Logo no início do livro Privatize Já (CONSTANTINO, Rodrigo. Privatize Já. São Paulo: Leya, 2012) uma citação de Milton Friedman: “se colocarem o governo federal para administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia”. A obra de Rodrigo Constantino defende as vantagens da iniciativa privada, em detrimento da participação do estado na economia. O autor faz uma aposta: nos próximos cinco anos, os países que mais diminuírem a presença do estado irão avançar mais do que os países que mais aumentarem. Ou seja, ele acredita naquilo que escreve.
O livro está dividido em cinco partes. Na primeira, o autor aponta as vantagens da privatização, usando exemplos de diversos países. A seguir, uma discussão sobre como a privatização melhorou a vida no nosso país. A análise passa por diferentes setores que experimentaram o processo, como a telefonia e a mineração. Com muitos dados de emprego, crescimento da receita, prestação de serviço, entre outros, Constantino mostra que o processo de privatização realizado na década de noventa foi um sucesso. Na terceira parte, o autor afirma que os setores onde o estado ainda atua – correios, petróleo, bancos, por exemplo – podem ganhar eficiência se as atividades fossem executadas pela iniciativa privada. A quarta parte defende que muitas atividades que são executadas pelo governo teriam mais resultado se uma empresa fosse responsável. É o caso, por exemplo, da exploração espacial. A última parte é uma discussão sobre a posição política do partido governista.
A leitura do livro é fácil e agradável. Os argumentos apresentados são baseados em fatos. Num país onde os políticos têm medo de afirmar que defendem a iniciativa privada e muitos mamam nas tetas do governo, é um livro necessário. É bem verdade que a obra seria melhor se tivesse umas cem páginas a menos. Vale a pena? Vale.
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