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30 agosto 2013

Destruição de Valor da Petrobrás

Segundo texto publicado no Valor (Destruição de valor' na Petrobras supera US$ 300 bi, Fernando Torres e Cláudia Schüffner, Valor Econômico - 29/08/2013)

A destruição de valor causada pelo investimento em Petrobras superou US$ 300 bilhões nos últimos quatro anos, de acordo com atualização de estudo da Associação de Investidores do Mercado de Capitais (Amec) ao qual o Valor teve acesso.


A primeira frase surpreende, já que o valor de mercado da Petrobras nunca atingiu este montante. Como seria possível?

O cálculo toma como base 31 de agosto de 2008, quando o formato da capitalização da empresa foi anunciado, prevendo que, em vez de colocar dinheiro, o governo entraria indiretamente com 5 bilhões de barris de petróleo para aumentar o capital da companhia.

A conta feita pela Amec considera tanto a queda no valor de mercado da empresa como também quanto os acionistas da Petrobras ganhariam se, na data daquele anúncio, tivessem vendido a totalidade da participação na companhia, que na época valia US$ 162 bilhões, e investido a quantia em um fundo setorial de empresas globais de petróleo. Os papéis da empresa caíram 62% desde então, enquanto o fundo teve valorização de 73%.


Será que o investidor comum conseguiria investir num fundo setorial de empresas globais? A escolha mais usual é comparar com o desempenho do mercado, no caso o Ibovespa. Naturalmente que a escolha da Amec torna a "perda" maior.

Segundo o estudo, a perda nominal de valor com as ações existentes na época do anúncio da capitalização foi de US$ 101 bilhões, enquanto o custo de oportunidade pelo não investimento alternativo somou US$ 119 bilhões. Já em relação às ações compradas na oferta pública, a desvalorização nominal foi de US$ 42 bilhões, enquanto o ganho potencial de um investimento em fundo setorial seria de US$ 40 bilhões em igual período.

A soma dos quatro valores resulta no montante de US$ 302 bilhões de destruição de valor.


A conta fecha, mas a lógica não. A reportagem procurou a Petrobras que preferiu não responder. Mas deveria ter procurado pelo menos um especialista neste assunto.

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