Uma das regras básicas da economia diz que os agentes reagem aos incentivos. Isto é a mais pura verdade sobre o comportamento das pessoas.
Recentemente o Iasb e o Fasb propuseram uma minuta que irá alterar a forma de contabilizar o leasing nas empresas. Isto foi bastante discutido aqui neste blog, mas basicamente os contratos de leasing serão ativados (e reconhecidos no passivo). Haverá diversas consequências para as empresas, entre as quais o aumento do endividamento. Existe uma exceção a regra: os contratos com menos de doze meses.
Antevendo a mudança, as empresas já estão procurando adaptar-se as mudanças. São os incentivos agindo. Segundo a Bloomberg (New Accounting May Prompt Shift to Short-Term Leases, Fitch Says, Charles Mead, 21 de maio de 2013), uma das possibilidade são os acordos de leasing de curto prazo. Isto evitaria ativar os acordos. Na medida que este tipo de acordo popularizar, o objetivo da nova norma não será atingido.
Não possível que isso não fosse previsto pelos dois órgãos
ResponderExcluirOlha, acho que os contratos terão que ser muito "bem feitos" para não serem ativados, porque nos exemplos ilustrativos que a acompanham a minuta da norma, basta existir a possibilidade de prorrogação após 12 meses para ele ter que ir para o ativo.
ResponderExcluirO que eu acho mais interessante é que "Lease", na minuta, tem um sentido mais amplo do que o "leasing" praticado no Brasil, abrangendo também simples aluguéis de imóveis, por exemplo. Interessante também que, em Portugal, a tradução do IAS 17 já é "Locações".