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14 fevereiro 2013
Netflix: "novo modo" de fazer negócio
O senador Francis Underwood, interpretado por Kevin Spacey, fica frustrado por não ter sido escolhido pelo novo presidente dos Estados Unidos como secretário de Estado. Ambicioso, tenta se fortalecer de qualquer modo no governo norte-americano e encontra na jornalista Zoe Barnes, encarnada pela atriz Kate Mara, uma aliada para vazar informações que prejudiquem seus adversários políticos e para obter outras.
Este é um rápido resumo da trama que passou a ser, nos últimos dias, a série mais vista de toda a programação do Netflix, serviço de streaming de filmes e séries. House of Cards, originalmente feita pela empresa, é a primeira bem sucedida tentativa de gerar conteúdo próprio. A segunda, uma animação para crianças, está sendo produzida em parceria com o estúdio DreamWorks e deverá ser lançada em dezembro.
Outros serviços de streaming de filmes, como Hulu e Amazon também planejam a criação de séries originais, estamos vendo uma mudança de panorama na TV como a conhecemos. “Nós somos a nova televisão que não está na televisão”, disse Kevin Spacey.
Embora não divulgue números sobre o House of Cards, Ted Sarandos, chefe de conteúdo do Netflix, disse na última terça-feira (13/02) que a série, cujos primeiros 13 episódios estão disponíveis para os clientes desde 1º de fevereiro, é a mais assistida da programação. Um bom retorno para um seriado que custou US$ 100 milhões para o Netflix por suas duas primeiras temporadas, produzidas pelo Media Rights Capital.
De acordo com Sarandos, este novo modo de fazer negócio do Netflix tampouco sai mais caro, pois ele acredita que seria necessária provavelmente a mesma quantia para licenciar uma série mais tradicional da televisão. Na verdade, produzir suas próprias programações foi uma maneira que a companhia encontrou para frear um pouco os gastos com a compra de conteúdo de gigantes com Disney e Epix.
Mas como um investimento assim poderia dar retorno ao Netflix? A companhia não exibe comerciais e não tem um grupo que lhe dê suporte financeiro, como é o caso da HBO com a Time Warner. Os US$ 100 milhões têm de voltar aos cofres da empresa com um aumento no número de assinaturas, que custam US$ 7,99 por mês. Atualmente, o serviço possui 33,3 milhões de usuários, dos quais 27,15 milhões estão nos EUA.
Por Época Negócios
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