Com incertezas se acumulando no cenário macroeconômico — incluindo as flutuações do câmbio e as pressões das manifestações populares —, os especialistas têm cada vez mais dificuldade de acertar previsões sobre indicadores, como os resultados da produção industrial e a expansão do PIB (Produto Interno Bruto, conjunto de produtos e serviços produzidos).
Na última divulgação da produção industrial, na semana passada, nenhum dos 30 principais bancos listados pela Bloomberg acertou a queda de 2%. As previsões apontavam retração de 1,1%. No mês anterior, as projeções indicavam alta de 1%, mas o resultado foi de 1,9%.
No Banco Central, o fato de o IBC-Br, prévia da instituição para o PIB, ficar bem próximo do resultado oficial costumava ser exaltado e era estampado em documentos, como o relatório de inflação. Agora, com as divergências, o BC frisa que usa metodologia diferente da aplicada pelo IBGE, que afere o PIB oficial.
Especialistas afirmam que o cenário está mais complexo e isto eleva a volatilidade dos dados. (...)
O Globo - Com dólar, incentivos e manifestações, especialistas erram previsões econômicas
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