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31 março 2013

Para uma vida menos estressante



E em tempos de renovação, neste clima de páscoa, 10 dicas fofas para se estressar menos:
- Compartilhe algo que te faça rir;
- Nade no mar;
- Lembre-se que todos nós erramos;
- Diga não quando necessário;
- Prepare uma refeição do zero;
- Diga a alguém que o ama;
- Coloque a sua música favorita;
- Faça mais do que é importante para você; [corra, se alongue, nade, caminhe, ande de bicicleta]
- Tenha orgulho de quem você é; [você realmente é uma pessoa fantástica]
- Comemore quando as coisas vão bem!

A imagem com as dicas foi lançada na Austrália, em homenagem à semana da saúde mental (em outubro de 2012). Um transtorno ou uma desordem mental interfere significativamente com as habilidades cognitivas, emocionais e sociais de uma pessoa. Existem vários tipos de enfermidades, que ocorrem em variados graus de severidade. Não vamos entrar em detalhes ou nos percentuais de pessoas afetadas por depressão, ansiedade, burnout... Não nos cabe isso. A intenção é passar uma mensagem de otimismo porque todos nós estamos sujeitos a uma vida estressante e frequentemente nos esquecemos de parar e respirar um pouco. Por isso pare, respire e hoje faça ao menos uma coisa emocionalmente construtiva para você.

Caso o seu problema seja um pouco mais sério e precise conversar, procure o Centro de Valorização da Vida. Há apoio emocional por telefone ou de forma virtual. (Você também pode ser voluntário!)





Créditos,

Contabilidade Financeira

Rir é o melhor remédio

Se pudêssemos usar o Photoshop na vida real:




Usando Método Quantitativo 5

Em postagens anteriores (vide abaixo) comentamos a utilização de métodos quantitativos. Esta postagem é útil para situação onde o trabalho já está pronto. Fizemos um check-list para verificar se o método quantitativo utilizado agregará valor ao trabalho ou será um ponto negativo.

1 – Simplicidade – muitas vezes o segredo do bom uso de um método quantitativo é a sua simplicidade. Os trabalhos que tenho lido em periódicos de primeiro nível não se caracterizam pela complexidade. Pelo contrário, é possível encontrar muitos artigos onde se utiliza regressões lineares. Certa vez, participando de uma comissão avaliadora com um conhecido autor da área quantitativa, ele chamou a atenção para simplicidade, e eficiência, do teste de média utilizado pelos autores de finanças comportamentais na década de 70.

2 – Aplicabilidade – O segundo aspecto importante é saber se o método usado pode ser verdadeiramente aplicável a situação. Um pouco antes de escrever esta postagem estava analisando um trabalho de congresso onde o autor usava análise discriminante num estudo de caso. A análise discriminante é muito usada para separar grupos de empresas; em particular, foi usada no passado para desenvolver indicadores de solvência. Para isto, os pesquisadores usavam um grande conjunto de dados (empresas). Entretanto, o uso da análise discriminante para uma só empresa não faz muito sentido.

3 – Pressupostos – O trabalho está considerando todos os pressupostos do método utilizado? Quando usamos uma média, devemos estar alertas para o fato de esta medida ser muito influenciada pelos valores extremos. Quando chamamos a atenção para os pressupostos, verificamos se as condições necessárias para sua utilização foram satisfeitas. Este aspecto é desagradável, pois significa que quando os pressupostos não são atendidos devemos buscar alternativas.

4 – Meio e fim – É importante que o método quantitativo seja um meio, nunca o fim. Isto significa que o instrumento não deve ser o aspecto mais relevante do trabalho. Sabemos que isto ocorre quando no título do trabalho aparece o nome da técnica; algo como “O uso de Análise Fatorial na Análise de Balanços”. Outra forma de perceber isto é na descrição do objetivo, quando o autor afirma, por exemplo, que o texto “pretende apresentar uma aplicação da análise fatorial”.

5 – Default do software – A utilização do software no cálculo de um método quantitativo está baseada numa série de default. Assim, quando usamos uma média aritmética simples é preciso saber, por exemplo, como o software tratou os dados inexistentes: foram desconsiderados, considerados como igual a zero ou outra opção. Em métodos mais sofisticados, os softwares apresentam inclusive alternativas de mudar o default do cálculo; é importante que se saiba da razão de usar este default.

6 – Todos os passos – Quando usamos um método quantitativo, temos uma série de passos: alguns dados foram excluídos, fizemos algumas transformações, verificamos os pressupostos, entre outros. Em cada passo, fizemos escolhas. Estas escolhas precisam ser apresentadas no trabalho, para permitir que as pessoas tenham ideia das limitações e alcance da pesquisa.

7 – Analise os resultados relevantes – Após apresentar os resultados, o pesquisador precisa analisar os resultados relevantes. Isto inclui as estatísticas descritivas, os sinais da regressão, a diferença entre o resultado obtido e o resultado esperado, as explicações possíveis para o inesperado, entre outros aspectos.

Outros textos da mesma série:Uso do editor de textoMétodo que devo usarTécnicas mais usadas e Software 

Prejuízo

(...) De acordo com o estudo, juntas, as 76 companhias de capital aberto que reportaram prejuízos no período tiveram resultado negativo de R$ 25 bilhões de outubro a dezembro do ano passado, montante 3,1 vezes maior que o total de prejuízos no mesmo período de 2011. No mesmo período de 2011, 112 companhias divulgaram prejuízo, num total acumulado de R$ 7,960 bilhões.

O recorde negativo ficou por conta da Eletrobrás, que reportou prejuízo de R$ 10,499 bilhões entre outubro e dezembro de 2012. É o maior da história das empresas de capital aberto brasileiras para um trimestre (considerando todos os trimestres), segundo o levantamento feito pela Economática.

Outros números negativos do ano passado que chamaram a atenção foram os da Vale, com prejuízo de R$ 5,628 bilhões no quarto trimestre de 2012, e da incorporadora PDG Realty, que teve perda de R$ 1,786 bilhão só no quarto trimestre e de R$ 2,177 bilhões em todo o ano passado. A empresa aérea Gol registrou resultado negativo de R$ 447,1 milhões no quarto trimestre de 2013 e, no ano, o prejuízo somou R$ 1,512 bilhão. (...)

Prejuízos de empresas somaram R$ 25 bi no 4º trimestre - Por Eulina Oliveira - Estado de S Paulo (via aqui)

30 março 2013

Congresso USP 2013

Saiu o resultado dos estudos pré-selecionados (com base nos RESUMOS) para o 13º Congresso USP de Controladoria e Contabilidade. Os trabalhos do 10º Congresso de Iniciação Científica, assim como os ensaios teóricos, ainda estão sendo avaliados.


Listagem Geral: Aqui
Área I - Controladoria e Contabilidade Gerencial: Aqui
Área II - Contabilidade para Usuários Externos: Aqui
Área III - Mercados Financeiros de Crédito e Capitais: Aqui
Área IV - Educação e Pesquisa em Contabilidade: Aqui
Área V - Atuária: Aqui
Área VI - Contabilidade Governamental e do Terceiro Setor: Aqui

Créditos,
Blog Contabilidade Financeira




Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão nos comentários.

1 – Uma mudança na área trabalhista aprovada pelo legislativo poderá ser aumentar a demanda pelos serviços dos contadores. Trata-se
Das alterações no trabalho das domésticas
Do aumento da carga tributária e multa do empregador
Nas mudanças no seguro desemprego

2 – A Eletrobrás foi notícia esta semana por ter batido um recorde brasileiro, referente
A maior expansão do parque energético da história num só ano
A maior perda de valor de mercado dos últimos dez anos
Ao maior prejuízo de um trimestre entre empresas de capital fechado

3 – Esta instituição anunciou que irá mudar brevemente (maio) sua estrutura conceitual:
Coso
GRI
Iasb

4 – A soma dos litígios dos grandes bancos mundiais foi estimada em
1 bilhão de dólar
10 bilhões de dólares
100 bilhões de dólares

5 - Esta empresa, da família de um famoso político brasileiro, está sendo esvaziada, segundo acusação do Ministério Público. O objetivo é evitar o ressarcimento aos cofres públicos de ações judiciais deste político. Trata-se
Eucatex
Guaraná Jesus
Iguatemi

6 – A adoção do conservadorismo na contabilidade tem efeitos diversos para as empresas. Uma pesquisa mostrou que empresas mais conservadoras são
Mais rentáveis no longo prazo
Menos inovadoras
Menos tradicionais

7 – Uma estimativa feita pela BDO informa que esta entidade arrecadará 10 bilhões de reais com um evento esportivo que acontecerá no Brasil.
CBF
COI
Fifa

8 – O projeto de lei 5061, do deputado Garotinho (RJ), poderá provocar alterações na contabilidade das empresas com ações negociadas na bolsa pois
Elimina a obrigatoriedade da convergência contábil às normas do Iasb
Elimina a obrigatoriedade de publicação em jornais das demonstrações contábeis
Exige que empresas com um faturamento acima de 1 bilhão de reais tenha ações negociadas em bolsa

9 – O IASB divulgou uma proposta de alteração do IAS 19, que tornará as normas sobre benefícios a empregados
Ajustadas ao valor justo
Mais complexas
Mais simples

10 – Este regulador impediu o lançamento de dívida de 2,5 bilhões de reais no balanço de uma empresa
Anatel
Aneel
ANP

Fato da Semana


Fato:  Perdemos Lino Martins 

Qual a relevância disto?  Lino era um dos maiores especialistas brasileiros em contabilidade pública. Participou de diversos governos e ajudou o Conselho Federal de Contabilidade nos estudos de normas técnicas da área. Como orientador de mestrado, Lino ajudou a formar uma geração de novos professores e pesquisadores na área.

Como blogueiro, suas postagens focavam na divulgação: de eventos, de pesquisas realizadas sobre o assunto ou da sua longa experiência. A ausência de Lino é mais relevante num momento em que a contabilidade pública brasileira começa a migrar para o regime de competência.  

Positivo ou Negativo? – Negativo. Numa área tão carente de pesquisa e questionamento, a ausência de Lino realmente será sentida.

Desdobramentos – Deixaremos de ter um grande pensador na área contábil.

Outros candidatos a tema da semana: o anuncio da nova proposta de Framework do Coso e o grande prejuízo da Eletrobrás são dois temas importantes. 

Due Diligence

A figura mostra diversas operações entre empresas onde a due diligence foi um desastre. A última transação, Time + AOL, resultou num prejuízo de 99 bilhões de dólares.

Walt Disney World: atenção aos detalhes

Por Isabel Sales

Pedido de autógrafo à "princesa". 

O livro “Nos Bastidores da Disney” é vendido como algo que revela “os segredos do sucesso da mais poderosa empresa de diversões do mundo”. Técnicas de marketing e vendas a parte, é um livro delicioso sobre alguns detalhes dos bastidores do Mundo Mágico. Eu me diverti com a leitura, assim como todos com quem compartilhei o livro. Nós optamos pelo perfil turístico e por isso valeu a pena.

“Se houver algo novo para se descobrir todas as vezes que o parque é visitado, os convidados estão mais propensos a retornar”.

Por exemplo... No parque temático Magic Kingdom, na Flórida, a maioria das pessoas não percebe, mas no castelo da Cinderela há um mural ilustrando cenas do conto. Em um deles, como na história, uma das filhas está “vermelha de raiva” e a outra “verde de inveja”.

As pontas mais gastas dos postes para amarrar cavalos (que adornam a rua principal) são retiradas e retocadas todas as noites. A meta é fazer com que pareçam novas todas as manhãs. O horário de início da tarefa depende da temperatura e da umidade, para que a tinta já esteja seca no horário de abertura do parque, na manhã seguinte.

Outro exemplo de como é importante a atenção aos detalhes está na forma como o Castelo da Cinderela foi construído. As pedras próximas ao solo são maiores do que as do alto. Isso faz com que o castelo pareça maior, sem torná-lo opressivo. A mesma técnica foi empregada em outras partes do parque. Na Main Street, se você comparar os andares dos prédios, verá que o segundo andar é sempre menor que o primeiro. E o terceiro menor que o segundo. O exemplo mais nítido está na loja Crystal Arts, pois as janelas do terceiro andar estão alinhadas exatamente sobre as do segundo andar e, apesar de ser um prédio de três pisos, é apenas um pouco mais alto que o prédio de dois pisos ao seu lado.

Um último exemplo. Quando os convidados chegam pela manhã, ouvem música animada; os membros do elenco recebem os convidados com vitalidade. A noite, porém, a música é suave; os membros do elenco agem com tranqüilidade. A música realça a experiência; acrescenta algo à sensação de satisfação e de bem-estar do convidado; faz com que ele se lembre com prazer da visita e deseje voltar. Mas nem um em cada mil tem consciência dessa diferença musical.

"Faria diferença se os convidados percebessem? Provavelmente, não. Provavelmente gostariam de saber. Afinal, quem quer entrar todo entusiasmado no Magic Kingdom e ser recebido por um membro do elenco todo relaxado, pacato? E quem quer terminar um longo dia no Magic Kingdom, rumando para o portão principal, cansado, mas feliz, tendo de agüentar membros do elenco pulando de lá para cá?"

29 março 2013

Rir é o melhor remédio


A foto superior mostra o exercício da marinha da Coréia do Norte. Na duas seguintes, o detalhe do Photoshop. Fonte: aqui

RBC

Texto de apresentação da primeira edição da Revista Brasileira de Contabilidade (RBC), que circulou em São em Paulo em Janeiro de 1912.

Atualmente a revista está sob a responsabilidade do Conselho Federal de Contabilidade, que recentemente publicou um livro em ceelbração aos 100 anos da Revista.


O livro pode ser baixado gratuitamente, em formato PDF (59 MB), no site do CFC (clique aqui).

APRESENTAÇÃO
O vigesimo seculo encontrou completamente trans­formada a influencia civilisadora da indústria, do com­mercio eda agricultura, influencia que cresceu e se desenvolveu prodigiosamente com as aperfeiçoadas applicações do vapor e da electricidade.
Nos tempos passados, o industrial preoccupava-se sómente com os negocios de uma reduzida clientela, e, não temendo a concurrencia, perseverava nos se­culares processos de fabricação.
O commerciante, por isso, via-se peado, sem poder desenvolver a propria iniciativa e seu campo de acção.
O agricultor, manietado por uma legislação eco­nomica oppressiva que entre nós, no Brasil colonial, permaneceu durante tres seculos, manteve-se fiel á rotina.
Com o desenvolvimento da navegação a vapor e com a expansão das estradas de ferro, appareceu um novo e consideravel scenario mercantil diante da avi­dez dos homens.
Com estes preponderantes elementos, a industria, transformando-se, centuplicou a sua potencia creadora.
O commercio, então, que assenta, em grande parte, na indústria, expandiu-se e com o auxilio, ainda, da economia financeira, conseguiu uma feição grande­mente sympathica e maleavel, especialmente na per­muta internacional.
Resulta deste estado progressivo das instifuições mercantis, que os industriaes para enfrentarem a con­currencia que diariamente avulta, são obrigados a um grande esforço para a manutenção do equilibrio das suas respectivas situações.
Sob este ponto de vista essencial, a ordem e a economia apparecem como elementos de successo na luta que absorveu os vitaes interesses das sociedades modernas.
E' exactamente, o que os homens de negocio comprehenderam depois de se terem mortificado com as licções da experiencia.
Se a ordem deve preponderar na organisação technica de uma empresa, deve também existir na sua administração; se a contabilidade não é uma causa directa da riqueza, constitue, entretanto, um consideravel elemento de absoluto successo das em­presas em geral.
Impressionados com o predominio da contabili­dade, que é o guia imprescindivel dos negocios, os espiritos dotados de forte individualidade, que pre­ponderam na direcção dos grandes paizes, reconhece­ram-na como a mais util das disciplinas profissionaes incorporadas ao actual regimen commercial.
Assim comprehendido, justifica-se o apparecimento de um periodico especial relativo á contabilidade, que tenha por objecto a defesa da verdade de seus prin­cipias e a discussão de todas as suas applicações.
Com tal escopo, apresenta-se a Revista Brasileira de Contabilidade.

Fonte: Alexandre Alcantara

Domésticas e Contador

O pagamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos empregados domésticos, que passa a ser obrigatório pela nova lei que amplia os direitos desses trabalhadores, poderá exigir a contratação de contador, diz o advogado trabalhista Frank Santos, do escritório M&M Advogados Associados, em entrevista em vídeo ao "Folhainvest".

Na avaliação do especialista, o detalhamento dos cálculos e a dificuldade de recolhimento da contribuição --até agora opcional e, por isso, não integrada à do INSS (Previdência Social), já obrigatória-- deverão gerar dúvidas.

"Existem itens, como horas extras, décimo-terceiro salário e demais adicionais [sobre os quais também incide o FGTS], que devem ser computados e não são todos os empregadores que têm condições de fazer o cálculo corretamente", afirma.

Maior prejuízo

O prejuízo de R$ 10,49 bilhões registrado pela Eletrobras no quarto trimestre de 2012 foi a maior perda trimestral já registrada na história das empresas de capital aberto, mostra levantamento da consultoria Economatica.

A estatal de energia elétrica registrou perdas bilionárias com ativos após a renovação das concessões de energia decidida pelo governo no ano passado.

As perdas por investimentos não amortizados atingiram 7,34 bilhões de reais em geração, enquanto na transmissão houve perda de 3,1 bilhões.

O prejuízo registrado pela Vale no quarto trimestre de 2012, de R$ 5,6 milhões, foi o quarto maior da história, mostra o ranking.

A consultoria listou o prejuízo trimestral de todas as empresa de capital aberto brasileiras desde 1986, e dentre os 10 maiores números, figuram quatro empresas do setor bancário e quatro de energia elétrica.

O segundo maior prejuízo foi registrado pelo Banco Nacional, de R$ 7,4 bilhões, no quarto trimestre de 1995, e a terceira posição ficou com o Banco do Brasil, de R$ 6,2 bilhões, no segundo trimestre de 1996.

Dos 10 maiores prejuízos históricos sete são de empresas com controle estatal.


Fonte: Aqui

Nike e a vitória



A empresa Nike patrocina diversos esportistas. E patrocinou também Pistorius (acusado de matar a namorada), OJ Simpson (idem) e Armstrong (de doping). As falsas propagandas mostram os três, com o símbolo da Nike: a vitória a qualquer custo. 

28 março 2013

Rir é melhor remédio

Adaptado daqui

COSO

O Coso anunciou uma atualização na norma sobre o Controle Interno (Internal Control: Integrated Framework). A mudança irá refletir as alterações ocorridas no ambiente de negócios nos últimos anos, alterando a abordagem de 1992. A data prevista para a nova abordagem é 14 de maio de 2013.

Este fato é muito importante, particularmente para as empresas que buscam uma boa governança corporativa. A norma antiga continuará disponível até 15 de dezembro de 2014.

Dados em Painel

A utilização de modelos que envolvam dados longitudinais em contabilidade e finanças tem sido recorrente. No entanto verifica-se uma falta de cuidado quanto aos critérios para a adoção de um modelo em detrimento de outro, bem como a ausência de uma discussão mais detalhada sobre os possíveis estimadores a serem estudados em cada situação. Este artigo tem por objetivo apresentar, de forma conceitual e aplicada, os principais estimadores de dados em painel que podem ser utilizados nessas áreas do conhecimento, bem como auxiliar na definição do modelo mais consistente a ser adotado, em função das características dos dados. Para um painel curto, são discutidos os modelos POLS com erros-padrão robustos clusterizados, com estimador between, efeitos fixos, efeitos fixos com erros-padrão robustos clusterizados, efeitos aleatórios e efeitos aleatórios com erros-padrão robustos clusterizados. Já para um painel longo, são discutidos os modelos com efeitos fixos, efeitos aleatórios, efeitos fixos com termos de erro AR(1), efeitos aleatórios com termos de erro AR(1), POLS com erros AR(1) e Pooled FGLS com erros AR(1). Este artigo também tem por propósito aplicar tais modelos em um caso real, com base nos dados da Compustat Global. Ao final, são apresentadas as principais rotinas para a aplicação de cada um dos modelos em Stata.

FÁVERO, L. P. L. Dados em painel em contabilidade e finanças: teoria e aplicação. BBR, v. 10, n. 1, 2013.

Conservadorismo e crescimento

Adotar um estilo de contabilidade muito conservador pode ter efeitos a longo prazo sobre o crescimento, afirma Gilles Hilary, professor associado de contabilidade e controladoria do INSEAD. Hilary e co-autores (...) acompanharam mais de 70 mil empresas de capital aberto dos EUA entre 1976 e 2006 e descobriram que as mais conservadoras com os seus procedimentos de contabilidade, maior foi o impacto sobre a sua capacidade de inovar. Um exemplo comum de contabilidade excessivamente cautelosa, as empresas "reconhecem a má notícia imediatamente", diz Hilary, com baixas contábeis completas imediatamente, em vez de espalhar um espaço de alguns anos.

Fonte: Aqui

Litígios

A conta dos grandes bancos globais com batalhas jurídicas está prestes a subir para além dos US$ 100 bilhões, à medida que investidores, seguradoras e municípios buscam ser ressarcidos por danos causados por ações ligadas ao colapso do mercado imobiliário, à crise financeira e ao escândalo de manipulação das taxas.

Este mês, o Citigroup Inc. concordou em pagar US$ 730 milhões em um acordo para pôr fim às acusações de que enganou investidores em mais de 40 emissões de ações e títulos de dívida. O Deutsche Bank AG reduziu sua meta de lucro para 2012 em 60%, citando um aumento nas reservas para cobrir litígios ligados a hipotecas nos EUA. A financiadora hipotecária controlada pelo governo, a Freddie Mac, processou mais de dez grandes bancos, alegando que conspiraram para manipular a taxa interbancária Libor.

Preocupações sobre a exposição dos bancos a caras batalhas legais, e se eles têm reservas suficientes para cobrir os custos sem reduzir o lucro futuro, continuam a pesar sobre a cotação das ações dessas instituições. Embora os lucros estejam aumentando, as reservas de capital continuem engordando e a economia americana dando sinais de expansão, as ações de muitas das maiores empresas financeiras estão sendo negociadas abaixo do seu valor contábil ou valor líquido.

"Parece que sempre há uma nova manchete negativa, o que tem mantido os investidores de fora", diz Jason Goldberg, analista da Barclays PLC.

Juntos, os maiores bancos dos EUA - Citigroup, J.P. Morgan Chase Co., Bank of America e Wells Fargo - pagaram o total de US$ 61,3 bilhões em acordos para resolver litígios ligados à crise de crédito e hipotecária nos últimos três anos, segundo a SNL Financial. A firma americana de pesquisa Compass Point Research Trading LLC estima que os bancos americanos vão acabar devendo outros US$ 24,7 bilhões relacionados à recompra de empréstimos hipotecários com problemas. E não está claro quão grande poderão ser as obrigações no caso de alegações de manipulação da Libor.

O caso da Libor ameaça superar os litígios relacionados à crise hipotecária por causa da escala das supostas infrações. A taxa de juros está ligada a trilhões de dólares em empréstimos e contratos financeiros e foi chamada de "número mais importante do mundo" em 2009 pela Associação dos Banqueiros Britânicos, uma frase que agora está sendo reproduzida em inúmeras ações coletivas. A associação é responsável pela administração do processo de definição das taxas.

As estimativas de ressarcimento de danos variam muito, desde os US$ 7,8 bilhões que o Morgan Stanley prevê que os bancos devem aos US$ 176 bilhões calculados pela Macquarie Research.

"A Libor é a grande incerteza agora, porque o caso ainda está apenas em fase preliminar", diz Micah Green, um dos presidentes da divisão de serviços financeiros do escritório de advocacia Patton Boggs LLP, em Washington.

Barclays, UBS AG e Royal Bank of Scotland Group PLC concordaram em fazer um acordo com reguladores dos EUA e Reino Unido sobre a Libor, totalizando cerca de US$ 2,5 bilhões. As investigações em outros bancos continuam. Representantes do Barclays, UBS e do RBS não quiseram comentar.

Entre os grandes investidores que estão considerando potenciais ações legais estão o California Public Emplyees' Retirement System, ou Calpers, o fundo de aposentadoria dos funcionários públicos da Califórnia; a BlackRock Inc.; a Vanguard Group Inc. e a Federated Investors Inc. As partes requerentes em processos civis individuais devem provar não só que os bancos manipularam a taxa de juros, mas que também foram vítimas de danos como resultado.

Analistas e investidores discordam sobre se os bancos têm reservas suficientes para cobrir ações legais futuras e os bancos não estão dando muita informação a respeito. Qualquer soma que os bancos devam que excedam suas reservas poderiam afetar os lucros futuros e restringir sua capacidade de recompensar investidores com dividendos e recompra de ações. Em geral, os executivos dos bancos dizem que suas ações estão subvalorizadas e consideram recompras e dividendos como ferramenta para ganhar a simpatia do mercado.

Decisões judiciais poderiam ter um peso considerável sobre se as reservas de capital dos bancos são adequadas. Uma decisão, em setembro, tomada pelo Tribunal de Recursos do 2º Circuito dos EUA, em Nova York, pode aumentar o tamanho das ações coletivas, permitindo que seus autores representem uma classe de valores mobiliários que vai além daqueles em que o autor investiu diretamente, dizem alguns analistas jurídicos.

"As ações coletivas poderão agora cobrir classes de ativos cada vez maiores", diz Isaac Gradman, um advogado do escritório Perry Anderson Miller  Johnson LLP Moskowitz, da Califórnia. "Requerentes que não conseguiram se organizar para processar podem agora optar em participar destas ações coletivas mais amplas."

Mesmo os investidores que estão otimistas sobre as cotações das ações dos bancos dizem que não podem deixar de se preocupar com os riscos dessas ações legais. "Não ajuda o fato de que o governo continua processando esses bancos", diz Randy Warren, diretor de investimentos de Warren Financial Services, que administra uma carteira de US$ 80 milhões.

Litígios podem custar US$ 100 bi a grandes bancos - 27 de Março de 2013 - Valor Econômico - Suzanne Kapner | The Wall Street Journal

Eucatex

O Ministério Público de São Paulo afirma que a família do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) está buscando escapar do pagamento de condenações judiciais com a transferência do patrimônio da empresa da qual é dona, a Eucatex, para uma nova companhia do grupo, a ECTX.

Para a Promotoria, essa operação constitui fraude e tem como objetivo "desidratar" a Eucatex para evitar que os bens da companhia sejam usados para pagar indenizações nas ações judiciais em que Maluf foi acusado de desviar dinheiro da prefeitura.

O vice-presidente da Eucatex, José Antônio Goulart de Carvalho, nega a acusação. Ele afirmou à Folha que a transferência do patrimônio da empresa para a ECTX ocorreu porque a nova companhia será a protagonista de um novo modelo de gestão, mais transparente, a ser adotado.

Em julho do ano passado, a Eucatex transferiu R$ 320 milhões de seu patrimônio para a ECTX. Em maio e outubro, a empresa informou, em comunicados de "fato relevante" ao mercado, que havia iniciado um "processo de reorganização acionária" para transferir seu acervo. (...)

A Eucatex e Maluf são réus em processo no qual a Promotoria pede a devolução de US$ 153 milhões (R$ 308 milhões) que teriam sido desviados da prefeitura, remetidos ao exterior e depois investidos na Eucatex por meio de operações financeiras. (...)


Promotoria acusa Maluf de blindar bens de empresa - 25 de Março de 2013 - Folha de São Paulo - FLÁVIO FERREIRA

Goma de Mascar

A goma de mascar não ajuda a perder peso, conforme revelou um estudo. Na realidade, a goma induz as pessoas a comerem mais alimentos de baixa qualidade nutricional, como batata frita, biscoito ou doce. O sabor do mentol, presente na goma, reduz o desejo de comer frutas e legumes, uma vez que a goma altera o sabor dos alimentos.

Mas uma segunda pesquisa mostrou que o consumo pode ajudar na capacidade de concentração.

Fonte: Aqui

27 março 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Proficiência em Inglês

O mapa apresenta os países segundo o índice de proficiência em inglês. Em azul, os países onde a população é muito proficiente. Basicamente a Escandinávia. Em vermelho, as pessoas são proficientes, representado pela Alemanha e vizinhos. De laranja, moderadamente proficiente, que inclui Argentina, Ibéria, França e Índia (mas esta foi colonizada pela Inglaterra). De verde, baixa proficiência, que está representado pelo México, Rússia, China, Peru, Uruguai, entre outros. De amarelo, muito baixa proficiência, que está o Brasil.

E iremos receber turistas na Copa e Olimpíadas.

26 março 2013

Faleceu Lino Martins

Faleceu o professor Lino Martins. Especialista na área pública, Lino fazia parte do Conselho Editorial da RBC e do Conselho Científico da Repec, tendo participação expressiva nas discussões da área pública no Brasil. Era português de nascimento, mas brasileiro de coração, já que vivia desde os 7 anos no Rio de Janeiro. Foi professor do mestrado da UERJ, além de ter ministrado aulas na Gama Filho. Tem livro na área de contabilidade governamental, além de capítulos de livros e artigos.

E era blogueiro. Numa área tão carente, as postagens do professor Lino era uma luz numa área tão carente.

A notícia do falecimento pode ser encontrada aqui ou aqui. Um perfil dele, escrito por ele mesmo, aqui

Rir é o melhor remédio




Exemplos de falhas na propaganda

Efeito Mateus

O termo “efeito Mateus” foi criado pelo sociólogo Merton na década de sessenta. A inspiração está numa história da bíblia (existente no Evangelho de Mateus - foto), contada por Jesus, onde o senhor deu a três empregados 5, 2 e 1 talento. O que recebeu mais conseguiu duplicar o dinheiro; aquele que recebeu 2 talentos também dobrou a quantia; mas aquele que recebeu 1 talento escondeu seu dinheiro embaixo da terra, com medo de roubarem. Ao pedir conta do dinheiro, o senhor repreende o servo que recebeu 1 talento, dizendo que ele foi mau e preguiçoso: “tirai este talento e daí ao que tem dez. Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter”.

Merton usou esta parábola para caracterizar as situações onde pequenas diferenças iniciais são ampliadas no tempo. Malcolm Gladwell, no livro Outliers, conta o caso dos meninos que são selecionados para compor um time de futebol. Em geral esta seleção é feita por idade. Assim, os garotos de oito anos serão selecionados para formar um grupo de jogadores com esta idade. O problema é que o menino que nasceu em janeiro tem uma vantagem sobre o garoto que nasceu em dezembro de quase um ano. Esta pequena vantagem inicial faz com que a criança que nasceu em janeiro seja considerada como mais apta ao esporte que seu colega que tem dezembro como data de nascimento. Assim, os garotos que nasceram no início do ano acabam prevalecendo sobre os demais. Isto caracteriza o efeito Mateus.

Três pesquisadores tentaram verificar a existência do efeito Mateus na área acadêmica. Pierre Azoulay, Yanbo Wang e Toby Stuart usaram artigos científicos para verificar se os pesquisadores, e seus artigos, que foram premiados com o Howard Hughes Medical Investigator sofriam a influencia da fama. A resposta foi afirmativa. E o efeito Mateus é significante quando existe uma incerteza sobre a qualidade do artigo. Isto ocorre, por exemplo, quando estou na dúvida se um artigo é bom, mas diante de um nome conhecido, decido ler.

Apesar disto, os autores fazem um alerta: o efeito Mateus é superestimado na literatura. Isto justifica o título do artigo: efeito ou fábula?

Fonte: Azoulay, Pierre; Wang, Yanbo; Stuart, Toby. Matthew: Effect or Fable? Working paper, dez 2012,

GRI: Global Reporting Initiative

Por Isabel Sales

Em "Canibais com Garfo e Faca" John Elkington afirma que um novo paradigma da transparência incluirá a comunicação aberta, baseada no direito de saber, que será acumulada na abordagem triple bottom line (TBL). A TBL envolve acessar os valores de uma entidade, suas estratégias e práticas, e como esses podem ser utilizados para atingir os objetivos econômicos, ambientais e sociais, sempre considerando uma forma de minimizar qualquer dano resultante de suas atividades. Enquanto relatórios financeiros tradicionais focam primariamente a lucratividade e outras performances financeiras, a dimensão econômica da TBL tem a intenção de capturar e apresentar uma visão compreensiva da interação da corporação com todos os stakeholders.

A Global Reporting Initiative (GRI) é uma instituição independente com o propósito de desenvolver e disseminar diretrizes para relatórios de sustentabilidade (sustainability reporting guidelines) globalmente aplicáveis. A GRI é pioneira no desenvolvimento e divulgação da triple bottom line (TBL) e é um centro de colaboração extraoficial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP).

As diretrizes para relatórios de sustentabilidade da GRI, que são revisadas e atualizadas a cada dois anos, se tornaram um dos mais respeitados guias para a abordagem TBL e parte do princípio que os stakeholders exigem informações sociais e ambientais que acrescentem credibilidade quanto a interação entre uma empresa e o meio-ambiente. Espera-se que com a adoção dessas haja redução de inconsistência nas informações de evidenciação ambiental.

Teoricamente, vários fatores direcionam essa mudança na forma de divulgação adotada pelas empresas. A comunicação eficiente com stakeholders exerce um papel importante em suas percepções, portanto acredita-se no poder de proteger e melhorar a reputação da empresa. Mais de 50% dos fiduciários de fundos de pensão britânicos buscam objetivos não financeiros – não necessariamente porque acreditam que estão seguindo o interesse dos usuários, mas também para proteger seus "bons nomes" do ataque de ativistas ("Ethical Investment: Deconstructing The Myth").

Além disso, um número crescente de investidores inclui fatores sociais e ambientais em seu processo decisório. A publicação de relatórios de TBL é uma forma de aumentar a atratividade a esse grupo ao assegurar que a empresa está aliando a sua comunicação e a sua atitude aos interesses desses acionistas. Ademais, acredita-se haver um efeito positivo no preço das ações.

Há ainda um crescente número de evidências que sugerem que as performances econômica, social e ambiental têm a capacidade de afetar as opiniões dos participantes do mercado sobre a exposição da empresa a riscos. Segundo o The Allen Consulting Group, o risco, nesse caso, não considera somente o de investimento, mas também a pressão política e da comunidade, além de ameaças ambientais.

Atualmente a TBL existe como uma forma de balanced scorecard que captura em números e palavras o grau em que uma companhia está, ou não, criando valor para seus acionistas e para a sociedade. O termo também é usualmente utilizado como sinônimo para sustentabilidade, em grande parte devido à referência da SustainAbility à relação entre os três aspectos da triple bottom line. As três linhas representam a sociedade, a economia e o meio-ambiente. A sociedade depende da economia – e a economia depende do ecossistema global, cuja saúde representa a linha máxima de resultado.

Google

Uma análise de 39 serviços ofertados pelo Google que foram descontinuados, em média eles duram cerca de 1500 dias. Ou um pouco mais de quatro anos. Neste sentido, o Reader, que deverá ser descontinuado em julho para desespero dos blogueiros, durou 2 824 dias.

IAS 19: Proposta de Alteração

O IASB divulgou uma proposta de alteração do IAS 19, sobre planos de benefícios a empregados. As mudanças seriam no sentido de reduzir a complexidade da aplicação da atual norma. Os comentários serão aceitos até 25 de julho.

Fifa e a Copa

Uma projeção feita pela BDO, empresa de auditoria e consultoria especializada em análises econômicas, financeiras e mercadológicas, aponta que a Copa do Mundo de 2014 no Brasil vai render para a Fifa a maior arrecadação de sua história: nada menos do que US$ 5 bilhões entrarão nos cofres da entidade (cerca de R$ 10 bilhões).

O valor é 36% superior em comparação ao montante obtido com o Mundial da África do Sul (US$ 3.655 bilhões), em 2010, e 110% maior do que o arrecadado na Copa de 2006, na Alemanha, que rendeu US$ 2.345 bilhões. A maior parte do dinheiro vem dos direitos de transmissão pela tevê, seguido pelo marketing gerado em torno do evento. (...)
O Mundial de 1990, na Itália, rendeu para a Fifa US$ 57 milhões em receitas com direitos de tevê e, após oito anos, a entidade arrecadou US$ 138 milhões na França. Depois, em 2002, Coreia e Japão sediaram o evento que proporcionou à entidade um crescimento de 466% nas receitas - US$ 782 milhões foram pagos por emissoras que transmitiram o torneio no Oriente.

Análise da BDO feita em cima de balanços da Fifa aponta que a entidade apresentou receita total de US$ 1,07 bilhão em 2011, evolução de 86% em comparação ao ano de 2003. O lucro líquido acumulado entre 2007 e 2010 foi de US$ 631 milhões, sendo que a Copa da África foi responsável por 90% desse montante.

“O mercado ‘Copa do Mundo’ cresce em velocidade rápida a cada edição do evento. E a tendência é de seguir em alta para os próximos da Rússia e do Catar, países com poder econômico muito forte”, diz Pedro. “Não estamos tratando apenas da transmissão de um jogo de futebol. É diferente. Um mundial representa uma luta feroz pelos direitos de transmissão. A emissora que transmite esse evento vence a concorrência, torna-se a melhor. Ela paga uma fortuna por esses direitos, mas vai arrecadar muito com publicidade e terá lucro”, exemplifica o executivo.

O aumento da arrecadação da Fifa a cada mundial também reflete nas premiações dadas às seleções. Em 2002, a CBF embolsou US$ 7,59 milhões após a seleção vencer a Alemanha na decisão. A Itália, campeã do mundo em 2006, recebeu US$ 19,3 milhões e a Espanha, que conquistou sua primeira estrela em 2010, na África do Sul, ganhou US$ 30 milhões. Para 2014, a Fifa já anunciou que o campeão levará ao seu país US$ 40 milhões.
Se para a Fifa a organização de um mundial rende lucro exorbitante, para os países-sede receberem o evento é interessante tanto na parte financeira quanto no legado [1]. “O que muda é a forma como os países tratam do assunto. Isso é questionável, o Mundial em si, não”, diz Pedro. “A previsão é de que a Copa impacte em até 1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional”, afirma o analista. Em termos de comparação, em 2012 o crescimento do PIB do País ficou em 0,9%.

[1] Há muitas dúvidas quanto a isto.

Como funciona a pirâmide?

Fonte: Aqui

25 março 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

1905 e o Curso Comercial no Paraná


No início de 1905, o Chefe do Estado do Paraná baixou um decreto com a criação do Instituto Commercial (Lei 587 de 18 de março de 1905). Em 1906 o instituto estava funcionando com 59 alunos matriculados. Naquela época, Minas (através da Academia de Commercio de Juiz de Fóra, de 1894), São Paulo (Escola de Commercio, de 1902) e o Distrito Federal (ou Rio de Janeiro) já possuíam ensino comercial regular. Destaque-se que somente a Argentina (desde 1872) e os Estados Unidos possuíam ensino comercial na América.

O ensino comercial seria de três anos, com um curso preparatório e um “curso superior”.  O detalhamento do conteúdo encontra-se a seguir:

Curso Preparatório: caligrafia; português – exercício de ortografia e redação; línguas estrangeiras; princípios de contabilidade; aritmética; álgebra elementar; geometria elementar; noções de física e química; história e geografia; desenho.

Curso Superior: caligrafia; línguas estrangeiras; contabilidade; matemática aplicada ao comércio; estudo de mercadorias; análise e manipulações; estudo de transportes; utensílios comerciais; geografia comercial; história do comércio; elementos de direito civil e processo; legislação comercial, marítima e industrial; legislação financeira e aduaneira; economia política; desenho.

Perceba o leitor a ênfase elevada na troca comercial, incluindo aquela com outros países. Na fase de criação, os documentos existentes na Biblioteca Nacional mostram com mais detalhes os conteúdos que eram ministrados no país, através dos parâmetros das “experiências feitas nos diversos países e como é dado na Academia de Commercio de Juiz de Fóra”. Gostaria de destacar particularmente três disciplinas: contabilidade, matemática aplicada e análise e manipulações.

Em contabilidade geral e prática de escritório, os estudos são divididos em três partes: comercial (transportes por terra, operações de compra e venda, instituições especiais do comércio), financeira (bancos, câmbio, bolsa de seguros, contabilidade pública e administrativa e da contabilidade da indústria em geral) e trabalhos práticos (correspondência e conhecimento completo – teórico e prático – dos livros comerciais).

O conteúdo de matemática aplicada era ensinado juros, descontos, contas correntes, cheques, metais preciosos e sistema monetário, operações da Bolsa e cambio, operações financeiras a longo prazo, fundo do Estado, valores industriais, empréstimos, loterias, operações de companhias de seguros.

O nome análise das manipulações é realmente estranho. Mas o conteúdo é bastante atual: “é um curso essencialmente prático, permitindo aos alunos a decomposição dos produtos comerciais, ensaios, reconhecimento das falsificações que constantemente se praticam”. 

Crianças de oito anos publicam estudo científico sobre abelhas

Os pequenos provaram que para fazer ciência não há idade. O grupo de crianças do Reino Unido é o mais jovem a publicar um artigo científico. O trabalho deles, que aparece na revista Biology Letters, prova que as abelhas reconhecem as flores que oferecem pólen através das cores.

No relatório eles escrevem “descobrimos que as abelhas usam uma combinação de cores e de noções espaciais para decidir de quais flores se alimentar. Também descobrimos que a ciência é divertida, pois nós conseguimos fazer o que ninguém tinha feito antes”.
Se você entende inglês, vale a pena ler o trabalho original. Ele é completamente escrito com o discurso das crianças, incluindo vocalizações dos sons das abelhas.

Real science has the potential to not only amaze, but also transform the way one thinks of the world and oneself. This is because the process of science is little different from the deeply resonant, natural processes of play. Play enables humans (and other mammals) to discover (and create) relationships and patterns. When one adds rules to play, a game is created. This is science: the process of playing with rules that enables one to reveal previously unseen patterns of relationships that extend our collective understanding of nature and human nature. When thought of in this way, science education becomes a more enlightened and intuitive process of asking questions and devising games to address those questions. But, because the outcome of all game-playing is unpredictable, supporting this ‘messyness’, which is the engine of science, is critical to good science education (and indeed creative education generally). Indeed, we have learned that doing ‘real’ science in public spaces can stimulate tremendous interest in children and adults in understanding the processes by which we make sense of the world. The present study (on the vision of bumble-bees) goes even further, since it was not only performed outside my laboratory (in a Norman church in the southwest of England), but the ‘games’ were themselves devised in collaboration with 25 8- to 10-year-old children. They asked the questions, hypothesized the answers, designed the games (in other words, the experiments) to test these hypotheses and analysed the data. They also drew the figures (in coloured pencil) and wrote the paper. Their headteacher (Dave Strudwick) and I devised the educational programme (we call ‘i,scientist’), and I trained the bees and transcribed the childrens' words into text (which was done with smaller groups of children at the school's local village pub). So what follows is a novel study (scientifically and conceptually) in ‘kids speak’ without references to past literature, which is a challenge. Although the historical context of any study is of course important, including references in this instance would be disingenuous for two reasons. First, given the way scientific data are naturally reported, the relevant information is simply inaccessible to the literate ability of 8- to 10-year-old children, and second, the true motivation for any scientific study (at least one of integrity) is one's own curiousity, which for the children was not inspired by the scientific literature, but their own observations of the world. This lack of historical, scientific context does not diminish the resulting data, scientific methodology or merit of the discovery for the scientific and ‘non-scientific’ audience. On the contrary, it reveals science in its truest (most naive) form, and in this way makes explicit the commonality between science, art and indeed all creative activities.

Segundo as crianças, sua visão de ciência mudou completamente com a pesquisa. Como não foram confrontadas apenas com fatos e puderam realmente fazer parte do processo de construção do conhecimento, elas ficaram mais interessadas.

Fontes: Aqui e Aqui

Atuação

"Ser profissional significa colocar suas ideias pessoais de lado e ser esperto". Essa visão pragmática do mundo do trabalho é do psicólogo britânico Oliver James [foto], 59, autor do livro recém-lançado "Office Politics" (política corporativa), em que divide os chefes em personalidades como psicopatas, narcisistas ou maquiavélicos.
Leia trechos da entrevista.

Folha - A política não foi sempre importante nas empresas?
Oliver James - À medida que se sai de um cenário de empregos nos quais é fácil medir a contribuição de alguém, como o número de bonecas ou de barcos que você produz em um dia, a política se torna mais importante. Agora, a maioria das pessoas trabalha na indústria de serviços e a influência de alguém para o lucro da empresa é mais difícil de mensurar. Por isso, o modo como a sua contribuição é percebida tem um efeito maior em quanto você ganha ou na hora de decidir uma promoção.

Isso inclui mentir?
É preciso aceitar a política e ver isso como uma parte importante do seu dia a dia, mesmo que você não seja muito ambicioso, ou você vai ser intimidado e manipulado. Todos nós contamos mentiras e temos de atuar um pouco. Não é necessário mudar radicalmente, mas, sim, desenvolver um personagem, aprender a interpretar.

*Mas isso é cansativo... *
O que é cansativo é outras pessoas menos talentosas terem trabalhos mais interessantes do que você. Não é cansativo se você aprender a ser autêntico por meio de um personagem. E você já o tem, mesmo sem saber. É preciso descobrir qual é o seu papel e ajustá-lo.

O melhor é ser legal com as pessoas ou que elas tenham medo de você?
Ser legal pode funcionar, mas não necessariamente. Bajular um narcisista pode ser uma boa ideia, se você souber atuar bem agindo dessa forma. Por isso a performance é tão importante: se você não for convincente como bajulador, se você não é dessa forma geralmente, a pessoa vai perceber e o plano pode dar errado.

Como fazer isso, então?
Um narcisista quer sentir que é importante, que é maravilhoso. Você pode dizer isso a alguém que ele conheça e que pode retransmitir a informação. Esse "louvor" vai chegar ao seu chefe.

E como lidar com alguém maquiavélico?
O mais é importante é saber que eles são assim, e muito do que eles estão dizendo sobre você simplesmente não é verdade. É preciso estar ciente de que mentiras podem estar sendo ditas sobre você no escritório, de que seus colegas podem estar recebendo informações mentirosas. Saber disso é metade da batalha. A outra é começar a corrigi-las.


Fonte: Aqui

Panair

Documentos reunidos pelo empresário Rodolfo da Rocha Miranda, filho de Celso da Rocha Miranda (1917-1986), um dos dois donos da companhia aérea Panair do Brasil, indicam que a falência da empresa, decretada em 1965, resultou de perseguição do governo militar (1964-1985). Os alvos eram Celso e seu sócio Mario Wallace Simonsen, ligados a Juscelino Kubitschek, presidente da República de 1956 a 1961 e posteriormente opositor da ditadura instalada após o golpe militar que derrubou o presidente constitucional, João Goulart, chefe de Estado de 1961 a 1964.

Quando a empresa pediu concordata, o governo instituiu um decreto que impedia empresas aéreas de usar esse instrumento legal. Foi então decretada a falência da Panair. Depois, quando a empresa conseguiu pagar seus credores e, por lei, poderia voltar a operar, o governo criou novo decreto impedindo empresa aérea que houvesse falido de retomar os voos. Relatórios do governo indicam que a Panair não era insolvente e operava sem irregularidades. (...)

A Panair era a maior companhia aérea brasileira, com 5.000 funcionários, quando teve suas licenças de voo cassadas pelo governo militar, em 10 de fevereiro de 1965, sem nenhum aviso prévio. As rotas foram distribuídas às demais companhias, principalmente à Varig. Cinco dias depois, foi decretada a falência da Panair, sob o argumento de que a empresa estava em grave situação econômica e isso representaria risco à segurança dos voos. Essa situação nunca foi comprovada.


Fonte: Aqui. Foto Aqui

Evidenciação

O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) apresentou na semana passada o projeto de lei 5061, que elimina a obrigatoriedade da publicação dos balanços de empresas privadas e públicas nos jornais impressos. Em pronunciamento no plenário da Câmara Federal, ele argumentou que “isso gerará uma economia enorme para os cofres das empresas”.

Fonte: Aqui

Aneel, Rede e Bertin

Para ajudar nas negociações pela troca de comando da Rede Energia, a Aneel cancelou contratos que impediram o lançamento de até R$ 2,5 bilhões em dívidas no balanço das concessionárias.

O "perdão" foi dado em duas etapas no final do ano passado e abriu um precedente jurídico para que outras distribuidoras venham se valer dos mesmos artifícios futuramente, caso se envolvam em problemas financeiros.

Em fevereiro deste ano, a agência cancelou os contratos entre o grupo Bertin (que hoje pertence à JF) e quatro concessionárias da Rede --Celtins (TO), Cemat (MT), Bragantina e Nacional (SP).

O Bertin construiria usinas termelétricas e vendeu a energia que seria gerada por um preço acima da média do mercado para as quatro distribuidoras da Rede Energia.

Esses contratos gerariam débitos que variavam de R$ 1 bilhão a R$ 1,8 bilhão, segundo apurou a Folha.

O problema é que o Bertin não construiu as usinas e, em 2012, às vésperas da efetivação do contrato (fornecimento de energia), as distribuidoras também não tinham como honrá-lo, porque estavam sob intervenção.

Recentemente, a agência também permitiu que a empresa deixasse de contabilizar no balanço a maioria dos contratos de empréstimos feitos entre as concessionárias do Grupo Rede, que totalizam cerca de R$ 700 milhões.

Esses contratos foram uma manobra financeira da Rede para que suas concessionárias endividadas e sem caixa suficiente pudessem pagar os encargos setoriais -que venciam em intervalos de tempo diferentes- para ter direito ao reajuste tarifário.

Até o fechamento desta edição, a Aneel não respondeu sobre os motivos que levaram aos cancelamentos das dívidas.


Decisão da Aneel evita débito de até R$ 2,5 bilhões - AGNALDO BRITO / JULIO WIZIACK

Resumo: O Mundo é Plano

Por Isabel Sales

O MUNDO É PLANO
Uma breve história do século XXI

Thomas L. Friedman


COMO O MUNDO SE ACHATOU


No primeiro capítulo Friedman trata de uma viagem que fez com uma equipe do canal de televisão Discovery Times para a Índia e outros países do Oriente. Um dos seus propósitos era pesquisar os componentes lógicos, a inteligência, os algoritmos complexos, o trabalho intelectual, os call centers, os protocolos de transmissão, as últimas novidades da engenharia óptica presentes no país.
Foi realizada uma entrevista com o CEO de uma das pérolas do mundo da tecnologia da informação indiana, que afirmou que os indianos estavam ajudando a “aplainar o terreno”. A Índia estava cada vez mais entrosada com os desenvolvimentos tecnológicos. Países estrangeiros contratam seus funcionários para as suas empresas, sem que esses precisem deixar o país devido às facilidades de comunicação tecnológicas.
“Tudo o que puder ser digitalizado também poderá ser terceirizado para alguém mais esperto ou mais barato, ou as duas coisas”.
            O primeiro capítulo fala principalmente da terceirização dos serviços de call centers americanos para a Índia. Trata da facilidade da terceirização desses serviços em decorrência da tecnologia que cria facilidades para a comunicação com qualquer parte do mundo, da organização logística, do incentivo à participação universitária em decorrência da vantagem da diferença de fusos (os universitários assistem aulas durante o dia e trabalham a noite já que nos EUA é dia), dos treinamentos de inglês para os atendentes, focalizando a acentuação do sotaque referente à região que estarão lidando.
            No segundo capítulo são abordadas “dez forças que achataram o mundo:
   
Força nº 1.
9 de Novembro de 1989
Quando os muros ruíram e as “janelas” se abriram
“A queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, liberou forças que acabariam libertando todos os povos dominados pelo Império Soviético – mas, na realidade, fez também muito mais que isso: inclinou a balança do poder mundial para o lado dos defensores da governança democrática, consensual, voltada para o livre mercado, em detrimento dos adeptos do governo autoritário, com economias de planejamento centralizado”.
“A queda do Muro de Berlim abriu caminho não só para que mais pessoas pudessem explorar os fundos de conhecimento umas das outras, como também para a adoção de parâmetros comuns com relação a como gerir economias, como fazer a contabilidade, como conduzir o sistema bancário, como construir computadores pessoais e como redigir trabalhos de economia”.
Nesse mesmo período o sistema Windows se estabeleceu como principal sistema operacional. Dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo tornaram-se programadores, a fim de colocar o PC para fazer o que quer que desejassem em sua própria língua.
  
Força nº 2.
9 de Agosto de 1995
O dia em que o Netscape foi para a bolsa
            Em meados da década de 90 houve a modificação de uma plataforma de computação baseada em PC para outra baseada na Internet. O primeiro browser a se disseminar foi desenvolvido pela Netscape, que abriu seu capital em bolsa em 9 de agosto de 1995. Após uma semana foi lançado o Windows 95 que incluía suporte à Internet.
            “O Netscape desempenhou outro papel fundamental no achatamento do mundo: ajudou a tornar a Internet efetivamente interoperável”.
            O capítulo fala sobre o desenvolvimento do Netscape, a abertura do capital e como uma ação que esperava ser vendida a US$ 28 iniciais alcançou US$ 71. No fechamento do dia estava a US$ 56, exatamente o dobro do inicialmente estipulado.
            Naquele período houve aumento dos investimentos nas ações da Internet. Segundo Bill Gates os booms e bolhas podem ser perigosos para a economia (empresas ponto-com falindo, pessoas perdendo empregos), mas também tendem a acelerar o ritmo das inovações. “Foi isso que aconteceu com o boom das ações da Internet: provocou um gigantesco excesso de investimentos em empresas de cabos terrestres e submarinos de fibra óptica, acarretando uma redução drástica no custo das chamadas telefônicas ou transmissão de dados para qualquer parte do mundo”. O investimento exagerado em cabeamentos dá frutos até hoje, graças à natureza peculiar da fibra óptica.
  
Força nº 3.
Softwares de Fluxo de Trabalho
Vamos trocar figurinhas: coloque o seu aplicativo para conversar com o meu.
“Com a derrubada dos muros e o PC, o Windows e o netscape permitindo que seus usuários se ligassem como nunca antes, não demorou muito para que toda essa gente conectada já não se contentasse mais em apenas navegar e trocar e-mails, mensagens instantâneas, fotos e músicas por meio da Internet. Queriam também desenhar, projetar, criar, vender e comprar coisas, monitorar estoques, cuidar dos impostos de alguém e analisar a radiografia de um paciente de outro lado do mundo. E mais: queriam fazer isso de e para qualquer lugar, de e para qualquer computador, sem qualquer empecilho.” Era necessária uma Internet capaz de ligar qualquer um dos programas a qualquer programa de outra pessoa, só assim seria possível trabalhos em conjunto.
Em fins da década de 90 foram desenvolvidos a linguagem de descrição de dados XML, e seu respectivo protocolo de transporte, o SOAP. Esses foram fundamentos técnicos para a interação entre os diversos programas, a qual por sua vez seria a pedra angular do fluxo de trabalho via web. “Agora o trabalho podia ir para onde bem entendesse”.
  
Força nº 4.
Código Aberto
Comunidades de colaboração que se auto-organizam
“O movimento do código aberto envolve milhares de pessoas de todo o mundo que se reúnem on-line para escrever de tudo juntos, desde seu próprio software e seus próprios sistemas operacionais até seus próprios dicionários e fórmulas de refrigerante – sempre criando tudo da estaca zero, em vez de aceitarem formatos ou conteúdos impostos de cima para baixo pelas hierarquias corporativas.  A expressão ‘código aberto’ traduz a intenção de empresas ou grupos específicos de disponibilizarem on-line o código-fonte e permitirem que todos os que tiverem alguma contribuição a dar o aprimorem e deixem que milhões de outros simplesmente o baixem, de graça, para seu uso pessoal.”
O movimento do software livre tornou-se um sério desafio à Microsoft e outras grandes empresas da área. O questionamento é o seguinte: “como estimular a inovação se todo mundo está trabalhando de graça e dando seu trabalho de presente?”. A Microsoft reconhece que certos aspectos do movimento são intrigantes, “sobretudo no tocante à escala, à colaboração da comunidade e à comunicação”. Mas acreditam basicamente numa “indústria de software comercial, e algumas variáveis do modelo código aberto batem de frente com o modelo econômico que permite às empresas realizar suas atividades nesse campo”.
Como comenta a The Economist (10 de junho de 2004): “não faltam radicais que acreditam até que  código aberto representa um novo modelo de produção pós-capitalista”.
  
Força nº 5.
Terceirização
O ano 2000
            A Índia é um país praticamente desprovido de recursos naturais que elevou à perfeição uma arte – a de explorar os cérebros da sua gente, por meio de uma qualificação de uma parcela relativamente vasta das suas elites nos campos das ciências, engenharia e medicina.    
“O ano 200 deflagrou a disputa por cérebros indianos que cuidassem da programação dos computadores para enfrentar o bug do milênio. A Índia era o único lugar com profissionais em quantidade suficiente para o cumprimento da missão. Em seguida veio a explosão das ponto-com, logo após o ano 2000: a índia é um dos poucos lugares onde se encontram, por qualquer preço, engenheiros de sobra com domínio da língua inglesa. Aí a bolha ponto-com estoura, deixando o mercado acionário em pandarecos, e os recursos para investimento desaparecem. Tanto as empresas americanas de TI que sobreviveram ao desastre quanto as de capital de risco ainda dispostas a financiar organizações iniciantes dispunham agora de muito menos verba pra gastar. Os engenheiros indianos eram necessários não só pr serem muitos, mas exatamente em virtude de seu custo inferior.”
“Diante das enormes pressões de custo e da consolidação do processo de achatamento do mundo, o contexto econômico forçou as pessoas a tomar medidas que elas jamais pensaram que teriam de ou poderiam tomar. (...) A globalização ficou sobrecarregada”, tanto para a produção quanto para o trabalho intelectual. Os administradores descobriram que podiam ir ao MIT (Massachusetts Institute of Technology) e conhecer quatro engenheiros chineses competentíssimos que estavam prestes a voltar para seu país e a trabalhar de lá pelo mesmo custo de se contratar um único engenheiro nos EUA.
  
Força nº 6.
Offshoring
Correndo com antílopes e comendo com os leões
            Na terceirização uma empresa terceiriza uma determinada função, até então realizada por seus próprios funcionários, quando contrata uma outra empresa para realizar em seu lugar exatamente a mesma função, que é em seguida reintegrada ao conjunto das suas operações como um todo. No offshoring uma empresa pega uma de suas fábricas de Canton, Ohio, e transfere para o exterior – para Cantão, na China, por exemplo -, onde produzirá exatamente o mesmo produto, exatamente da mesma maneira, só que com a mão-de-obra mais barata, uma carga tributária menos, energia subsidiada e menos gastos com os planos de saúde dos funcionários.
            A seção fala, principalmente, sobre a entrada da China na OMC e o investimento das empresas americanas em offshoring nesse país. “Há ali mas de 160 cidades de população superior a 1 milhão de habitantes. Hoje, a gente vai a cidades da costa leste de que nunca ouviu falar e descobre que lá se fabrica a maior parte das armações de óculos do mundo, ao passo que na cidade vizinha é produzida a maior parte dos isqueiros do mundo, e na seguinte são feitos quase todos os monitores de computador da Dell, enquanto outra está se especializando em telefones celulares”.