinco grandes itens em cada sala para servir como “arquivos” para a sua memorização.
Atribua um número a cada um desses cinco grandes itens de uma série, começando em um cômodo e indo para o outro em ordem crescente. Por exemplo, em seu quarto, sua cama pode ser 1, cadeira 2, mesa 3, abajur 4 e cortina 5. No banheiro ao lado, o vaso sanitário é 6, a pia 7, etc. É importante manter um fluxo (seguir a ordem dos objetos, para que, quando você se lembre do cômodo, se lembre também da ordem e do número).

Neste ponto, o Palácio é construído. Agora, vamos preenchê-lo.

Imagine o que é que você quer se lembrar.

Associe essa memória com um item em um cômodo.

Por exemplo, se você quiser se lembrar dos nomes dos principais times de futebol paulistas para impressionar seu namorado fanático, pode associar cada um com um item do palácio, como:

Palmeiras crescendo na sua cama (Palmeiras)
Uma cadeira branca e preta (Corinthians)
Um mapa de São Paulo na sua mesa (São Paulo)
Um abajur em forma de peixe ou com o tema praia (Santos)
Uma cortina com estampa de pontes pretas (Ponte Preta)…

A visualização é muito importante nesse método. Quanto mais vivas essas cenas aparecem em sua imaginação, mais provável é que você se lembrará delas. Cenas bizarras são as que funcionam melhor.

2. Crie um Sistema de Peg
Uma técnica ideal para memorização de listas, o Sistema de Peg funciona de forma similar ao Palácio da Memória, criando uma associação entre o que você quer memorizar e o que sua mente já sabe.

Para usar o Sistema de Peg, você atribui palavras para uma lista de números, criando uma imagem mental para cada uma. Então, você pode anexar o que você deseja memorizar a essas imagens mentais pré-memorizadas, criando uma conexão viva em sua mente.

Os pontos de partida podem ser palavras que rimam com cada número ou possuem forma correspondente à forma de cada número. Um exemplo de números e rimas seria:
1 = atum
2 = arroz
3 = bebês…

Depois de memorizar esses “pontos iniciais”, você pode começar a associar a lista do que você realmente quer memorizar. Digamos que você queira decorar uma lista de artigos de papelaria que você precisa comprar. Imagine as seguintes cenas:

Folha sulfite: milhares de folhas com desenhos de latas de atum
Tinta para impressora: um prato de arroz colorido com tinta
Caneta: bebês desenhando com canetas…

3. Método da primeira letra
As técnicas acima funcionam muito bem para memorizar itens individuais. Mas se você precisa decorar um texto grande, uma opção melhor é o método de texto da primeira letra.

Esse método não é visual, como os outros dois indicados acima. A chave para essa técnica é a primeira letra de cada palavra e trabalho duro.

Recordar, ao invés de repetir, é o conceito fundamental para qualquer tipo de memorização. O ato de ler algo que você quer memorizar dispara conexões diferentes do que o ato de se lembrar do que leu.

Ou seja, se você quiser memorizar um grande pedaço de texto, é melhor tentar recordar mentalmente daquilo que acabou de ler do que reler o texto várias vezes. Para ajudar, você pode usar a primeira letra de cada palavra.

Por exemplo, se você quiser decorar o discurso “Eu tenho um sonho” de Martin Luther King, a frase “Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter” se torna “E t u s q m q p c v u d v e u n o e n s j p c d s p, m s p c d e c”.

Agora, em vez de ler o texto na íntegra, você olha para a frase só com as primeiras letras e tenta recordá-la. Seu cérebro estará exercendo suas sinapses de uma forma que levará a uma melhor memorização. Esse método fica mais fácil com a prática.

Bônus: Outros métodos
Pesquisas psicológicas têm apoiado a teoria da “memória relacionada ao humor”: se você quer se lembrar de algo, volte para o humor em que você estava quando experimentou o que quer se lembrar.

Há também o sistema de ligação, que funciona de uma maneira semelhante ao Sistema de Peg, sem uma ordem numérica. Digamos que você precisa memorizar uma lista de termos arbitrários, como cão, bolo, casa, chuva, etc. Você deve visualizar uma ligação ou interação entre cada item consecutivo, por exemplo, um cão comendo um bolo, um bolo de recheio de uma casa, uma tempestade de casas, etc.

Ron White, ex-campeão americano de memorização, tem um método interessante para lembrar números. Ele atribui a cada amigo um número, e quando precisa memorizar um novo número, imagina mentalmente seus amigos em uma ordem particular.

A memorização muitas vezes se volta para fundamentos como visualizar, associar e recordar. Para melhorar a sua, você precisa encontrar aquilo que funciona melhor para você. Inclusive, você pode inventar seu próprio método ou misturar itens de diferentes técnicas.

Texto: HyperScience. Imagem: Shirtoid.

O produto mais vendido no Wal-Mart

Uma informação curiosa: o produto mais vendido na Walmart, durante os últimos anos, foi a banana. Segundo a empresa, o produto saudável, fácil de embalar e são baratos. Hoje, os estadunidenses consomem mais bananas que maçãs e laranjas, juntos.

Disney e Brasil

35,7% das viagens de brasileiros para os Estados Unidos passam por Orlando, Flórida. A presença de brasileiros fez com que a Disney aumentassem o número de funcionários que falam português:
Fonte: Aqui

28 setembro 2013

Rir é o melhor remédio


Estrutura Conceitual do Iasb: Ativo - Parte 2

Recurso Econômico
Conforme comentado anteriormente, a definição proposta de ativo possui como principal alteração o uso do termo recurso econômico no lugar dos benefícios econômicos esperados. Ao fazer esta substituição, o Iasb torna necessário definir recurso econômico. Segundo o Iasb, recurso econômico é “um direito ou outra fonte de valor, que é capaz de produzir benefícios econômicos”.

Isto inclui o direito de usar um objeto físico, como um imóvel, as instalações ou os estoques, o valor residual de uma máquina arrendada, o direito de se beneficiar das obrigações de outra parte, da propriedade intelectual e outras fontes, como know-how, listas de clientes, relacionamento com fornecedores e clientes e mão de obra existente.

Os benefícios econômicos podem ser obtidos usando o ativo para obter produtos ou serviços, para aumentar o valor de outros ativos, para cumprir as obrigações, para reduzir despesas, para alocar ativos para terceiros, para receber serviços de outros ativos, para usar o ativo como garantia, entre outras situações.


A definição de recurso econômico garantiria o reconhecimento do arrendamento como ativo. Assim, o que importa é que tanto a propriedade de uma máquina quanto o direito de usá-la, mesmo por um período curto de tempo, gera benefícios. 

(Continua...)

Fato da Semana

Fato: Os efeitos da Instrução Normativa da Receita Federal. Na semana passada, a grande discussão era a norma da receita “criando” dois balanços. Este foi o nosso fato da semana. Entretanto, o impacto da medida deveria provocar reações pesadas por parte dos empresários, reguladores e outros. Mas a CVM lavou as mãos, os empresários aparentemente não agiram e ocorreram alguns protestos pontuais.

De efetivo mesmo, a apresentação de um Projeto de Decreto Legislativo, do deputado federal Alfredo Kaefer do Paraná, conforme noticiado pela imprensa.

Qual a relevância disto? Isto mostra o elevado grau de centralização do nosso governo. Tudo depende de Brasília e da ação do executivo federal. Outro aspecto é a tímida reação: será que a proposta interessa a alguém, além da receita federal?

Positivo ou Negativo?  Negativo, pois mostra a fraqueza dos defensores das IFRS perante um fato maior: a necessidade do governo em extrair cada vez mais dinheiro do bolso dos contribuintes.


Desdobramentos – Tenho dúvidas se o PDL irá resolver alguma coisa. A Receita deverá manter sua instrução normativa, as empresas entrarão na justiça para questionar, a discussão em alguns casos poderá estender por anos. 

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.

1 – Esta foi a semana da entrega do prêmio Emmy na televisão dos Estados Unidos. Como parte do “charme” da entrega, a participação de auditores, para garantir a lisura da votação. A empresa que desempenhou este papel foi:
Deloitte
EY
PwC

2 - Bob Newhart, contador, foi também notícia na entrega do Emmy. Com 74 anos ele
Apresentou dois prêmios
Era um dos contadores que participou da contagem dos votos
Recebeu seu Emmy

3 - Stephen Gerrard, também contador, foi notícia pois venceu
Um campeonato de Sudoku na Inglaterra
Um desafio de dança nos Estados Unidos
Um rali na Eurásia, com recorde mundial

4 – A Receita Federal divulgou mais um número sobre a arrecadação de tributos. Com respeito ao imposto sobre lucros
A variação foi pouco expressiva, de 0,2%
Ocorreu um aumento de quase 19% neste imposto
Ocorreu uma redução na apuração de -9,4%

5 – Números sobre os gastos em educação no Brasil mostram
Um aumento na disparidade entre o gasto universitário e o ensino fundamental
Um aumento no gasto em educação básica por aluno
Um aumento substancial no gasto no ensino superior

6 – Na Venezuela existe uma forte procura por passagens, mas os voos estão relativamente vazios. Isto decorre da
Arbitragem com a taxa de câmbio
Grande burocracia na obtenção de visto
Presença de controles políticos para opositores saírem do país

7 – A frase “Isto é como tentar descrever um arco-íris com as cores vermelho e azul” de um executivo da Exxon Mobil refere-se
A proposta de contabilidade do leasing do Fasb e Iasb
A tentativa de redução da complexidade da contabilidade de derivativos
Ao novo pronunciamento sobre reconhecimento da receita

8 – A OGX foi novamente notícia esta semana. A empresa poderá ser a primeira
A entregar petróleo da área do pré-sal
A falir na bolsa de valores
A obter um importante certificado de sustentabilidade

9 – Duas empresas de roupas foram notícias: ____ por abrir a primeira loja no Brasil e ____ pela estratégia de logística adotada no país
GAP e Zara
Nike e Adidas
Prada e Gucci

10 – No ranking das marcas, a Petrobras perdeu o posto para uma cerveja na América Latina:
Corona
Quilmes
Skol

Acertando 10 ou 9 questões = medalha de ouro; 8 ou 7 = prata; 6 ou 5 = bronze

Respostas: (1) EY; (2) Recebeu seu Emmy; (3) campeonato de Sudoku; (4) um aumento de quase 19% neste imposto; (5) aumento no gasto em educação básica por aluno; (6) arbitragem com a taxa de câmbio; (7) contabilidade do leasing; (8) falir; (9) GAP e Zara; (10) Corona

Normas dos EUA para PME

Eis trecho de um texto do WSJ CFO sobre a proposta de simplificar as atuais normas do Fasb:

GAAP dos EUA foram geralmente projetados para as empresas com ações na bolsa, além de 16 mil empresas que têm de cumprir os requisitos de relatórios regulamentares, mas milhões de empresas de capital fechado também seguem contabilidade GAAP porque os seus credores ou agências de crédito exigem.


Agora os EUA estão trabalhando em normas para as empresas de capital fechado em razão da relação custo-benefício. Num determinado trecho tem um aspecto interessante:

As empresas privadas têm-se queixado de que uma década de esforço de convergência das regras contábeis americanas e internacionais fizeram o custo de cumprir com algumas dessas regras insuportáveis ​​para as empresas de capital fechado, cujos credores pode não precisar dessa informação.


Particularmente acho que não existe relação entre a convergência e a complexidade, que já existia anteriormente.

Mudança nos Conselhos

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na quarta-feira (25) proposta que muda a composição dos conselhos regionais e federal de contabilidade. De acordo com o Projeto de Lei 5224/13, do Executivo, esses órgãos colegiados serão compostos por contadores e, no mínimo, por um técnico em contabilidade.

Como tramita em caráter conclusivo, o projeto segue para o Senado caso não haja recurso para análise pelo Plenário da Câmara.

Hoje, os conselhos contam com dois terços de contadores e um terço de técnicos em contabilidade. A proposta adapta a composição
dos colegiados às novas regras do setor, já que uma lei de 2010 (12.249/10) passou a exigir a conclusão do curso de bacharelado em contabilidade para a atuação na área.

A comissão acompanhou o voto do relator, deputado Paes Landim (PTB-PI), que defendeu a constitucionalidade e a juridicidade da proposta. O parlamentar lembrou que o Executivo tem competência para legislar sobre os conselhos profissionais pelo fato de serem autarquias.

Emenda
A proposta foi aprovada com uma emenda da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público que garante a participação dos ex-presidentes do Conselho Federal de Contabilidade no plenário do colegiado. Pela emenda, os ex-presidentes terão direito apenas a voz nas sessões, ou seja, não poderão votar.


Câmara aprova nova composição dos conselhos de contabilidade - Agência Câmara, via Alexandre Alcantara

Marcadores de páginas

Eu adoro marcadores de páginas. Insisto em tentar comprar também para presentear, mas quando chega a hora não consigo abrir mão. E na verdade sabe o que eu uso mesmo para marcar o livro? Fotografias. Pois é. Vai entender o ser humano! ;) Mas vejam só algumas preciosidades:

Meu preferido... um abajur com um cantinho para deixar o livro!




Este é um elástico que te permite deixar o dedo apontando exatamente a sentença que eu por último:
Fingerprint Bookmark - Marcador livro

O liquid bookmark é feito a mão e por isso cada um é único e especial. Valor? Nos Estados Unidos três saem por US$40.

designboom shop: liquid bookmark by kyouei design



Sou fissurada pelas pernas da bruxa de Oz (Wicked). Elas existem para prender portas e hoje achei uma que é para livros! S2


Apesar de engraçadinhos, os de cantinho da página geralmente caem... (ao menos comigo):


Alguns sites te ensinam a fazer o seu próprio marcador. Você pode entortar um clips e formar um coração, ou amarrar uma fitinha para deixá-lo mais estilizado. Utilize clips menos rígidos para não marcar e estragar a página.




Mini Bookmarks with masking tape Mini bookmarks with masking tape


Viu? Várias opções. Só não vale dobrar a ponta da página do livro heim! Ծ_Ծ

27 setembro 2013

Rir é o melhor remédio

Verdades sobre as manhãs:


De manhã, mesmo um homem que consegue levantar 100 quilos achará difícil levantar um cobertor de um quilo.



O botão "soneca" é tanto a melhor quanto a pior coisa inventada.





Olheiras são a prova que as manhãs te batem na cara.





De manhã há uma enorme diferença entre 07:00 e 07:05.





Sempre que estou empolgado com o dia seguinte estrago tudo não conseguindo dormir na noite anterior.





Acordar cedo é equivalente a "jogar a vida no nível super avançado".





Conseguir dormir leva meia hora a noite e meio segundo de manhã.




Cancelar uma aula que é às 8:00 da manhã pode ser o presente mais doce para o meu aniversário.




1:00 da madrugada: amanhã vou acordar cedo, me exercitar e iniciar adiantadamente um dia produtivo.
7:00 da manhã: Hummm. Acho que não.



Estrutura Conceitual do Iasb: Ativo - Parte 1

Definição de Ativo
A atual definição de ativo tem sua origem no Accounting Research Study 3 (ARS 3), de Moonitz e Sprouse, datado de 1962. Ou seja, é uma definição com mais de cinquenta anos de existência. A definição de Moonitz e Sprouse foi inicialmente rejeitada, mas posteriormente o Fasb incorporou na abordagem conceitual.

Na versão de 1989 da sua estrutura conceitual, incorporada à estrutura conceitual do CPC, define ativo como recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se esperam que fluam benefícios econômicos para a entidade. Este conceito possui três elementos bem distintos: (a) recurso controlado pela entidade (b) resultado de eventos passados; e (c) benefícios econômicos esperados.

A proposta de estrutura conceitual do Iasb muda esta definição para “recurso econômico atual controlado pela entidade como resultado de eventos passados

Para entender melhor a mudança, colocamos as duas definições lado a lado. É possível perceber que a mudança diz respeito aos benefícios econômicos esperados, que foi substituído por recurso econômico atual.
Atual
Proposta
recurso controlado pela entidade
controlado pela entidade
como resultado de eventos passados
como resultado de eventos passados
e do qual se esperam que fluam benefícios econômicos para a entidade
recurso econômico atual

Assim, o ativo seria, nesta nova definição, um recurso econômico, mais do que um fluxo de benefícios econômicos que o recurso pode gerar. A definição atual enfatizaria os benefícios econômicos esperados, mas isto seria muito mais o resultado do ativo do que o próprio ativo.

Uma definição tem que passar pelo teste da prática. Se a definição atual não consegue adequar-se a certas situações, precisamos de uma revisão na definição. É o caso da definição de ativo, segundo o Iasb. A ênfase no fluxo, em lugar do recurso econômico, traz algumas confusões. Quando você compra um bilhete de loteria esportiva, o fluxo de benefício esperado é próximo de zero, em razão da reduzida probabilidade de ganhar o prêmio. Assim, pela atual definição, o bilhete de loteria esportiva não seria um ativo já não “se esperam que fluam benefícios econômicos para a entidade”. Mas o bilhete de loteria esportiva poderia ser considerado um ativo sob a proposta de nova definição, já que corresponde a um direito de participar de um sorteio.
O mesmo é o caso de uma empresa que gasta recursos buscando um novo produto farmacêutico. Após uma análise da viabilidade, conclui-se que não haverá benefícios econômicos para a entidade. Mas o processo realizado pela empresa permitiu que ocorresse um aumento no know-how. Isto seria um recurso econômico atual. Ou seja, a proposta muda esta visão focada na geração de benefício econômico.
Além disto, a proposta de definição retira a ênfase na probabilidade, presente em “do qual se esperam”. Muitos ativos possuem uma incerteza na geração de fluxo de caixa futuro. Existiria, segundo o Iasb, uma confusão entre a “expectativa” e a probabilidade. Assim, o Iasb propõe uma discussão a parte do termo incerteza, e retira isto da definição.

Ao mesmo tempo, ocorre uma ênfase de que algo somente é ativo se for recurso econômico hoje. É interessante notar que a definição de ativo lida com o passado, o presente e o futuro. O passado está no termo “resultado de eventos passados”; o presente, no termo “atual”; e o futuro, em “recurso econômico”.

As críticas da definição atual e a nova proposta

A definição atual possui diversas críticas, que podem ser vistas em Niyama e Silva (2012). Obviamente que mudanças radicais na definição, como a proposta de Samuelson, não foram contempladas. A seguir um breve comentário sobre estas críticas e a nova definição:

a) é questionável o termo “resultado de eventos passados” – segundo Hendricksen e Van Breda, seria redundante esta parte da definição de ativo. A proposta mantém este termo;
b) não exigência de comerciabilidade – para Schuetze, ao não exigir a comerciabilidade todos os gastos seria ativo. Além de não contemplar este aspecto, a nova proposta distancia, pois considera a possibilidade de um recurso ser ativo sem ter que gerar caixa;
c) não considerar a questão legal – a discussão centra na questão do controle. Este aspecto será analisado mais adiante, em outra postagem;
d) a expressão benefício econômico tende a ser interpretada no sentido financeiro – Para Samuelson, existiria uma mistura entre a definição e a forma de mensurar o ativo. Este aspecto foi contemplado, na mudança para recurso econômico;
e) confusão entre estoque e fluxo na definição do ativo – o balanço patrimonial é denominado uma demonstração de estoque, já que descreve os ativos, passivos e patrimônio líquido num determinado período de tempo. Segundo Samuelson, a definição ao falar de benefícios econômicos que fluem para entidade associa-se a demonstração de “fluxo”, ou demonstração do resultado. Este problema seria solucionado com a nova proposta; e
f) ênfase nas características econômicas em lugar de focar nos direitos de usar a riqueza – Também uma crítica de Samuelson, que gostaria que associado ao termo ativo tivesse o conceito de direito. Este problema foi parcialmente solucionado com a definição proposta de recurso econômico, que iremos comentar mais adiante.

Assim, pelo menos parcialmente, a proposta resolve alguns dos problemas apontados na literatura. Se tivéssemos que resumir este novo conceito de ativo, o correto seria associar ativo a recurso econômico. Este termo passa a ter um papel central dentro do conceito de ativo. Iremos tratar disto na próxima postagem.

NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2013. 

The Economist e o Brasil

A revista britânica The Economist vai publicar na próxima semana mais uma reportagem provocativa em relação ao Brasil. Na capa da edição que vai para as bancas no sábado, está estampada a imagem do Cristo Redentor caindo após a tentativa de um voo. E traz o questionamento: “O Brasil estragou tudo?”. A reportagem especial vai falar do momento econômico brasileiro e lembrar os protestos de junho.

Nesta edição, a revista ironiza sua própria capa publicada em 2009, quando fez uma reportagem especial sobre o Brasil em que trazia a imagem do Cristo Redentor decolando. A própria revista atribuía ao País “a maior história de sucesso da América Latina”.

A The Economist tem adotado uma postura crítica em relação às ações do governo brasileiro. Em dezembro de 2012, ela pediu a demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega. No final de julho, a mesma revista trazia uma capa em que os quatro países que compõe o grupo dos Bric´s, entre eles o Brasil, afundavam na lama.

Messi e o fisco espanhol

Lionel Messi, o melhor jogador de futebol do planeta, deverá ter amanhã uma audiência sobre sua vida fiscal. Segundo a acusação, Messi desviou 4,2 milhões de euros de patrocinadores (Adidas, PepsiCo, PG, etc). Anteriormente Messi pagou 5 milhões de euros.

Nesta sexta, Messi poderá ser acusado formalmente de evasão fiscal, podendo ser multado em até 21 milhões de euros e sentença de prisão de 1 ano, conforme informa a Bloomberg.

A primeira

O vencimento de uma dívida de US$ 45 milhões da OGX em 1º de outubro deixou os agentes financeiros em estado de alerta em relação à empresa. Há temor de que credores externos peçam a falência da petrolífera de Eike Batista ou que a companhia recorra à recuperação judicial para se organizar. Se uma dessas duas hipóteses se concretizar, será um forte baque para o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista.

"Podemos ter uma situação histórica na Bolsa na semana que vem", diz um operador de uma corretora paulista, referindo-se ao risco de calote da OGX, que pode se tornar a primeira empresa listada no Ibovespa a entrar em recuperação judicial. Tal possibilidade está sendo levantada diante da insatisfação de grandes credores externos com as opções que vêm sendo apresentadas por Eike Batista para pagamento da dívida de US$ 3,6 bilhões que a OGX tem com pesos pesados da indústria financeira.

No último dia 12, o diretor-presidente da OGX, Luiz Eduardo Carneiro, alertou que o processo de reestruturação da dívida pode incluir tanto uma recuperação judicial quanto um pedido de aporte de mais recursos pelos detentores de títulos emitidos no exterior. "A recuperação judicial é uma possibilidade. Não estou dizendo que vamos entrar. Mas aquilo que for possível e impossível fazer para que a gente chegue lá e consiga fazer a reestruturação financeira, nós vamos fazer."

Procurada nesta quinta-feira, 26, para comentar o tema, a OGX não respondeu às solicitações da reportagem.


OGX pode ser 1ª empresa do Ibovespa a quebrar - Beth Moreira e Olívia Bulla, de O Estado de S. Paulo

26 setembro 2013

Rir é o melhor remédio

Poxa, eu usei esta foto para ilustrar a postagem sobre o novo blog no pedaço. Mas tendo em vista a postagem exatamente anterior a esta, achei válido repetir. ;)

Entendeu o trocadilho? ;)

CPA Baby Bibs

GAP

Depois de seis anos [!!!] analisando o mercado brasileiro, a grife de moda básica americana GAP inaugura na quinta-feira (26) sua primeira loja no Brasil, no Shopping JK Iguatemi. "Não preciso dizer que o Brasil é complexo e complicado", disse Stefan Laban, vice-presidente sênior da GAP e responsável pelo processo de internacionalização da marca. "Mas pela importância do mercado, tomamos uma decisão bastante consciente de reduzir nossas margens."

O executivo não revela a margem da operação, mas diz que ela será menor do que nos outros países em que a marca opera.

Mesmo assim, devido aos custos de importação e logística, os preços no Brasil serão, em média, 30% a 40% mais altos do que nos EUA.

"Não queremos ser uma marca para poucos, mas para muitos", disse ele. Laban reconheceu que o Shopping JK não é exatamente popular, mas disse que a intenção foi ter uma loja inaugural que servisse de vitrine para a marca. "Os concorrentes Zara, Top Shop, e outros, estão aqui."

Alguns produtos de entrada terão margens menores: uma calça jeans masculina básica sai por R$ 139,90. E camisetas básicas femininas, por R$ 34,90.

[...]

Os produtos serão importados de navio, a partir do centro de distribuição global da marca em Hong Kong. Laban diz que não descarta produzir alguma coisa no Brasil. "Na medida em que tivermos um volume de demanda que justifique, nós vamos estudar."

[...]

Os brasileiros estão entre as três nacionalidades estrangeiras que mais gastam nas lojas da GAP nos EUA. Kochen diz que não teme a concorrência com esses brasileiros que compram fora. "O número de brasileiros que viaja é muito pequeno em relação ao potencial de mercado que queremos atingir."

Texto: folha Uol
Imagem: Reuters

Estrutura Conceitual do Iasb: Razão para mudar

O Iasb divulgou recentemente uma proposta de mudança da estrutura conceitual. Esta proposta ficará em análise para sugestão até janeiro de 2014. Entretanto, dado a sua relevância, iremos fazer uma análise dos seus principais aspectos.

Razão para mudar
Neste texto iremos explicar qual a razão para que o Iasb fez a proposta de alteração.

A estrutura conceitual, da forma como conhecemos hoje, possui quatro capítulos. O primeiro capítulo é pequeno e genérico. Trata este capítulo do objetivo da elaboração e divulgação das demonstrações contábeis. O segundo capítulo seria sobre a entidade. Este capítulo ainda não foi elaborado e será objeto de discussão futura por parte do Iasb. O terceiro capítulo é sobre as características qualitativas da informação útil. Recentemente o terceiro capítulo foi objeto de alteração por parte do Iasb, que teve reflexo na mudança do CPC 00.

Finalmente, o quarto capítulo trata do texto que ficou da antiga estrutura conceitual do Iasb de 1989. Ele abrange a definição dos principais termos contábeis (ativo, passivo, patrimônio, receita e despesa), assim como uma discussão sobre reconhecimento e mensuração. A proposta do Iasb refere-se particularmente a alteração deste capítulo. É importante notar que o quarto capítulo possui algo em torno de 15 páginas e documento que está sendo proposto possui 239 páginas, ou dez vezes mais.

Esta pequena introdução permite inferir um primeiro motivo para mudança na estrutura conceitual: a necessidade de preencher lacunas existentes na estrutura conceitual em vigor. Neste sentido, o aumento no número de páginas reflete isto.

O Iasb, no documento divulgado, informa que existem áreas que poderia sofrer uma melhoria. É o caso, por exemplo, das alterações nas definições dos termos, como o ativo. Acredita o Iasb que a nova proposta pode ajudar a solucionar alguns problemas da definição em vigor. Iremos discutir isto em outra postagem.

A terceira razão seria a própria mudança de opinião da entidade ao longo do tempo. O texto atual possui mais de 20 anos de existência e seria natural que ocorresse uma evolução natural na estrutura conceitual.

Os três motivos apresentados nos parágrafos anteriores (preencher lacunas, melhorar o texto atual e mudança de opinião) são reconhecidos pelo Iasb. Entretanto, existe um motivo implícito importante: a demanda dos usuários das normas contábeis. A proposta em fase de discussão começou a ser discutida em conjunto com o Fasb (entidade que normatiza a contabilidade nos Estados Unidos) em 2004. Em 2010 dois capítulos ficaram prontos: o primeiro e o terceiro. Neste ano o Fasb decidiu suspender este projeto conjunto, para priorizar outras discussões. Mas levantamento realizado pelo Iasb evidenciou a relevância da abordagem conceitual. Aqui temos um aspecto importante: o projeto atual não está sendo conduzido de maneira conjunta com o Fasb. Ou seja, poderá existir divergência com a entidade que regulamenta a contabilidade das principais empresas dos Estados Unidos.

A pressão dos usuários é bastante lógica: não existe razão de conduzir outras discussões sem que a estrutura conceitual não esteja atualizada.


No próximo texto iremos tratar da definição de ativo

Frase

Isto é como tentar descrever um arco-íris com as cores vermelho e azul

Joe Horne, da ExxonMobil, sobre a proposta do Fasb e Iasb para leasing, onde as duas entidades propõe dois tipos de operações de arrendamento.

Hiperinflação

Aqui um link com experiências com hiperinflação. São 56 episódios onde a taxa de inflação excedeu a 50% ao mês, incluindo o Brasil, entre 89 e 90 do século passado. Não foi a maior taxa história (somente a 43a.), mas não deixou lembrança.

As experiências com maior taxa de inflação

1. Hungria, após a guerra
2. Zimbabue, em 2007 a 2008
3. Iugoslávia, entre 1992 a 1994
4. Sérvia
5. Alemanha
6. Grécia
7. Danzig

Só on-line

Um dos mais antigos jornais em circulação do mundo, o Lloyd´s List, que começou a circular em 1734 (há 279 anos) anunciou que a partir de dezembro somente terá a versão on-line.

25 setembro 2013

Blogueiros

Abaixo segue a postagem que escrevi para o Contabilidade e Métodos quantitativos, a convite do Felipe. Mas antes:

Aqui a versão do professo César.
Aqui você pode ler todas as postagens na série Carreias em Contabilidade. Convidamos a paticipar, em nome do ContabilidadeMQ, quem puder contribuir com a sua história. Basta enviar um e-mail para fel_pontes@hotmail.com e, quem sabe, ajuda a iluminar os caminhos escolhidos pela nova geração de contadores.


Carreira na contabilidade: Blogueiros!

Hoje (leia a postagem anterior da série) a postagem é sobre uma das melhores partes da minha profissão. Não ganho nada por isso (quando você escolhe ser professor acaba se acostumando com essas coisas...), mas é bem gratificante e divertido.

A colaboradora do dia é uma das pessoas mais empolgadas com esse tema que eu conheço. Na verdade, ela é a mais empolgada e, provavelmente, se houvesse um ranking mundial ela deveria estar listada entre as 10 mais! kkk.

Nos conhecemos pela internet e acabamos mantendo contato para discutir diversas questões sobre ensino, pesquisa e "blogagem" (não confundir com bobagem) na contabilidade.

Isabel Sales é mestre em contabilidade e é uma das autoras do principal (na minha opinião e da de um monte de pessoas) blog de contabilidade do Brasil, o Contabilidade Financeira.

Leiam com atenção, inspirem-se e divulguem a cultura dos blogs em contabilidade!


Carreira: blogueira. Profissional liberal, carga horária de cerca de 20 horas semanais, remuneração negativa. 
Cena 1: Em Gossip Girl, uma série norte americana, uma personagem (Blair) olha para a outra (Serena) e afirma: eu sabia [que ela não era a tal blogueira que dá o título à série]! Você é bonita demais para blogar.
Cena 2: Dia 20 de março, dia do blogueiro. Ao mencionar tal evento e solicitar as congratulações, há uma pausa no almoço familiar, um ar de desolação e um longo suspiro inconformado acompanhado de “blogueira? Minha filha... te demos tanto amor, educação, carinho... blogueira!?”.
Cena 3: Ao buscar conhecidos na lista de leitores, familiares e melhores amigos estão completamente ausentes. 
 #vidadeblogueiro 
Eu acompanho o blogueiro César Tibúrcio há cerca de dez anos. Foi assim que aprendi sobre contabilidade criativa, foi ele quem me abriu a porta para os blogs internacionais e para a imensidão informacional que existe no ciberespaço. Em 2006 foi criado, pelo professor César, o Contabilidade Financeira, que também passei a acompanhar. Nas minhas conversas e debates do dia-a-dia era comum ouvir a expressão “eu li no blog do professor César”. Sentença pela qual passei a ser conhecida. E debochada. Claro. Meus colegas de mestrado não deixavam passar em branco nenhuma das minhas “eu li no blog”... 
No fim de 2010, na semana em que tive as minhas últimas aulas do mestrado, o professor César Tibúrcio me convidou para participar do Contabilidade Financeira. Nesse dia eu perdi várias calorias devido aos pulos de comemoração. Também aumentei o grau da minha miopia por ter relido inúmeras vezes o e-mail-convite. Logo chegou a hora de compartilhar a alegria, né? Claro. 
Com a astúcia de um lince esperei a piada “eu li no blog”. Ironicamente demorou eras para acontecer! Eu não sabia bem o que esperar e talvez por isso foi primoroso. Quando em resposta ao chasco sambei cantarolando que eu agora era parte do blog, veio silêncio. Silêncio. Dos meus amigos do mestrado. Inédito. E respeitoso. Isso porque as brincadeiras fazem parte, mas o tempo de ser sério também. A verdade é que todos nós líamos o blog [especialmente antes de grandes debates sobre um tema determinado – era (é) a melhor forma de se atualizar], sabíamos da importância dele para a nossa formação, nosso aprendizado. Então aquele momento em que vi a reação deles e percebi ainda mais como era mágico o mundo que eu estava sendo convidada a entrar foi surreal. Hoje guardo como um rito de passagem. 
Com o tempo, pessoas começaram a comentar comigo que gostaram de uma determinada postagem ou ainda a me perguntar sobre os bastidores do blog. Como eu acrescentei o endereço do site à assinatura do meu e-mail, eu cheguei a comprar coisas online, me comunicar com o vendedor e ao receber a encomenda, ver anexado um cartão com algumas coisas anotadas, inclusive elogios ao blog. 
Hoje, ao escrever uma postagem, me baseio em livros que li, aulas que assisti, debates que participei, palestras que ouvi. A pesquisa leva horas, dias! Outras vezes termino tudo em 15 minutos, com a naturalidade da comunicação que há entre amigos. Tenho-me como alguém que escreve para tentar mostrar a beleza do que vejo. A contabilidade é linda e há quem não teve a oportunidade de entrar em contato com isso de uma forma não áspera e monótona. Às vezes escrevo para atualizar quem está sem tempo de passar pelas manchetes dos jornais, para suprir a ausência da contabilidade nos meios de comunicação usuais, para motivar aqueles que não sabem por onde ir. Mais ainda, para quebrar estigmas relacionados às Ciências Contábeis no Brasil. 
O que um blogueiro solta no mundo tem repercussões inimagináveis. Para mim a mais especial ocorreu quando o professor David Albrecht me citou em uma postagem dele por causa de um vídeo que coloquei despretensiosamente no Contabilidade Financeira. Mais pulos incessantes: ser uma tag na página de um blogueiro internacional premiado e reconhecido. Não teria acreditado se no passado me falassem que algo assim me aconteceria. Hoje nós dois nos comunicamos por e-mail, a relação ficou mais próxima e equilibrada. Trocamos impressões, informações e ele é curioso quanto as nuances brasileiras. Um dia ele me chamou de embaixadora da contabilidade. Foi um fofo elogio de um professor famoso, contudo simples, que se esforça ao máximo para acrescentar a quem estiver disposto a crescer. Eu não ganho dinheiro para blogar, porém há satisfação imensurável. 
Os blogueiros brasileiros não ficam atrás. Não nos tratamos como concorrência, mas sim como um grupo tentando dar o melhor a quem nos acompanha. Tornei-me amiga e confidente da Polyana Silva, do Histórias Contábeis, e da Cláudia Cruz, do Ideias Contábeis. O professor Alexandre Alcantara, que não conheço pessoalmente, me traz a sensação de estar me comunicando com o Papai Noel. Ele é um querido, sempre disposto a conversar, ajudar e é o criador do “blogs de contabilidade”, uma maneira que ele encontrou de tentar estimular os contadores a blogar. O Felipe e o Vinícius, do Contabilidade e Métodos Quantitativos, foram meus colegas no doutorado. Falar com o Pedro Correia, do Contabilidade Financeira, se tornou necessidade diária. E assim, um mundo imenso, vai se tornando pequeno e aconchegante. Você conhece pessoas surpreendentes. E, gosto de ressaltar, você aprende muito com tudo isso. 
Sou suspeita para falar como é ser blogueira. Pensei muito antes de escrever para vocês e fiz diversos rascunhos, entretanto a minha caminhada e a minha história resumem tudo. Tive a sorte de entrar em uma página já reconhecida, com seguidores fiéis e criada por um dos grandes nomes da contabilidade no Brasil. Independente disso, há uma rede de incentivos entre os blogs da nossa área, sempre tentando impulsionar novos e existentes escritores. Não há dinheiro ou carteira assinada, mas eu tenho orgulho em ser blogueira de contabilidade. E consegue se sair bem na carreira quem tem tempo, coragem e comprometimento. Ah! E vontade, é claro.  
 Débitos e créditos, 
 Isabel Sales

Rir é o melhor remédio


Risco Sistêmico

O prêmio Nobel de Economia, Robert Engle, desenvolveu  uma nova medida de risco sistêmico. O risco sistêmico é aquele que não pode ser extinto com a diversificação de uma carteira de ações. A proposta de Engle é estimar quanto uma instituição financeira teria que obter de capital para continuar funcionando numa situação de crise financeira, como a que ocorreu em 2008.

O cálculo é feito semanalmente e usa o preço das ações como base para determinar este risco. Em 2008 a posição do risco era a seguinte:

É interessante notar que naquele momento a instituição com maior risco era o Citigroup, mas foi o Lehman Brothers e o Washington Mutual que entraram em bancarrota.

Atualmente, o país com maior nível de risco, segundo Engle, seria o Japão. O Brasil seria o 15º. da lista, com risco maior que o da Grécia. Obviamente esta posição é influenciada pelo tamanho da economia. Assim, a situação da França deveria ser mais preocupante que a Grécia, por exemplo.



Na América, interessa a posição dos Estados Unidos, Canadá e Brasil. Porto Rico é mais expressivo, neste caso, que a Argentina.


No Brasil, a principal fonte de preocupação com respeito ao risco deveria ser o Banco do Brasil, conforme figura a seguir:

Fonte dos Graficos: Aqui

Arbitragem com passagem

Arbitragem é um processo ganhar com a diferença de preço entre dois mercados. Um exemplo interessante ocorre com as passagens para Venezuela: 100% das passagens são vendidas com meses de antecedência, mas os aviões estão vazios.

A taxa de câmbio oficial é de 6,3 bolívares por dólar, mas no câmbio negro é de 42 bolívares. Um dos poucos lugares onde é possível trocar usando a taxa oficial é apresentando um comprovante de passagem. Assim, troca-se na taxa oficial e usa os dólares no mercado negro.

Remuneração de Executivo

A entidade que regula o maior mercado de capitais do mundo, a SEC, está anunciando que pretende mudar a forma de divulgação da informação sobre remuneração dos executivos das empresas. Irá exigir que evidencie o pagamento do executivo em relação a mediana dos outros empregados.

O New York Times (A Better Way to Compare C.E.O. Pay, GRETCHEN MORGENSON) critica a medida por não ser tão reveladora do abismo existente entre as remunerações. Uma alternativa seria fazer a comparação com outras empresas, apesar da dificuldade em fazer uma seleção de empresas comparáveis.

Zara

A operação da Zara no Brasil é uma verdadeira "jabuticaba" em relação a seu imbatível modelo de logística adotado no mundo todo.

A empresa instalou em Cajamar (SP) seu único centro de distribuição fora da Espanha e vem elevando o porcentual de roupas fabricadas no país. Hoje chega a 40% do mix de produtos.

É bem diferente da estratégia global, na qual toda a distribuição é centralizada e 75% da produção é mantida na Europa -o eixo Portugal, Espanha e Marrocos (que tem fronteira com a Espanha) concentra 50% da produção.

Quase todas as roupas fabricadas para a Zara no mundo, inclusive na Ásia, são enviadas a três grandes centros de distribuição na Espanha. De lá, seguem de caminhão ou avião para 86 países.

Manter a produção na Europa sai mais caro do que fabricar tudo na China, como fazem os concorrentes. Mas a Zara tira a diferença nos estoques baixos e no encalhe mínimo de produtos.

Na Zara, do croqui do designer ao produto na loja, são de duas a três semanas. Os concorrentes costumam definir a coleção com seis meses de antecedência.

Com um prazo tão curto, ela consegue mudar de rumo se determinado modelo, tecido ou estampa não vende bem. As lojas se comunicam diretamente com os centros de distribuição na Espanha.

O Brasil é a exceção. Segundo apurou a Folha, quando chegou ao país, a empresa queria tirar uma roupa da fábrica na Espanha, colocar num avião e entregar nas lojas em São Paulo em três dias.

Só que a infraestrutura ruim dos aeroportos brasileiros e as barreiras aos importados tornaram a tarefa impossível. Daí a necessidade de fazer estoques e criar um centro de distribuição local.

PERECÍVEL

"A mercadoria do fast fashion é praticamente perecível. Se o contêiner ficou parado e a moda passou, não vende mais", diz o consultor Maurício Morgado.

Outro fator que pesou na decisão foi a diferença nas coleções entre hemisférios Norte e Sul devido às estações. O Brasil é a maior operação da empresa ao sul do Equador.

Para reduzir custos, ganhar agilidade e evitar as barreiras aos importados, a rede espanhola também elevou sua parcela de produção de roupas no Brasil

No entanto, encontrar fornecedores no país não é tarefa fácil, e a empresa acabou envolvida em de seus maiores escândalos de imagem. Em 2011, uma fornecedora da Zara foi acusada de manter trabalhadores sul-americanos em condições análogas à escravidão.

PREÇOS ZARA PELO MUNDO

Camiseta infantil de superhomen

Espanha: R$ 33
Estados Unidos: R$ 39
Brasil: R$ 49

Camisa branca feminina

Espanha: R$ 90
Estados Unidos: R$ 154
Brasil: R$ 159

Saia jeans comprida

Espanha: R$ 90
Estados Unidos: R$ 120
Brasil: R$ 139

Calças jeans adolescente

Espanha: R$ 90
Estados Unidos: R$ 120
Brasil: R$ 100 (fabricada no Brasil)

Blazer básico

Espanha: R$ 135
Estados Unidos: R$ 197
Brasil: R$ 179

Zara muda processo para driblar entraves logísticos no Brasil - RAQUEL LADIM - Folha de S PAulo

Gasto em Educação

De acordo com números apurados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, ligado ao MEC), o gasto dos governos por aluno da educação básica mais que dobrou em apenas seis anos.

Em média, cada aluno da educação básica mereceu dos cofres federais, estaduais e municipais, em 2011, R$ 4.267. O valor não passava de R$ 1.933 em 2005, em valores corrigidos pela inflação. (...)

Com tais progressos, caiu a disparidade entre o gasto público no ensino básico _infantil, fundamental e médio_ e no ensino superior, uma das distorções do modelo brasileiro.

Cada aluno das universidades públicas custou, em média, R$ 20.690 em 2011, quase cinco vezes a despesa nas escolas da educação básica. Em 2001, eram mais de dez vezes.


O final do texto tem uma grande confusão de conceitos: custo, despesa e gasto. Na verdade os dados são de gasto.

24 setembro 2013

Rir é o melhor remédio


White e Bashar

A capa da New Yorker traz o ditador sírio e o personagem principal da série norte-americana Breaking Bad:

Na série, Walter White (Bryan Cranston) é um químico que resolveu produzir uma droga de excelente qualidade. Tudo se iniciou quando o então professor do ensino médio foi diagnosticado com câncer e resolveu assegurar o futuro financeiro da família. O roteiro é excelente, os atores idem. Contudo o programa - que teve início em 2008 e já recebeu vários prêmios - se encerrará no próximo domingo.

Para os contadores, a série interessa também pela cena na qual a esposa de White compra uma empresa e faz uma avaliação interessante, por exemplo, ou pela estimativa do dinheiro resultante as operações de Walter. Mas enquanto estamos torcendo (será?) por White, parece que ninguém simpatiza com Bashar al-Assad e seu arsenal de armas químicas.

E a receita está arrecadando mais...

A lucratividade das empresas foi a grande responsável pelo crescimento da arrecadação em agosto, informou o secretário adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes. A Receita anunciou hoje (23) que o governo federal arrecadou R$ 83,956 bilhões em impostos e contribuições em agosto, recorde para o período. Houve crescimento real de 2,68% em relação ao mesmo período de 2012, descontada a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo Nunes, o resultado mostra um cenário de recuperação da economia.

Os tributos que mais refletem esse crescimento são o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). De acordo com o secretário adjunto, a estimativa mensal desses tributos, corrigida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cresceu 18,81% entre janeiro e agosto de 2013 ante o mesmo período do ano passado.

“Esse crescimento é forte e mostra um cenário de recuperação da economia. É o reflexo da lucratividade da empresa no ano corrente”, destacou Nunes.

O secretário adjunto lembrou ainda que, como os impostos de parte das empresas são pagos pelo lucro presumido, se elas não estão utilizando o balancete de suspensão – que dá direito a corrigir o pagamento acima do devido –, é porque não estão tendo lucro abaixo do esperado. “As estimativas são mensais e, evidentemente, elas avaliam que, se pagaram mais do que as demais, podem fazer balancetes de suspensão. Mas a avaliação é que a estimativas vêm aumentando e os balancetes de suspensão não são reajustados, pois o resultado vem melhorando”, explicou.


Fonte: Aqui

Valor do jogador

Mesmo sem o protagonismo do passado com Romário, Ronaldo e tantos outros, 57 jogadores brasileiros foram inscritos para disputar a Liga dos Campeões, na Europa. Com Neymar, avaliado em € 50 milhões, puxando a fila, os brasileiros estão avaliados em € 791,35 milhões, segundo estimativa do Transfermarkt, site especializado em avaliar o valor de mercado dos jogadores. O número poderia ser ainda maior, se colocarmos na conta os brasileiros naturalizados em outro país, como Pepe e Thiago Motta.

O valor é superior ao da soma de todos os jogadores dos 20 clubes do Campeonato Brasileiro que, juntos, estão avaliados em € 528,7 milhões. Ao todo são 677 jogadores, o que significa que cada brasileiro na Liga dos Campeões vale mais do que dez jogadores na elite do futebol nacional. Somente o craque Neymar, avaliado em € 50 milhões, vale mais do que todos os jogadores de 18 clubes. Ficando atrás apenas do valor dos atletas do Internacional (€ 50,9 milhões) e Corinthians (€ 50,7 milhões). (...)


Fonte: Brasil Econômico

Assim como na marca, existe muita subjetividade nesta avaliação.