Leiam o texto a seguir:
Para evitar o forte impacto do câmbio em seus balanços, a Petrobras informou que passou a adotar desde maio deste ano uma nova regra contábil, conhecida contabilidade de hedge --instrumento usado para proteção contra variações de moedas em empresas que tem receitas ou dívidas em outras moedas que não o real.
Segundo a Petrobras, essa prática é regulamentada no Brasil e "permite que empresas reduzam impactos provocados por variações cambiais em seus resultados periódicos (balanços trimestres)".
O mecanismo só pode ser usado, porém, desde que as companhias "gerem fluxos de caixa futuros em moeda de outro país que se equivalham e tenham sentidos opostos", de acordo com a estatal.
Em outras palavras, a empresa terá de obter receitas em moeda estrangeira que compensem, por exemplo, o impacto negativo do câmbio em suas dívidas.
No caso da Petrobras, a nova regra contempla, inicialmente, cerca de 70% do total das dívidas expostas à variação cambial (ou seja, denominada em dólar ou outras moedas) por um período de sete anos. Desse modo, a estatal tem esse prazo para "compensar" eventuais perdas decorrentes do câmbio.
A compensação se dará por meio das exportações da estatal, protegendo cerca de 20% das vendas externas da companhia pelo mesmo período.
"Com a aplicação da contabilidade de hedge, os ganhos ou perdas oriundos das dívidas em dólares norte-americanos, provocados por variações cambiais, somente afetarão o resultado da companhia na medida em que as exportações forem realizadas.
Até que essas exportações sejam realizadas, as referidas variações serão acumuladas em conta do patrimônio líquido", diz a estatal em comunicado.
Para o banco britânico Barclays, espera-se com a introdução do mecanismo "reduzir o impacto causado pela variação cambial" no balanço da estatal.
No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, a oscilação do câmbio gerou menor pressão sobre o endividamento da Petrobras e resultou num impacto positivo de R$ 925 milhões na comparação com o primeiro trimestre de 2012.
Às 15h27 (horário de Brasília), as ações mais negociadas da Petrobras (preferenciais, sem direito a voto) subiam 2,89%, para R$ 15,65, enquanto os papéis ordinários (com direito a voto) da petroleira avançavam 6,44%, para R$ 14,69. (Folha de S Paulo, grifo nosso, Petrobras muda contabilidade para reduzir impacto do câmbio, 11 julho 2013)
Observem a forma "torta" com que o texto trata a contabilidade por hedge: o texto dar a entender que o hedge é uma regra contábil, quando na verdade os lançamentos contábeis refletem este fato. Pensei em fazer uma série de observações, mas confesso que não tive paciência.
Uma pena ter deixado sua participação pela metade, já que a metade mais importante seria à relativa às observações sobre a correição ou não dessa gambiarra contábil visando esconder prejuízos.
ResponderExcluirmico