A Cooperativa dos Pecuaristas, Agricultores e Cafeicultores de Minas Gerais (Copacafé), com sede em Perdões e filiais em seis municípios do Estado, enfrenta o pior desafio de sua história de três décadas e meia. Os 3,7 mil cooperados, incluindo os produtores de café e de leite ligados à Copacafé-Leite, braço de lácteos da cooperativa criado em 2010, depararam-se desde o início do ano com denúncias de irregularidades que podem resultar em desvios de R$ 10 milhões a R$ 11 milhões, valor equivalente ao desaparecimento de 30 mil sacas de café, conforme Pedro Junqueira Ferraz, presidente da comissão provisória instalada para dirigir a cooperativa. (...)
O prejuízo a ser enfrentado por eles recai sobre denúncias de irregularidades praticadas pelo ex-diretor comercial e vice-presidente, Flávio Castello Branco, destituído em janeiro durante a assembleia que formou a comissão provisória, e desde então não foi mais encontrado na cidade. (...)
De acordo com a ata da assembleia de 14 de janeiro, a análise contábil de 2011 da cooperativa constatou um endividamento bancário da ordem de R$ 13 milhões e que a receita apurada de cerca de R$ 8 milhões somente poderia ser obtida com a venda de café. Porém, constatou-se que o produto era comercializado como se pertencesse à cooperativa e não aos cooperados. Ainda como consta na ata, o futuro loteamento que seria feito na área adquirida pela cooperativa pela compra da empresa Alimentos Rio Grande Indústria e Comércio, em Manhuaçu, seria suficiente para pagar o café dos cooperados que foi indevidamente usado.(...)
Denúncias de fraude agitam mineira Copacafé - 21 de Fevereiro de 2013 - Valor Econômico - Carine Ferreira e Janice Kiss
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