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01 agosto 2013

Corte de gastos do orçamento

O governo detalhou os cortes que anunciou no orçamento, mas números divulgados pelo Banco Central revelam que o esforço de economizar no último semestre foi o pior desde 2001.

O detalhamento do corte de R$ 10 bilhões foi anunciado pelo Palácio do Planalto. O Ministério da Fazenda, com 990 milhões, e da Defesa, com R$ 919 milhões, são as pastas que terão de fazer o maior corte. Em seguida, vem o Ministério da Previdência, com R$ 280 milhões a menos para gastar.

O governo também promete reduzir despesas com diárias, passagens e alugueis, por exemplo. A economia é mais uma tentativa do governo de mostrar ao mercado o compromisso com a redução da inflação e o equilíbrio nas contas. A poupança para pagar os juros da dívida pública também melhora a confiança, mas nesse caso os números não ajudaram muito.


Prof. Dr. José Matias-Pereira
Em junho, o governo federal, estados, municípios e estatais economizaram R$ 5,429 bilhões. No semestre, essa poupança do setor público ultrapassou os R$ 52 bilhões, o equivalente a 2,25% do PIB. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia foi 20% menor. Em percentual do PIB, é o pior resultado desde 2001. A meta para o ano é de R$ 110 bilhões.

O governo diz que vai atingir a meta fiscal de 2,3% do PIB. O especialista em contas públicas José Matias-Pereira desconfia da afirmação. “Em função do próprio comportamento da economia, que vai ter um crescimento bem abaixo daquilo que foi projetado, tudo indica que nós não vamos conseguir cumprir esses 2,3% do PIB em termos de superávit primário. Agora, de qualquer forma, o governo precisar dar demonstração de boa vontade e mostrar que está determinado a atingir uma parte significativa desse valor”, diz.

Fonte: aqui

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