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31 maio 2013

Vale Presente

Quando você compra um vale presente para uma brincadeira de amigo oculto, isto poderá gerar um problema contábil para a loja. Existe um grau de incerteza na determinação do momento em que o presenteado irá trocar o vale por um produto e até mesmo se ele irá efetuar a troca. A loja recebe o dinheiro antes de entregar o produto e isto cria uma obrigação sob a forma de receita antecipada.
Mas a empresa não pode reconhecer o valor da venda total de vales presentes, pois muitos deles não serão trocados. Reconhecer toda venda de vales como passivo irá superestimar as obrigações da empresa. Algumas empresas usam os dados históricos para determinar quanto dos vales vendidos serão objeto de troca.

Quando o cliente aparece para trocar o vale presente, o passivo será reduzido, sendo reconhecida a receita, ao mesmo tempo em que baixa o estoque correspondente. Mas e quando o cliente não troca o vale? Isto corresponde a uma receita, sem a necessidade de contraprestação de serviço; em outras palavras, a empresa comercial tem uma receita sem a baixa da mercadoria. É o “melhor dos mundos” para qualquer empresa: você recebe para não fazer nada.

Existem duas maneiras de reconhecer a receita dos vales que não serão trocados. A primeira é através do histórico da empresa, que permite estimar a percentagem da receita antecipada que representa efetivamente uma obrigação. Outra técnica é somente reconhecer quando existir segurança que o vale não será mais trocado: só seria dada baixa no passivo quando o prazo de validade do vale estaria esgotado. A segunda forma é menos trabalhosa e poderia ser usada por pequenas empresas. Mas tende a superestimar o passivo.

Leia mais em
BLAKE, Tori; ROUSE, Phillip. Revenue recognition´s effect on gift card accounting. Journal of Accountancy. 28 de maio de 2013.

NIYAMA, Jorge K; SILVA, César A. T. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2011

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