Qual a relevância
disto? – O banco Cruzeiro do Sul foi liquidado pelo Banco Central em
setembro de 2012, com um patrimônio líquido negativo de 2 bilhões de reais.
Anterior a isto, a KPMG auditou os balanços entre 2007 a 2011 e emitiu parecer
sem ressalva. No início de 2012 a KPMG foi substituída pela EY. Durante a fase
de intervenção, o Banco Central afirmou que as empresas não cumpriram as regras
de auditoria de maneira adequada.
A denúncia à Justiça para empresas de auditoria ocorre pela
primeira vez no Brasil. A Promotoria pede a penhora de bens das duas empresas,
com intuito de ressarcir os dados causados pelo Cruzeiro do Sul. Isto pode
abrir um precedente importante no negócio de auditoria no Brasil.
Positivo ou Negativo?
– Para as empresas de auditoria isto pode afetar a reputação. Para os clientes,
a possibilidade de ter penhora de bens pode significar no médio e longo prazo
um aumento no custo de auditoria. Entretanto, sob a ótica do mercado, a punição
pode funcionar como um incentivo para melhoria da qualidade do trabalho das
empresas.
Desdobramentos – Em
se tratando de denúncias, sabemos a dificuldade que o Ministério Público tem em
concluir seus processos, seja perdendo prazos ou fazendo denúncias sem a
comprovação. Acredito que a experiência das empresas neste tipo de situação
deverá reduzir o impacto da medida no médio e longo prazo.
Outros candidatos a fato
da semana: O apetite voraz do imposto de renda: questão do lucro presumido, escrituração digital e imposto de renda da
pessoa física. A palestra do contador da SEC também foi esclarecedora sobre a
prioridade atual da entidade.
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