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20 abril 2013

Fato da Semana

Fato: A posição do Banco Central do Brasil com respeito as IFRS

Qual a relevância disto? Durante um seminário sobre as normas internacionais de contabilidade, o presidente do Banco Central reconheceu que o nosso país não adota as IFRS de maneira integral, ao contrário do que acredita muitas pessoas. Mas o presidente do Bancon Central, Tombini, foi mais além; ao afirmar que a adoção deve ser paulatina e responsável, indiretamente criticou as IFRS. Mostrou que a entidade tem medo da adoção imediata, pois os impactos devem ser analisados. Isto inclui as normas sobre instrumentos financeiros.

A posição do Banco Central é interessante, uma vez que a participação no processo de convergência merece ser destacada. Pedro Malan, um dos curadores do Iasb, tem passagem pela entidade; Amaro Gomes, funcionário de carreira do Banco Central, atualmente trabalha no Colegiado do Iasb. Finalmente, o Banco Central tem apoiado financeiramente a Fundação IFRS.

Assim, parece contraditório a grande presença do nosso Banco Central no processo de normatização, mas é conservador na adoção da própria receita que esta produzindo. Uma das possíveis justificativas talvez seja a posição do Banco da Inglaterra, muito crítico as IFRS. Outra, é o excesso de zelo de Tombini e seus assessores.

Positivo ou Negativo? – Negativo, para os defensores das IFRS. Mas mostra o “perigo” das IFRS, para aqueles que não gostam das normas internacionais.

Desdobramentos – O posicionamento deixa claro que o Banco Central ficará esperando o tempo passar antes de “arriscar” nas normas internacionais. Assim, podemos dizer que a convergência total do Brasil não irá ocorrer tão cedo.

2 comentários:

  1. César, mas o CMN/BACEN já obriga as instituições financeiras a elaborarem demonstrações em IFRS de forma supletiva, não?

    Eu, sinceramente, acredito ser difícil convergir 100% a contabilidade para fins regulatórios com a contabilidade para fins gerais.

    Ainda assim, elaborar dois conjuntos separados de demonstrações financeiras implica em maior custo, portanto, quanto mais próximos forem os dois modelos, melhor.

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  2. David,

    Sem dúvida. Mas é muito comum ler (escutar) que o Brasil adota as IFRS. É preciso que fique claro que isto não é verdadeiro.

    Além disto, a afirmação de Tombini questiona, de certa forma, a própria qualidade das IFRS.

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