Em 2010 uma aluna de graduação pesquisou a origem dos membros do CPC. A conclusão foi que não existe um equilíbrio geográfico mínimo. Mais de dois anos depois, mesmo com algumas mudanças ocorridas no CPC, esta entidade continua tendo uma grande concentração de membros originários do estado de São Paulo.
São Paulo é responsável por um terço da produção da economia brasileira. Assim, é natural que seja uma voz preponderante nas entidades reguladoras, como é o caso do CPC. O problema é que um terço da economia possui 83% dos assentos desta entidade. Este é o resultado de um novo levantamento, realizado por uma aluna de graduação da UnB, Alana Alice da Cruz Silva.
Parte desta concentração pode ser justificada pelo fato de que algumas entidades que possuem assento cativo no CPC são exclusivamente paulistas. É o caso da Fipecafi. Mas outras entidades, que possuem sedes ou filiais em diferentes estados, indicam paulistas para fazer parte da entidade. Isto ocorre com a Apimec (presente no DF, MG, NE, RJ e Sul).
Obviamente não se defende um CPC com um representante de cada estado. Nós sabemos, pelo teorema de Arrow , da impossibilidade de se ter uma opinião que seja consensual em entidades como esta. Mas como dito em 2010:
Quais as implicações deste fato? O que deveria garantir a legitimidade do CPC é a qualidade do seu trabalho. E neste ponto, acredito que devemos reconhecer que o trabalho que está sendo realizado está acima de qualquer suspeita. Mas será que as características econômicas regionais não irão cobrar uma maior diversidade do CPC no futuro?
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