A safra de balanços do grupo de empresas controladas pelo empresário Eike Batista mostra uma piora ainda maior dos números, com aumento da dívida líquida, que cresceu de R$ 19 bilhões para R$ 22,5 bilhões entre março e junho, e a queima de caixa das empresas. A dívida de curto prazo de cinco companhias abertas do Grupo X atingiu R$ 7 bilhões no segundo trimestre, enquanto o caixa somado se reduziu para R$ 2,43 bilhões.
Para sair desse aperto financeiro, Batista está conduzindo um processo de redução de sua participação nos negócios. Foi o que ocorreu com a entrada da alemã E.ON no controle da MPX, empresa de geração de energia termelétrica. Na LLX o grupo EIG vai assumir o controle com aporte de até R$ 1,3 bilhão, enquanto a MMX tem vários interessados.
Mas nem todas as empresas estão com problema resolvido. A OGX teve prejuízo de R$ 4,7 bilhões e tem agora apenas R$ 722 milhões em caixa para uma dívida de R$ 8,7 bilhões. Por isso negocia a venda de ativos.
(...) Faltariam R$ 4,6 bilhões se as cinco empresas tivessem que pagar os compromissos financeiros de curto prazo com o caixa de que dispõem hoje.
(...) Se a entrada do fundo EIG no controle da LLX se confirmar, Eike consegue resolver dois problemas. De um lado entram R$ 1,3 bilhão no caixa da empresa. De outro, a LLX também deixa de ser controlada pela EBX. A dívida de curto prazo das três empresas que restariam no portfólio, MMX, OSX e OGX, somaria então R$ 3,5 bilhões, para uma posição de caixa de R$ 2 bilhões. O buraco ficaria, assim, em "apenas" R$ 1,5 bilhão.
Grupo X acumula dívidas de R$ 22,5 bi - Cláudia Schüffner e Fernando Torres - Valor Econômico - 16/08/2013
(Cartoon: Aqui)
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