Fato: Como consertar a auditoria: rodízio, incentivos e relatórios
Qual a relevância disto? Durante a crise financeira percebeu-se que as empresas de auditoria falharam em apontar situações críticas de entidades em dificuldades financeiras. O setor de auditoria é inglório já que geralmente ficamos sabendo de um tipo de erro somente (quando existe um problema que a auditoria não detectou), mas não consideramos os acertos.
Uma das propostas é implantar o rodízio. Há duas semanas esta proposta sofreu um revés nos Estados Unidos. Nesta semana, uma comissão no Reino Unido deixou o assunto de fora este assunto. Além disto, nunca é demais citar a grande oposição das grandes empresas de auditoria com o rodízio: esta semana descobriu-se que uma comissão “independente” é patrocinada por uma Big 4.
Outra proposta é mudar os incentivos. Até agora acreditava-se que a reputação da empresa de auditoria seria suficiente para incentivar a busca pela qualidade, mas pesquisas parecem mostrar que existem outros mecanismos que talvez sejam mais eficientes. Um deles é criar um fundo comum de remuneração.
No dia 25 o IIASB lançou uma proposta de um novo relatório. Será este um caminho válido?
Positivo ou Negativo? A discussão sobre o assunto é válida. Mas revela que o setor tem fracassado em manter sua reputação de qualidade.
Desdobramentos – Ainda haverá muita discussão sobre o assunto. A possibilidade de implantar o rodízio em muitos países pode levar a uma reação das grandes empresas. A mudança na forma de incentivo deverá consumir muito mais tempo e argumento, já que somente uma crise estrutural provocaria uma grande alteração no setor.
Outros fatos relevantes: os efeitos da crise do grupo EBX; a situação financeira da Petrobras; a pressão do G20 para convergência; e a nomeação de Kroeker para vice-chairman no Fasb.
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