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06 agosto 2013

Esquema Ponzi: Priples, BBom e Telexfree

A Priples, empresa de anúncios virtuais que informa ter cerca de 200 mil associados, está proibida de fazer pagamentos e cadastrar novos integrantes. Os sócios foram presos. A Justiça de Pernambuco aceitou a denúncia, feita pela polícia, de que o negócio trata-se de uma pirâmide financeira.

Com a decisão, sobe para três o número de empresas acusadas desse tipo de fraude e que foram alvo de bloqueios judiciais – as duas anteriores foram a Telexfree e a BBom. Juntas, as três somam mais de 1,5 milhão de membros no País, de acordo com os dados apresentados por seus representantes.
O advogado da Priples não foi localizado até a publicação desta reportagem.

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A Priples foi criada em 1ª de abril [!!!] com o objetivo de divulgar anúncios na internet. No final de maio, já havia movimentado R$ 107 milhões, segundo o delegado Carlos Couto, responsável pelo inquérito criminal. Quase a totalidade da receita da empresa, entretanto, é oriunda das taxas de adesão pagas pelos associados, diz o delegado. Um modelo de negócios desse tipo é insustentável pois depende de uma população infinita para se manter de pé. "Em oitiva [depoimento], o contador da empresa relatou que 95% da receita vinha do cadastramento de pessoas", afirmou Couto.

As investigações contra a Priples em Pernambuco começaram em maio, depois que 17 pessoas procuraram a polícia por atraso nos pagamentos prometidos. Em julho, a empresa também se torno alvo de inquérito civil do Ministério Público do Rio Grande do Norte.

Ao todo, atualmente 31 empresas em todo o País estão sob investigação por suspeita de pirâmides financeiras. Uma força-tarefa constituída de promotores de Justiça, procuradores da República, membros da Polícia Federal e do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça foi constituída combater esse tipo de fraude.

Em junho, a 2ª Vara Cível de Rio Branco congelou as contas da Telexfree, que conta com cerca de 1 milhão de associados. Em julho, a mesma decisão foi tomada pela 4ª Vara Federal de Goiás em relação à BBom, cuja rede tem cerca de 300 mil pessoas.

Vitor Sorano - iG São Paulo

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